tag:blogger.com,1999:blog-64965593794349837862024-03-13T09:21:37.292-07:00FLORA BRASILIENSESA Flora Brasiliensis é uma obra em 15 volumes que trata das plantas brasileiras, produzida na Alemanha entre 1840 e 1906 pelos editores Carl Friedrich Philipp von Martius, August Wilhelm Eichler e Ignatz Urban, com a participação de 65 especialistas de vários países, tendo sido patrocinada pelos imperadores da Áustria e do Brasil e pelo rei da Baviera.ANDRÉ LUIS COSTAhttp://www.blogger.com/profile/16415958389883478305noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-6496559379434983786.post-77331207538898112202009-05-09T09:26:00.000-07:002010-06-14T11:18:32.140-07:00O REINO PROTISTA<table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Fungos Protistas</td></tr><tr><td><p class="textoconteudo">São organismo eucariontes heterotróficos (que não fazem fotossíntese), predominantemente unicelulares, que no passado eram tratados como fungos. São os "fungos" aquáticos, organismos pseudoplasmodiais, mixomicetos e quitrídias. </p><p class="textoconteudo">Nesta parte do site, que trata dos organismos estudados pela botânica, não abordaremos os protozoários tradicionais, como os ciliados e amebas. Estes são estudados juntamente com a zoologia.</p><p class="textoconteudo">Atualmente, os cientistas interpretarem as descobertas feitas a respeito destes organismos como indicação de que não há relação entre estes protistas heterotróficos e os fungos verdadeiros, alocados no Reino Fungi. Apesar disso, eles continuam a ser descritos com a terminologia usada para os fungos. Por exemplo, estes organismos são chamados genericamente de "bolores", termo usual empregado para fungos. Também a nomenclatura segue este padrão. As divisões recebem o sufixo "mycota", utilizado na nomenclatura fúngica.</p><p class="textoconteudo">Estes organismos tem como substância de reserva o glicogênio, assim como os fungos e os animais.</p><p class="textoconteudo">Das quatro divisões quatro divisões heterotróficas incluídas como fungos protistas, duas consistem basicamente de organismos aquáticos: Oomycota (fungos aquáticos) e Chytridiomycota (quitrídias).</p><p class="textoconteudo">As outras duas divisões, Acrasiomycota (pseudoplasmodiais) e Myxomycota (mixomicetos plasmodiais), são basicamente terrestres.</p><p class="textoconteudo">Os fungos aquáticos e quitrídias tem estágios flagelados em seus ciclos de vida. Estes organismos ocorrem como parasitas ou sapróbios consumidores de matéria orgânica derivada de outros seres vivos.</p><p class="textoconteudo">Os pseudoplasmodiais e os mixomicetos, por sua vez, alimentam-se ativamente de bactérias e restos orgânicos.</p><p class="textoconteudo">Por causa da característica alimentar destes organismos (consumidores de matéria orgânica em decomposição), antigamente eram considerados fungos verdadeiros. Mas por causa de algumas características significantes, que poderão ser conhecidas nas próximas páginas, eles foram separados do Reino Fungi.</p><p class="textoconteudo">Comumente, os zoólogos consideram os mixomicetos como protozoários.</p><p class="textoconteudo">Resumo das características:</p><p class="textoconteudo">Chytridiomycota e Oomycota apresentam hifas cenocíticas (multinucleadas e sem septos), que podem ser longas e bastante ramificadas em alguns oomicetos. Os oomicetos produzem esporos assexuais móveis (zoósporos) com dois flagelos, um penado (sinônimo de pinado) e outro liso. Os flagelos podem ser ambos laterais ou ambos apicais. Os zoósporos das quitrídias, ao contrário, tem um só flagelo liso e posterior.</p><p class="textoconteudo">Os mixomicetos passam a maior parte de suas fases não reprodutivas como massas móveis de citoplasma chamadas de plasmódios ou como massas encistadas que funcionam como um meio de resistência contra a seca.</p><p class="textoconteudo">Os Acrasiomycota são organismo semelhantes a amebas e não formam células flageladas em nenhuma fase do seu ciclo de vida.</p><p class="textoconteudo"><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Divisão Oomycota</td></tr><tr><td height="2598"><p class="textoconteudo">Fazem parte dos "fungos protistas", ou seja, pertencem ao Reino Protista, mas apresentam alguma semelhança com os fungos verdadeiros. </p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"> </div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo" align="center">Epiderme da folha da videira infectada pela <em>Plasmopara viticola</em></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"></p><p><span class="textoconteudo">- Cerca de 580 espécies.<br />- Parede celular de celulose. Diferente da parede de quitina dos fungos.<br />- Podem ser unicelulares ou altamente ramificados, filamentosos, cenocíticos (hifas multinucleadas e sem septos).<br />- Cromossomos são semelhantes aos dos organismos eucariontes em geral, mas diferem dos cromossomos grandemente condensados dos fungos. Mitose e meiose com centríolos (fungos não apresentam centríolos). Por isso, foram separados dos fungos verdadeiros.<br />- Reprodução sexuada ou assexuada.<br />1- Sexuada: Oogônio com muitas oosferas + Anterídio com núcleos masculinos = fecundação forma zigoto com parede espessa (oósporo). Funciona como esporo de resistência.<br />2- Assexuada: Zoósporos com dois flagelos.</span></p><p><span class="textoconteudo">- Existem oomicetos aquáticos, podendo ser sapróbios ou parasitas, causando doenças em peixes.<br />- Os oomicetos terrestres são de grande importância econômica, como <em>Plasmopara viticola</em>, que ataca as parreiras comprometendo a produção de uvas.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"> </div></td></tr><tr><td><div align="center"><p><span class="textoconteudo">Folha de videira infectada pela <em>Plasmopara viticola</em></span></p><p></p></div></td></tr><tr><td><div align="center"> </div></td></tr><tr><td><div align="center"><p><span class="textoconteudo">Fruto de uva infectada pela <em>Plasmopara viticola</em></span></p><p></p></div></td></tr></tbody></table><p><span class="textoconteudo"><br />- Outro representante terrestre, do gênero <em>Phytophthora</em>, causa destruição de muitas culturas, como cacau, abacaxi, abacate, batata, tomate, seringueira, mamão, cebola, morango, maçã, soja, fumo, etc.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"> </div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo" align="center">Imagem do oomiceto <em>Phytophthora</em>, responsável por doenças em plantas.</div></td></tr><tr><td><div align="center"> </div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo" align="center">Imagem de abóboras infectadas pelo oomiceto <em>Phytophthora</em>.</div></td></tr></tbody></table><span class="textoconteudo"><p><br />- Algumas espécies podem formar esporos de resistência, vivendo por até 6 anos em solo úmido.</p><p></p><p><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Divisão Myxomycota</td></tr><tr><td height="2313"><p class="textoconteudo">Fazem parte dos "fungos protistas", ou seja, pertencem ao Reino Protista, mas apresentam alguma semelhança com os fungos verdadeiros.</p><p class="textoconteudo">São seres plasmodiais (que formam plasmódios), pois se unem em uma massa móvel de células, mas sem parede celular. Assim, cada célula não permanece individualizada.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"> </div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Imagem de um plasmódio de mixomecetos.</div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"></p><p class="textoconteudo">São diferentes dos seres que formam pseudoplasmodios (os acrasiomecetos, estudados na página anterior). O pseudoplamódio é assim chamado, pois cada indivíduo que compõe a massa de células mantém sua individualidade e não perde sua parede celular. </p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="375" src="http://www.biologados.com.br/images/myxomycota_mixomiceto_plasmodio.jpg" width="500" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Imagem de um plasmódio de mixomecetos.</div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo">"Os mixomicetos são atualmente classificados separadamente dos fungos, no Reino Protista. É um grupo distinto de organismos que englobam algumas características de amebas e de fungos. Seu corpo de frutificação maduro, chamado de esporângio, produz esporos dentro de uma massa gelatinosa, parecida com limo, chamada plasmódio. O plasmódio se comporta como uma ameba gigante, alimentando-se de bactérias, fungos ou matéria orgânica em decomposição. Quando há falta de alimento, o plasmódio se transforma e produz esporangios. Estes organismos são frequentemente incluídos na literatura sobre fungos, entretanto não são considerados fungos verdadeiros."</p><p class="textoconteudo" align="right"><span style="font-size:78%;">Traduzido por Silvia Schaefer, de "A Field Guide to Australian Fungi", de Bruce Fuhrer.</span></p><p class="textoconteudo"><span class="textoconteudo">- Grupo com cerca de 500 espécies.<br />- Em condições favoráveis, vivem como finas massas deslizantes de protoplasma (parte viva da célula – sem parede celular).<br />- Como não apresentam parede celular, esta massa de células é chamada de plasmódio.<br />- Alimentam-se por englobamento de bactérias, leveduras, esporos, material de origem animal e vegetal em decomposição.<br />- O plasmódio pode atingir até 30 gramas e cobrir uma área de vários metros quadrados.<br />- Apresenta vários núcleos, mas sem divisão por parede celular. Todos os núcleos se dividem ao mesmo tempo.<br />- Divisão celular normal, com centríolos presentes, diferente dos fungos.<br />- O crescimento do plasmódio continua enquanto existe alimento suficiente. Quando não há alimento, o plasmódio migra para outro local.<br />- Quando o movimento cessa, o plasmódio se divide, formando vários montículos do mesmo tamanho. Cada um forma um esporângio, no alto de um pedúnculo. No esporângio ocorre a meiose, formando esporos “n”.<br />Os esporos germinam originando gametas (n) que após a fecundação, formam zigotos 2n (amebas), que formam, por sua vez, um novo plasmódio.<br />- Na falta de água, os plasmódios formam os esclerócios, estágio encistado. Encontrados em madeira queimada ou locais sujeitos a seca. Cor amarela ou laranja.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="411" src="http://www.biologados.com.br/images/myxomycota_mixomiceto_leucocarpus_fragilis.jpg" width="500" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center"><p>Imagem da forma jovem do mixomiceto <em>Leucocarpus fragilis</em></p><p></p></div></div></td></tr><tr><td><div align="center"><img height="375" src="http://www.biologados.com.br/images/myxomycota_mixomiceto_leucocarpus_fragilis_maduro.jpg" width="500" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Imagem da forma madura do mixomiceto <em>Leucocarpus fragilis</em></div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"><span class="textoconteudo"><br />- Amebas individuais, em condições desfavoráveis, podem secretar uma fina parede e formar um microcisto.<br />- Os esporos são muito resistentes, podendo sobreviver em condições desfavoráveis por longos períodos.</span></p></td></tr></tbody></table></p></span></td></tr></tbody></table></p><p><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Algas protistas</td></tr><tr><td><p class="textoconteudo">São os organismo autotróficos (produzem seu próprio alimento através da fotossíntese), mas que não são plantas verdadeiras. São popularmente conhecidas como algas.</p><p class="textoconteudo">São representados pelas seguintes divisões:</p><p class="textoconteudo">Chrysophyta (crisofíceas e diatomáceas); Pirrhophyta (dinoflagelados), Euglenophyta (euglenas), Rhodophyta (algas vermelhas), Phaeophyta (algas pardas), Chlorophyta (algas verdes). </p><p class="textoconteudo">As divisões de organismos autotróficos do Reino Protista diferem muito umas das outras na natureza de seus flagelos e em suas características bioquímicas, tais como pigmentação, substância de reserva e composição da parede celular.</p><p class="textoconteudo">Os nomes de algumas divisões são derivados da cor de seus pigmentos acessórios predominantes que mascaram a cor verde grama das clorofilas.</p><p class="textoconteudo">Quanto à substância de reserva, as algas verdes acumulam amido. Ele se acumula nos cloroplastos, assim como nas plantas superiores, que são derivadas das algas verdes. Nos membros de todas as outras divisões de protistas autotróficos, as substâncias de reserva se acumulam no citoplasma, fora dos cloroplastos. Nos dinoflagelados a substância de reserva é o amido. Nas algas vermelhas é o amido das florídeas, que se assemelha mais ao glicogênio do que ao amido. Nas algas pardas, a substância de reserva é um polissacarídeo que contém glicose (a laminarina), mas com ligações químicas entre as glicoses diferentes das ligações presentes no amido. Nas crisófitas, a substância de reserva principal é a crisiolaminarina. As euglenófitas sintetizam o paramido, um polissacarídeo com configuração helicoidal.</p></td></tr></tbody></table></p><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">DIVISÃO CHRYSOPHYTA</td></tr><tr><td height="599"><p><span class="textoconteudo">São as algas douradas e diatomáceas. </span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="222" src="http://www.biologados.com.br/images/classe_bacillariophyceae_diatomaceas.jpg" width="237" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Exemplos de diatomáceas. </div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo">- Organismos marinhos e de água doce;<br />- Unicelulares de vida livre, coloniais ou filamentosos.<br />- Apresentam clorofila a e c, mas sua cor é mascarada pela presença de pigmento acessório castanho-dourado, a fucoxantina (tipo de carotenóide).<br />- A parede celular pode ser com ou sem parede celular. Quando presente, constituída de celulose.<br />- Alguns representantes apresentam escamas de sílica ou fibrilas de celulose entrelaçada, podendo ser impregnadas de minerais.</p><p class="textoconteudo">Apresenta duas classes:</p><p class="textoconteudo"><a href="http://www.biologados.com.br/botanica/taxonomia_vegetal/classe_chrysophyceae.htm">CHRYSOPHYCEAE</a></p><p class="textoconteudo"><span class="textoconteudo"><a href="http://www.biologados.com.br/botanica/taxonomia_vegetal/classe_bacillariophyceae.htm">BACILLARIOPHYCEAE</a></span></p></td></tr></tbody></table><p><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Classe CHRYSOPHYCEAE</td></tr><tr><td height="897"><span class="textoconteudo">São as algas douradas. </span><p><span class="textoconteudo">- Aproximadamente 500 espécies;<br />- Representantes abundantes do plâncton marinho, contribuindo muito para a produtividade do plâncton.<br />- Apresentam revestimentos de sílica e estruturas de sustentação, que podem ser extraordinariamente elaboradas.<br />- A maior parte é unicelular e flagelada.<br />- Alguns amebóides (iguais às amebas, exceto pela clorofila).<br />- Alguns representantes coloniais.<br />- Reprodução assexuada, com formação de zoósporos (esporos móveis).</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" border="0"><tbody><tr><td><img height="198" src="http://www.biologados.com.br/images/chrysophyceae_algas_douradas_2.jpg" width="201" /></td><td><div align="center"><img height="202" src="http://www.biologados.com.br/images/chrysophyceae_algas_douradas.jpg" width="253" /></div></td></tr><tr><td colspan="2"><div align="center"><img height="246" src="http://www.biologados.com.br/images/chrysophyceae_algas_douradas_3.jpg" width="366" /></div></td></tr><tr><td colspan="2"><div align="center"><span class="textoconteudo">Exemplos de algas douradas, com suas estruturas de sustentação feitas de sílica.</span></div></td></tr></tbody></table><p></p><p><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Classe Bacillariophyceae</td></tr><tr><td height="1607"><p><span class="textoconteudo">São as diatomáceas. </span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="196" src="http://www.biologados.com.br/images/classe_bacillariophyceae_diatomaceas_5.jpg" width="300" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Variedade de formas e tamanhos de diatomáceas. As redondas são chamadas "cêntricas" e as alongadas são chamadas "penadas".</div></div></td></tr></tbody></table><p><span class="textoconteudo">- Aproximadamente 5600 espécies atuais.<br />- Em geral unicelulares.<br />- Componentes importantíssimos do fitoplâncton.<br />- Maioria é planctônica, mas podem ser encontradas no sedimentos ou sobre outros organismos.<br />- Não apresentam flagelos, como na classe Chrysophyceae.<br />- Parede celular peculiar (frústula), dividida em duas metades (valvas) que se encaixam uma na outra.<br />- Com base na simetria, podem ser penadas (bilaterais) ou cêntricas (radiais).<br />- Cêntricas: a reprodução sexuada, quando ocorre, é oogâmica (gameta feminino grande e imóvel e os gametas masculinos, pequenos, numerosos e móveis).<br />- Penadas: reprodução sexuada é isogâmica, com gametas aflagelados.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="222" src="http://www.biologados.com.br/images/classe_bacillariophyceae_diatomaceas.jpg" width="237" /></div></td><td><div align="center"><img height="200" src="http://www.biologados.com.br/images/classe_bacillariophyceae_diatomaceas_2.jpg" width="301" /></div></td></tr><tr><td colspan="2"><div align="center"></div><div align="center"></div></td></tr><tr><td colspan="2"><div align="center"></div><div align="center"><img height="276" src="http://www.biologados.com.br/images/classe_bacillariophyceae_diatomaceas_3.jpg" width="349" /></div></td></tr><tr><td colspan="2"><div align="center"><img height="286" src="http://www.biologados.com.br/images/classe_bacillariophyceae_diatomaceas_4.jpg" width="436" /></div></td></tr><tr><td colspan="2"><span class="textoconteudo">Exemplos de algas diatomáceas. Observe que as formas alongadas são as "penadas" e as redondas são as "cêntricas".</span></td></tr></tbody></table><p></p><p><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Divisão Pyrrhophyta</td></tr><tr><td height="1047"><span class="textoconteudo">São os dinoflagelados. </span><p><span class="textoconteudo">- Apresentam cerca de 2100 espécies.<br />- Maioria unicelulares e biflagelados. Os flagelos localizam-se dentro de dois sulcos: um rodeia a célula como um cinto e o outro é perpendicular ao primeiro.<br />- O batimento destes flagelos faz o dinoflagelado rodopiar como um pião.<br />- Alguns são altamente tóxicos, responsáveis pelas marés vermelhas.<br />- Apresentam placas celulósicas rígidas que formam uma parede (teca).<br />- Possui clorofilas a e b, mas apresentam grande quantidades de pigmentos carotenóides.<br />- Podem se apresentar como simbiontes de vários organismos, como esponjas, águas-vivas, anêmonas, polvos, lulas, corais, etc. Os simbiontes são chamados de zooxantelas, pois não possuem tecas e ocorrem como células esféricas douradas. Em troca do abrigo, fornecem compostos orgânicos.<br />- A principal forma de reprodução é a divisão longitudinal, na qual cada metade recebe uma parte da teça e um flagelo.<br />- Reprodução sexuada isogâmica.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="204" src="http://www.biologados.com.br/images/divisao_pyrrhophyta_dinoflagelados_ceratium.jpg" width="253" /></div></td><td><div align="center"><img height="249" src="http://www.biologados.com.br/images/divisao_pyrrhophyta_dinoflagelados.jpg" width="301" /></div></td></tr><tr><td colspan="2" height="23"><div align="center"><img height="244" src="http://www.biologados.com.br/images/divisao_pyrrhophyta_dinoflagelados_2.jpg" width="386" /></div><div align="center"></div></td></tr><tr><td colspan="2"><div align="center"><span class="textoconteudo">Exemplos de dinoflagelados.</span></div><div align="center"><span class="textoconteudo"></span></div><div align="center"><span class="textoconteudo"></span></div></td></tr></tbody></table><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Divisão Euglenophyta</td></tr><tr><td><span class="textoconteudo">São as euglenas. </span><p><span class="textoconteudo">- Apresentam cerca de 1000 espécies, que vivem em águas continentais ricas em matéria orgânica.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="216" src="http://www.biologados.com.br/images/divisao_euglenophyta_euglena_foto.jpg" width="337" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Foto de <em>Euglena</em>, Divisão Euglenophyta.</div></div></td></tr></tbody></table><p><span class="textoconteudo"><br />- Clorofila a e b e carotenóides.<br />- Reprodução por divisão celular. Não é conhecida reprodução sexuada nesta divisão.<br />- Gênero mais comum: <em>Euglena</em>. Seus flagelos estão presos na base de uma abertura (reservatório), na porção anterior da célula. O vacúolo contrátil coleta o excesso de água da célula e joga neste reservatório.<br />- Não apresentam parede celular. Assim, as células conseguem mudar de forma (modo alternativo de locomoção).</span></p><p align="center"><img height="516" src="http://www.biologados.com.br/images/divisao_euglenophyta_euglena.jpg" width="301" /></p><p align="center"><span class="textoconteudo">Imagem de uma euglena, indicando suas estruturas.</span></p></td></tr></tbody></table><p></p><p><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Divisão Rhodophyta</td></tr><tr><td height="1655"><span class="textoconteudo">Também conhecidas como algas vermelhas. </span><p class="textoconteudo">- Grande maioria multicelular e de água salgada.<br />- Geralmente crescem presas a rochas ou sobre outras algas.<br />- Muito abundantes em água tropicais quentes.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="428" src="http://www.biologados.com.br/images/rodophyta_alga_vermelha_gigartina.jpg" width="500" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Alga vermelha (Rhodophyta) do gênero <em>Gigartina</em>.</div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"></p><p class="textoconteudo">- Os cloroplastos contêm ficobilinas (pigmentos acessórios), que mascaram a cor da clorofila a, presente nestas algas. As ficobilinas são adaptadas à absorção do verde e azul-esverdeado, que penetra nas águas profundas, locais em que estas algas estão bem representadas.<br />- Estas algas não apresentam células flageladas, diferente dos outros grupos.<br />- Várias espécies apresentam terpenóides tóxicos característicos – defesa contra herbívoros.<br />- Parede celular: componente interno rígido (em geral celulose) e matriz mucilaginosa (ágar ou carragenana), responsável pela textura escorregadia e flexibilidade.<br />- Quando há deposito de carbonato de cálcio na parede celular, formam as algas coralináceas (família Corallinaceae), com estrutura rígida. O recorde de profundidade de um organismo fotossintetizante é de uma alga coralinácea (268m).<br />- Importância na produtividade dos corais, juntamente com as zooxantelas (dinoflagelados simbiônticos).<br />- O corpo da maioria das rodofíceas consiste de vários filamentos coesos interconectados, envolvidos por uma matriz mucilaginosa única. Apenas algumas, como o gênero <em>Porphyra</em>, apresentam células justapostas formando lâminas (uma ou duas camadas).</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" border="0"><tbody><tr><td height="413"><div align="center"><img height="396" src="http://www.biologados.com.br/images/bonnemaisonia_rodophyta_alga_vermelha.jpg" width="280" /></div></td><td><div align="center"><img height="405" src="http://www.biologados.com.br/images/trailliella_rodophyta_alga_vermelha.jpg" width="216" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo" align="center">Alga vermelha do gênero <em>Bonnemaisonia</em></div></td><td><div class="textoconteudo" align="center">Alga vermelha do gênero <em>Trailliella</em></div></td></tr><tr><td><div align="center"><img height="206" src="http://www.biologados.com.br/images/bonnemaisonia_rodophyta_alga_vermelha_2.jpg" width="277" /></div></td><td><div align="center"><img height="226" src="http://www.biologados.com.br/images/chondrus_rodophyta_alga_vermelha.jpg" width="277" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="left">Alga vermelha do gênero <em>Bonnemaisonia</em></div></div></td><td><div class="textoconteudo" align="center">Alga vermelha do gênero <em>Chondrus</em> </div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"></p><p class="textoconteudo">- Ciclo de vida:<br />Três fases distintas:<br />1. Gametófitos haplóides (masculino e feminino, separadamente);<br />2. Fase diplóide (carposporófito);<br />3. Outra fase diplóide (tetrasporófito).</p><p><span class="textoconteudo">- Algas masculinas (n) produzem espermatângios (com espermácios n). Os espermácios são imóveis, carregados pelas águas.<br />- Algas femininas (n) produzem carpogônios, com a oosfera no seu interior. Este filamento desenvolve uma tricogine (prolongamento).<br />- Quando os espermácios (liberados na água), encontram a tricogine, os dois se fundem. O núcleo masculino migra até a oosfera, onde ocorre a fecundação.<br />- O núcleo zigótico (2n) desenvolve um carposporófito que produz os carpósporos (2n) que, ao serem liberados, germinam. Assim, formam um tetrasporófito (2n), com tetrasporângios. Estes, por meiose, formam os tetrásporos (n).<br />- Os tetrásporos germinam, dando origem a gametófitos masculinos e femininos (n), reiniciando o ciclo.</span></p></td></tr></tbody></table></p></td></tr></tbody></table></p><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Divisão Phaeophyta</td></tr><tr><td height="2470"><span class="textoconteudo">Também conhecidas como algas pardas. </span><p class="textoconteudo">- Quase totalmente marinhas, são mais comumente encontradas em águas temperadas.<br />- Apesar de apresentarem número pequeno de espécies (1500), elas dominam os costões rochosos em todas as regiões mais frias do mundo.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="488" src="http://www.biologados.com.br/images/phaeophyta_fucus_ceranoides_alga_parda.jpg" width="441" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Feófita da espécie <em>Fucus ceranoides</em>.</div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"></p><p class="textoconteudo">- Em águas claras, estas algas são encontradas desde o nível de maré baixa, até uma profundidade de 20 a 30 m.<br />- O gênero <em>Sargassum</em> ocorre em regiões tropicais, algas adaptadas à flutuação.<br />- Variam de tamanho: desde formas microscópicas até as maiores algas conhecidas, da ordem Laminariales, que formam extensas coberturas conhecidas como “kelps”.<br />- Suas células apresentam plastídeos em forma de discos marrom-dourados (semelhantes aos plastídeos das Chrysophyta (provável origem comum). Além da clorofila “a” e “c”, apresentam carotenóides (fucoxantina), que fornecem a cor marrom ou verde-oliva destas algas.<br />- O gênero <em>Ectocarpus</em> tem os representantes mais simples, filamentosos e ramificados.<br />- As algas mais complexas apresentam tecido semelhante ao parênquima das plantas, com estrutura celular tridimensional.<br />- O gênero <em>Laminaria</em>, mostram diferentes regiões em seu corpo: apressório, estipe e lâmina. Região meristemática entre a lâmina e o estipe. Este tipo de organização possibilita a regeneração, importante na utilização comercial. Extração de ácido algínico (estabilizante de alimentos e tintas). Podem ter mais de 60 m de comprimento.<br />- Presença de células alongadas, modificadas para a condução de produtos da fotossíntese.<br />- <em>Fucus</em> (ordem Fucales) é um gênero de algas pardas ramificadas dicotomicamente, que apresenta vesículas de ar próximos às ramificações das extremidades das lâminas.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="378" src="http://www.biologados.com.br/images/fucus_vesiculosus_phaeophyta_alga_parda.jpg" width="500" /></div></td></tr><tr><td class="textoconteudo"><div align="center">Alga parda do gênero <em>Fucus</em>.</div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"><br />- <em>Sargassum</em> (ordem Fucales), um gênero correlato a <em>Fucus</em>, também apresenta flutuadores. Algumas espécies permanecem fixas e outras (sem apressórios) formam massas flutuantes.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="364" src="http://www.biologados.com.br/images/sargassum_phaeophyta_alga_parda.jpg" width="250" /></div></td></tr><tr><td class="textoconteudo"><div align="center">Alga parda do gênero <em>Sargassum.</em></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"></p><p><span class="textoconteudo">Ciclo de vida (gênero <em>Laminaria</em>)<br />- O esporófito maduro (2n) produz esporângios, que formam, por meiose, zoósporos (n).<br />- Metade destes zoósporos (flagelados) são masculinos e metade femininos. Dando origem a gametófitos (n) masculinos e femininos.<br />- O gametófito masculino produz anterozóides (n) e o gametófito feminino produz a oosfera.<br />- O anterozóide nada até a oosfera, fertilizando-a. Assim forma-se o zigoto (2n). Este se desenvolve, originando o esporófito maduro.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="294" src="http://www.biologados.com.br/images/laminaria_phaeophyta_alga_parda.jpg" width="210" /></div></td><td><img height="250" src="http://www.biologados.com.br/images/laminaria_phaeophyta_alga_parda_2.jpg" width="250" /></td></tr><tr><td class="textoconteudo" colspan="2">Algas pardas do gênero Laminaria, cujo comprimento pode chegar a 60m.</td></tr></tbody></table><p></p><p><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Divisão Chlorophyta</td></tr><tr><td height="1195"><p><span class="textoconteudo">Também conhecidas como algas verdes.</span></p><p class="textoconteudo">- Com pelo menos 7000 espécies, é o grupo mais diversificado de algas. Podem ou não ter tido um ancestral comum.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="363" src="http://www.biologados.com.br/images/chlorophyta_entheromorpha_intestinalis.jpg" width="450" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Alga verde da espécie <em>Entheromorpha intestinalis</em>.</div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"><br />- Encontradas em uma ampla variedade de habitats, como superfície da neve, troncos de árvores, solo e associação simbiôntica com fungos (alguns liquens), protozoários e hidras.<br />- A maioria das algas verdes aquáticas é de água doce. Algumas espécies marinhas podem atingir tamanhos grandes, como <em>Codium magnum</em>, com largura de 25 cm e 8 m de comprimento.<br />- Este grupo provavelmente deu origem às plantas terrestres.<br />- Assemelham-se a elas em várias características:<br />- Apresentam clorofila “a” e “b”.<br />- Armazenam amido nos plastídeos (únicos dois grupos que o fazem).<br />- Estrutura microscópica das células reprodutivas semelhantes aos anterozóides das plantas. Células unicelulares flageladas. </p><p class="textoconteudo"><span class="textoconteudo">Divisão celular em algas verdes</span><br />Pode ser de dois tipos: envolvendo um ficoplasto ou um fragmoplasto, dependendo da classe de algas.<br />- Ficoplasto:<br />O fuso mitótico (que empurra os cromossomos recém divididos para os pólos opostos da célula) desaparece precocemente neste tipo de divisão. Com isso, um novo sistema de microtúbulos, o ficoplasto, desenvolve-se entre os dois núcleos filhos, paralelamente ao plano de divisão. O ficoplasto assegura que o sulco de clivagem passe entre os dois núcleos filhos. (veja imagem abaixo)<br />- Fragmoplasto:<br />O fuso mitótico persiste neste tipo de divisão. Assim, forma-se um fragmoplasto, com microtúbulos orientados perpendicularmente ao plano de divisão. O fuso permanece até ser quebrado pela placa celular em crescimento ou pelo sulco de clivagem. Este tipo de divisão é ancestral ao ficoplasto. (veja imagem abaixo)</p><p align="center"><img height="151" src="http://www.biologados.com.br/images/ficoplasto_fragmoplasto.jpg" width="500" /></p><p class="textoconteudo">Classificação das algas verdes (classes):</p><ul><li class="listadecoracao"><a class="textoconteudo" href="http://www.biologados.com.br/botanica/taxonomia_vegetal/pleurastrophyceae_divisao_chlorophyta.htm">Pleurastrophyceae</a> <li class="listadecoracao"><a class="textoconteudo" href="http://www.biologados.com.br/botanica/taxonomia_vegetal/divisao_chlorophyta_charophyceae.htm">Charophyceae</a> <li class="listadecoracao"><a class="textoconteudo" href="http://www.biologados.com.br/botanica/taxonomia_vegetal/divisao_chlorophyta_ulvophyceae.htm">Ulvophyceae</a> <li class="listadecoracao"><a class="textoconteudo" href="http://www.biologados.com.br/botanica/taxonomia_vegetal/divisao_chlorophyta_chlorophyceae.htm">Chlorophyceae</a></li></ul></td></tr></tbody></table></p><p></p><p><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Pleurastrophyceae</td></tr><tr><td><p class="textoconteudo">Classe pertencente à Divisão Chlorophyta.</p><p><span class="textoconteudo">- Pequeno grupo de algas verdes simbiônticas. Vivem dentro de protozoários de água doce, esponjas, hidras e platelmintos.<br />- A reprodução ocorre por divisão celular simples, dentro dos seus hospedeiros. Em simbiose, não apresentam parede celular.</span></p><p><img height="263" src="http://www.biologados.com.br/images/pleurastrophyceae_divisao_chlorophyta.jpg" width="500" /></p></td></tr></tbody></table></p></td></tr></tbody></table></td></tr></tbody></table></p></td></tr></tbody></table></p><p><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Charophyceae</td></tr><tr><td><p class="textoconteudo">Classe pertencente à Divisão Chlorophyta.</p><p><span class="textoconteudo">- Principalmente de água doce.<br />- Apresenta uma enzima fotorrespiratória (glicolato oxidase) dentro de peroxissomos, como em plantas. Classe mais semelhante às plantas.<br />- A membrana nuclear desintegra logo no inicio da divisão celular, como nas plantas. O fuso mitótico é persistente. Algumas apresentam fragmoplasto (para formação da placa celular).<br />- Podem ser unicelulares, poucas células, filamentosas e parenquimatosas.<br />- O gênero <em>Spirogyra</em> é filamentoso não ramificado e recebe este nome por causa dos seus cloroplastos com arranjo helicoidal em forma de fita.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="150" src="http://www.biologados.com.br/images/spirogyra_charophyceae_chlorophyta_2.jpg" width="200" align="absBottom" /></div></td><td><div align="center"><img height="265" src="http://www.biologados.com.br/images/spirogyra_charophyceae_chlorophyta.jpg" width="181" /></div></td></tr><tr><td colspan="2"><div align="center"><span class="textoconteudo">Alga verde do gênero <em>Spirogyra</em></span></div></td></tr></tbody></table><p><span class="textoconteudo"><br />- Outro grande grupo é o das desmídias, bastante incomuns quanto à sua forma: parede celular com uma constrição estreita, quase dividindo a célula.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" border="0"><tbody><tr><td><img height="232" src="http://www.biologados.com.br/images/desmidia_staurastrum_charophyceae_chlorophyta_3.jpg" width="156" /></td><td><img height="181" src="http://www.biologados.com.br/images/desmidia_staurastrum_charophyceae_chlorophyta_2.jpg" width="168" /></td><td><img height="193" src="http://www.biologados.com.br/images/desmidia_staurastrum_charophyceae_chlorophyta.jpg" width="185" /></td></tr><tr><td class="textoconteudo" colspan="3"><div align="center">Exemplos de algas verdes do grupo das desmídias.</div></td></tr></tbody></table><p><span class="textoconteudo"><br />- Dentro das Charophyceae, estão as ordens Coleochaetales e Charales, consideradas como tendo ligação com o ancestral das plantas. As plantas provavelmente se originaram de um membro extinto de Charophyceae.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="214" src="http://www.biologados.com.br/images/chara_charophyceae_chlorophyta.jpg" width="301" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Alga verde do gênero <em>Chara</em></div></div></td></tr></tbody></table><p></p><p><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Ulvophyceae</td></tr><tr><td height="1297"><p class="textoconteudo">Classe pertencente à Divisão Chlorophyta.</p><p><span class="textoconteudo">- Principalmente marinhas.<br />- A membrana nuclear persiste durante a divisão, assim como o fuso mitótico.<br />- Ex: gênero <em>Cladophora</em>, com membros filamentosos, multinucleados e septados.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="234" src="http://www.biologados.com.br/images/chlorophyta_ulvophyceae_cladophora.jpg" width="313" /></div></td></tr><tr><td><div align="center"><span class="textoconteudo">Alga verde do gênero <em>Cladophora</em></span></div></td></tr></tbody></table><p><span class="textoconteudo"><br />- Outro padrão de crescimento é representado pelo gênero <em>Ulva</em> (alface-do-mar). Estas algas são formadas por um talo achatado, liso, com duas camadas de células. São fixas ao substrato por um apressório.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="341" src="http://www.biologados.com.br/images/chlorophyta_ulvophyceae_ulva.jpg" width="253" /></div></td></tr><tr><td><div align="center"><span class="textoconteudo">Alga verde do gênero <em>Ulva</em></span></div></td></tr></tbody></table><p><span class="textoconteudo"><br />- Um terceiro padrão de crescimento é representado pelos gêneros <em>Codium</em> e <em>Acetabularia</em>. Seu crescimento acontece com repetidas divisões nucleares sem a formação de paredes celulares.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="200" src="http://www.biologados.com.br/images/chlorophyta_ulvophyceae_codium.jpg" width="250" /></div></td><td><img height="173" src="http://www.biologados.com.br/images/chlorophyta_ulvophyceae_acetabularia.jpg" width="250" /></td></tr><tr><td><div align="center"><span class="textoconteudo">Alga verde do gênero <em>Codium</em></span></div></td><td><div align="center"><span class="textoconteudo">Alga verde do gênero <em>Acetabularia</em></span></div></td></tr></tbody></table></td></tr></tbody></table></p></td></tr></tbody></table></p><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Chlorophyceae</td></tr><tr><td><p class="textoconteudo">Classe pertencente à Divisão Chlorophyta.</p><p class="textoconteudo">- Principalmente de água doce.<br />- Apresentam divisão celular com ficoplasto. A membrana nuclear persiste durante a divisão. Portanto, não podem ser consideradas ancestrais das plantas. </p><p class="textoconteudo"><span class="titulo">Chlorophyceae unicelulares móveis</span><br />- São biflagelados. Gênero mais comum: <em>Chlamydomonas</em>.<br />- Apresentam um estigma (mancha ocelar), para percepção da luz.<br />- Apresentam vacúolos contráteis.<br />- Em condições ambientais desfavoráveis, tornam-se imóveis.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="271" src="http://www.biologados.com.br/images/chlorophyta_chlorophyceae_chlamydomonas.jpg" width="342" /></div></td></tr><tr><td class="textoconteudo"><div align="center">Alga verde do gênero <em>Chlamydomonas</em>.</div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"></p><p class="textoconteudo"><span class="titulo">Chlorophyceae unicelulares não-móveis</span><br />- Células muito pequenas, sem flagelos, mancha ocelar ou vacúolos contráteis. O gênero <em>Chlorella</em> é o mais comum.<br />- Foram importantes para o estudo da fotossíntese.<br />- Fonte potencial de alimento para os seres humanos. Dela extrai-se um pó branco, rico em proteínas e vitaminas, que pode ser misturado aos alimentos.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="280" src="http://www.biologados.com.br/images/chlorophyta_chlorophyceae_chlorella.jpg" width="195" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Alga verde do gênero <em>Chlorella</em>.</div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"></p><p class="textoconteudo"><span class="titulo">Chlorophyceae coloniais não-móveis</span><br />- Ex: gênero <em>Hydrodictyon</em>, conhecido como rede aquática. As células são cilíndricas e dispostas em forma de redes.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="276" src="http://www.biologados.com.br/images/chlorophyta_chlorophyceae_hydrodictyon.jpg" width="361" /></div></td></tr><tr><td><div align="center"><span class="textoconteudo">Alga verde do gênero <em>Hydrodiction.</em></span></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo" align="center"></p><p class="textoconteudo" align="center"><span class="titulo">Chlorophyceae coloniais móveis</span><br />- Células individuais se agregam, formando colônias impulsionadas pelos flagelos de cada célula. Em algumas colônias, as células são interconectadas por filamentos citoplasmáticos.<br />- Ex: gênero <em>Gonium</em>, no qual as células separadas são envolvidas por uma matriz gelatinosa.<br />- O gênero <em>Pandorina</em> apresenta polaridade, pois contêm manchas ocelares maiores em uma das extremidades. Como todas as células apresentam flagelos para o lado de fora da colônia, sua locomoção se dá por rolamento.<br />- Gênero <em>Volvox</em>: consiste de uma esfera oca formada de uma única camada de células vegetativas biflageladas com 500 a 60000 células e de um pequeno número de células reprodutivas. A colônia gira na água, em geral na direção da luz.<br />- Algumas espécies deste gênero não são apenas coloniais, já que apresentam grande divisão de tarefas. São multicelulares.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="204" src="http://www.biologados.com.br/images/chlorophyta_chlorophyceae_gonium.jpg" width="196" /></div></td><td><div align="center"><img height="234" src="http://www.biologados.com.br/images/chlorophyta_chlorophyceae_volvox.jpg" width="240" /></div></td></tr><tr><td><div align="center"><span class="textoconteudo">Alga verde do gênero <em>Gonium.</em></span></div></td><td><div align="center"><span class="textoconteudo">Alga verde do gênero <em>Volvox.</em></span></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo" align="center"></p><p><span class="titulo">Chlorophyceae filamentosas parenquimatosas</span><span class="textoconteudo"><br />- Algas de estruturas mais complexas encontradas nesta classe.<br />Ex: gênero <em>Oedogonium</em> é filamento e não ramificado.<br />- Gênero <em>Fritschiella</em>, adaptado à vida terrestre, apresenta uma parte parenquimatosa, prostrada ao substrato. Desta porção, partem ramos eretos.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="288" src="http://www.biologados.com.br/images/chlorophyta_chlorophyceae_fritschiella.jpg" width="360" /></div></td></tr><tr><td><div align="center"><span class="textoconteudo">Alga verde do gênero <em>Fritschiella.</em></span></div></td></tr><tr><td><div align="center"><img height="230" src="http://www.biologados.com.br/images/chlorophyta_chlorophyceae_oedogonium.jpg" width="500" /></div></td></tr><tr><td><div align="center"><span class="textoconteudo">Alga verde do gênero <em>Oedonium.</em></span></div><div align="center"><span class="textoconteudo"><em></em></span></div><div align="center"><span class="textoconteudo"><em></em></span></div><div align="center"><span class="textoconteudo"><em></em></span></div><div align="center"><span class="textoconteudo"></span></div></td></tr></tbody></table></td></tr></tbody></table></td></tr></tbody></table>ANDRÉ LUIS COSTAhttp://www.blogger.com/profile/16415958389883478305noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6496559379434983786.post-69894464512541956102009-05-09T09:15:00.000-07:002009-06-18T10:49:31.480-07:00O REINO FUNGI<h1>Reino Fungi</h1><p>Os <strong>fungos</strong>, também conhecidos como cogumelos, são organismos uni ou pluricelulares, destituídos de pigmentos fotossintetizantes. </p><p>Dotados de parede celular, sua reprodução normalmente envolve a participação de esporos, como ocorre entre as plantas. </p><p>Mas armazenam glicogênio e apresentam nutrição heterótrofa, como os animais. </p><p class="img"><img height="300" alt="Fungo" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/fungos-66.jpg" width="201" /></p><p>E, enquanto os animais são heterótrofos por ingestão, os fungos são heterótrofos por absorção.</p><p>Pelas, diferenças que apresentam tanto em relação aos vegetais como aos animais, modernamente os fungos são enquadrados num reino “somente deles": o reino Fungi </p><p>O ramo da Biologia que se encarrega do estudo das aproximadamente 10 000 espécies de fungos conhecidas chama-se Micologia.</p><p>Na espécie humana são conhecidas diversas micoses, doenças causadas por fungos. </p><p>Entre elas podemos considerar: o sapinho ou a candidíase, causada pelo fungo Candida albicans; a frieira ou pé-de atleta, provocada pelo fungo Tinea pedis; a blastomicose sul-americana, micose grave que pode ocasionar a morte por lesões na pele e em órgãos internos, como os pulmões; a dermatose pitiríase (do grego pityron = farelo), caracterizada pela produção de escamas epiteliais que se esfarelam.</p><p><strong>Os fermentativos:</strong> álcool, bebidas, pães, bolos </p><p>Na fabricação do álcool e de bebidas alcoólicas, como o vinho e a cerveja, é fundamental a participação dos<strong> fungos</strong> do gênero Saccharomyces, que realizam fermentação alcoólica, convertendo açúcar em álcool etílico. </p><p>Esses <strong>fungos</strong>, conhecidos também como leveduras, são anaeróbicos facultativos, já que realizam respiração aeróbica em presença de gás oxigênio e fermentação na ausência desse gás. Por isso, na fabricação do vinho, por exemplo, evita-se o contato do suco de uva com o ar; assim, em vez de realizar a respiração aeróbica, o fungo processa a fermentação alcoólica, liberando álcool etílico e permitindo a obtenção do vinho.</p><h4>Antibióticos e queijos </h4><p>Na indústria de antibióticos, os fungos também têm papel de destaque. Afinal, foi do Penicillium notatum que Alexander Fleming, em 1929, extraiu a penicilina, antibiótico responsável pela salvação de milhares de vidas durante a Segunda Guerra Mundial. </p><p>Hoje, muitos outros antibióiicos largamente aplicados são conseguidos a partir de culturas de fungos.</p><p>O gênero Penicillium, além de abranger espécies fornecedoras de penicilina, compreende outras que são indispensáveis na manufatura de queijos como o roquefort e o camembert </p><p>Os liquens resultam da associação entre algas unicelulares (azuis ou verdes) e fungos (principalmente ascomicetos). </p><p>Nessa interação, as algas constituem os elementos produtores, isto é, sintetizam matéria orgânica e fornecem para os fungos parte do alimento produzido; estes, com suas hifas, envolvem e protegem as algas contra a desidratação, além de lhes fornecer água e sais minerais que retiram do substrato. </p><p>Denomina-se mutualismo à interação biológica onde as duas espécies são beneficiadas, como as algas e os fungos que constituem o líquen.</p><p><span class="fonte">Fonte:</span> www.fag.edu.br</p><h6>Reino Fungi</h6><p>Os <strong>fungos</strong> são popularmente conhecidos por bolores, mofos, fermentos, levedos, orelhas-de-pau, trufas e cogumelos-de-chapéu (champignon). É um grupo bastante numeroso, formado por cerca de 200.000 espécies espalhadas por praticamente qualquer tipo de ambiente. </p><h3>Os fungos e sua importância</h3><h4>Ecológica</h4><p>Os<strong> fungos </strong>apresentam grande variedade de modos de vida. Podem viver como saprófagos, quando obtêm seus alimentos decompondo organismos mortos; como parasitas, quando se alimentam de substâncias que retiram dos organismos vivos nos quais se instalam, prejudicando-o ou podendo estabelecer associações mutualísticas com outros organismos, em que ambos se beneficiam. Além desses modos mais comuns de vida, existem alguns grupos de fungos considerados predadores que capturam pequenos animais e deles se alimentam. </p><p>Em todos os casos mencionados, os fungos liberam enzimas digestivas para fora de seus corpos. Essas enzimas atuam imediatamente no meio orgânico no qual eles se instalam, degradando-o à moléculas simples, que são absorvidas pelo fungo como uma solução aquosa.</p><p>Os <strong>fungos</strong> saprófagos são responsáveis por grande parte da degradação da matéria orgânica, propiciando a reciclagem de nutrientes. Juntamente com as bactérias saprófagas, eles compõem o grupos dos organismos decompositores, de grande importância ecológica. No processo da decomposição, a matéria orgânica contida em organismos mortos é devolvida ao ambiente, podendo ser novamente utilizada por outros organismos. </p><p>Apesar desse aspecto positivo da decomposição, os fungos são responsáveis pelo apodrecimento de alimentos, de madeira utilizada em diferentes tipos de construções de tecidos, provocando sérios prejuizos econômicos. Os fungos parasitas provocam doenças em plantas e em animais, inclusive no homem.</p><p class="img"><strong><img height="160" alt="Fungos apodrecendo o morango. " src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/fungos-apodrecendo-um-morango.jpg" width="160" /><br />Fungos apodrecendo o morango. </strong></p><p>A ferrugem do cafeeiro, por exemplo, é uma parasitose provocada por fungo; as pequenas manchas negras, indicando necrose em folhas, como a da soja, ilustrada a seguir, são devidas ao ataque por fungos.</p><p class="img"><strong><img height="200" alt="Folha da soja com sintomas da ferrugem asiática." src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/ferrugem-em-folha-de-soja.jpg" width="155" /><br />Folha da soja com sintomas da ferrugem asiática. </strong></p><p class="img"><strong><img height="208" alt="Anatomia de Ferrugem" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/anatomia-do-fungo.jpg" width="350" /><br />Anatomia de Ferrugem</strong></p><p>Em muitos casos os fungos parasitas das plantas possuem hifas especializadas - haustórios - que penetram nas células do hospedeiro usando os estomas como porta de entrada para a estrutura vegetal. Das células da planta captam açúcares para a sua alimentação.</p><p>Dentre os fungos mutualísticos, existem os que vivem associados a raízes de plantas formando as micorrizas (mico= fungo; rizas = raízes). Nesses casos os fungos degradam materiais do solo, absorvem esses materiais degradados e os transferem à planta, propiciando-lhe um crescimento sadio. A planta, por sua vez, cede ao fungo certos açucares e aminoácidos de que ele necessita para viver.</p><p class="img"><img height="209" alt="Micorriza " src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/fungos-67i.jpg" width="250" /><br /><strong>Micorriza </strong></p><h6>Reino Fungi</h6><h4>Econômica</h4><p>Muito <strong>fungos</strong> são aeróbios, isto é, realizam a respiração, mas alguns são anaeróbios e realizam a fermentação. Destes últimos, alguns são utilizados no processo de fabricação de bebidas alcoólicas, como a cerveja e o vinho, e no processo de preparação do pão. Nesses processos, o fungo utilizado pertence à espécie Saccharomyces cerevisiae, capaz de transformar o açucar em alcool etílico e CO2 (fermentação alcoólica), na ausência de O2. Na presença de O2 realizam a respiração. Eles são, por isso, chamados de anaeróbios facultativos.</p><p>Na fabricação de bebidas alcoólicas o importante é o alcool produzido na fermentação, enquanto, na preparação do pão, é o CO2. Neste último caso, o CO2 que vai sendo formado se acumula no interior da massa, originando pequenas bolhas que tornam o pão poroso e mais leve. O aprisionamento do CO2 na massa só é possivel devido ao alto teor de glúten na farinha de trigo, que dá a "liga" do pão. Pães feitos com farinhas pobres em glúten não crescem tanto quanto os feitos com farinha rica em glúten.</p><p>Imediatamente antes de ser assado, o teor alcoólico do pão chega a 0,5%; ao assar, esse álcool evapora, dando ao pão um aroma agradável.</p><p>Alguns fungos são utilizados na indústria de laticínios, como é o caso do Penicillium camemberti e do Penicillium roqueforte, empregados na fabricação dos queijos Camembert e Roquefort, respectivamente.</p><p class="img"><strong><img height="200" alt="Camembert " src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/camembert.jpg" width="168" /><br />Camembert </strong></p><p class="img"><strong><img height="273" alt="Roquefort" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/roquefort.jpg" width="300" /><br />Roquefort</strong></p><p>Algumas espécies de fungos são utilizadas diretamente como alimento pelo homem. É o caso da Morchella e da espécie Agaricus brunnescens, o popular cogumelo ou champignon, uma das mais amplamente cultivadas no mundo.</p><p class="img"><strong><img height="250" alt="Morchella" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/morchella.jpg" width="300" /><br />Morchella</strong></p><h4>Doenças Causadas por Fungos </h4><p>As micoses que aparecem comumente nos homens são doenças provocadas por fungos. As mais comuns ocorrem na pele, podendo-se manifestar em qualquer parte da superfície do corpo. São comuns as micoses do couro cabeludo e da barba (ptiríase), das unhas e as que causam as frieiras (pé-de-atleta). As micoses podem afetar também as mucosas como a da boca. É o caso so sapinho, muito comum em crianças. Essa doença se manifesta por multiplos pontos brancos na mucosa.</p><p class="img"><img height="200" alt="Agaricus " src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/champignon-2.jpg" width="288" /><br /><strong>Agaricus </strong></p><p class="img"><strong><img height="203" alt="Micose em couro cabeludo " src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/micose-em-couro-cabeludo.jpg" width="271" /><br />Micose em couro cabeludo </strong></p><p>Existem, também, fungos que parasitam o interior do organismo, como é o caso do fungo causador da histoplasmose, doença grave que ataca os pulmões.</p><h6>Reino Fungi</h6><h4>Fungos Unicelulares</h4><p>À primeira vista, parece que todo o fungo é macroscópico. Existem, porém, fungos microscópicos, unicelulares. Entre estes, pode ser citado o Saccharomyces cerevisiae. Esse fungo é utilizado para a fabricação de pão, cachaça, cerveja etc., graças à fermentação que ele realiza. </p><p class="img"><strong><img height="229" alt="Fungos unicelulares" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/fungos-unicelulares.jpg" width="250" /><br />Saccharomyces: fungos unicelulares. Note que os pequenos brotos são novos<br />indivíduos que estão sendo formados por reproduçãoo assexuada.</strong></p><h4>Fungos Pluricelulares </h4><p>Os<strong> fungos pluricelulares</strong> possuem uma característica morfológica que os diferencia dos demais seres vivos. Seu corpo é constituído por dois componentes: o corpo de frutificação é responsável pela reprodução do fungo, por meio de células reprodutoras especiais, os esporos, e o micélio é constituído por uma trama de filamentos, onde cada filamento é chamado de hifa.</p><p class="img"><img height="300" alt="Micélio" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/fungos-68i.jpg" width="242" /></p><p>Na maioria dos<strong> fungos</strong>, a parede celular é complexa e constituída de quitina, a mesma substância encontrada no esqueleto dos artrópodes.</p><p>O carboidrato de reserva energética da maioria dos fungos é o glicogênio, do mesmo modo que acontece com os animais.</p><h4>Tipos de Hifas</h4><p>Dependendo do grupo de<strong> fungos</strong>, as hifas podem apresentar diferentes tipos de organização. Nas hifas cenocíticas, presentes em fungos simples, o fio é contínuo e o citoplasma contém numerosos núcleos nele inserido. Fungos mais complexos, possuem hifas septadas, isto é, há paredes divisórias (septos) que separam o filamento internamente em segmentos mais ou menos parecidos. Em cada septo há poros que permitem o livre trânsito de material citoplasmático de um compartimento a outro.</p><p class="img"><strong><img height="367" alt="Tipos de hifas" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/hifas.jpg" width="300" /><br />Tipos de hifas. Pelos poros das hifas septadas ocorre trânsito de citoplasma e de núcleos de uma célula para outra. Nos fungos, os núcleos são haplóides.s</strong></p><h3>Reprodução nos fungos</h3><h3>Reprodução Assexuada </h3><h4>Fragmentação</h4><p>A maneira mais simples de um fungo filamentoso se reproduzir assexuadamente é por fragmentação: um micélio se fragmenta originando novos micélios.</p><h4>Brotamento</h4><p>Leveduras como Saccharomyces cerevisae se reproduzem por brotamento ou gemulação. Os brotos (gêmulas) normalmente se separam do genitor mas, eventualmente, podem permanecer grudados, formando cadeias de células.</p><h4>Esporulação</h4><p>Nos<strong> fungos</strong> terrestres, os corpos de frutificação produzem, por mitose, células abundantes, leves, que são espalhadas pelo meio. Cada células dessas, um esporo conhecido como conidiósporo (do grego, kónis = poeira), ao cair em um material apropriado, é capaz de gerar sozinha um novo mofo, bolor etc. </p><p>Para a produção desse tipo de esporo a ponta de uma hifa destaca-se do substrato e, repentinamente, produz centenas de conidiósporos, que permanem unidos até serem liberados. É o que acontece com o fungo penicillium, que assim foi chamado devido ao fato de a estrutura produtora de esporos - o conídio - se assemelhar a um pincel.</p><p class="img"><strong><img height="217" alt="Laranja contaminada " src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/laranja-contaminada.jpg" width="250" /><br />Laranja contaminada com Penicillium sp , vista a olho nú.</strong></p><p class="img"><strong><img height="283" alt="Corpo de frutificação do Penicillium sp." src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/fungos-69.jpg" width="217" /><br />Micografia eletrônica de varredura mostrando o corpo de frutificação do Penicillium sp. freqüente bolor encontrado em frutas. Os pequenos e leves esporos esféricos (conidiósporos) brotam de conídios que surgem na extremidade de uma hifa especializada, o conidióforo. </strong></p><h6>Reino Fungi</h6><p>Em certos fungos aquáticos, os esporos são dotados de flagelos, uma adaptação à dispersão em meio líquido. Por serem móveis e nadarem ativamente, esses esporos são chamados<strong> zoósporos</strong>.</p><h4>Reprodução Sexuada </h4><p>No ciclo reprodutivo de alguns fungos aquáticos, há a produção de gametas flagelados, que se fundem e geram zigotos que produzirão novos indivíduos. Nos fungos terrestres, existe um ciclo de reprodução no qual há produção de esporos por meiose. Desenvolvendo-se, esses esporos geram hifas haplóides que posteriormente se fundem e geram novas hifas diplóides, dentro dos quais ocorrerão novas meioses para a produção de mais esporos meióticos. A alternância de meiose e fusão de hifas (que se comportam como gametas) caracteriza o processo como sexuado.</p><p>O esquema da figura abaixo ilustra um ciclo de reprodução genérico, válido para a maioria dos fungos. Muitos alternam a reprodução sexuada com a assexuada. Em outros, pode ocorrer apenas reprodução sexuada ou apenas a reprodução assexuada.</p><p>De modo geral, a reprodução sexuada dos fungos se inicia com a fusão de hifas haplóides, caracterizando a plasmogamia (fusão de citoplasmas). Os núcleos haplóides geneticamente diferentes, provenientes de cada hifa parental, permanecem separados (fase heterocariótica, n + N). Posteriormente, a fusão nuclear (cariogamis) gera núcleos diplóides que, dividindo-se por meiose, produzem esporos haplóides. Esporos formados por meiose são considerados sexuados (pela variedade decorrente do processo meiótico).</p><p><strong>Algumas curiosidades merecem ser citadas a respeito da fase sexuada da reprodução:</strong></p><p>Antes de ocorrer plasmogamia, é preciso que uma hifa "atraia" a outra. Isso ocorre por meio da produção de feromônios, substâncias de "atração sexual" produzidas por hifas compatíveis</p><p>Em muitos fungos, após a plasmogamia decorre muito tempo (dias, meses, anos) até que ocorra a cariogamia</p><p>A produção de esporos meióticos, após a ocorrência de cariogamia, se dá em estruturas especiais, freqüentemente chamadas de esporângios. </p><p class="img"><a href="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/reproducao-sexuada-dos-fungos-2.jpg"><img height="147" alt="Reprodução Sexuada dos Fungos" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/reproducao-sexuada-dos-fungos-2p.jpg" width="300" border="0" /></a><strong><br />Reprodução Sexuada dos Fungos<br /></strong><strong>( Clique para Ampliar )</strong></p><h4>Classificação dos Fungos</h4><p>Classificar <strong>fungos</strong> não é tarefa fácil. Trata-se de um grupo muito antigo (mais de 540 milhões de anos) e existem muitas dúvidas a respeito de sua origem e evolução. </p><p class="img"><a href="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/classificacao-dos-fungos.jpg"><img height="387" alt="Classificação dos Fungos" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/classificacao-dos-fungos-p.jpg" width="300" border="0" /></a><br /><strong>Classificação dos Fungos</strong><br /><strong>( Clique para Ampliar )</strong></p><p>Os <strong>quitridiomicetos</strong>, constituídos por cerca de 790 espécies, são os prováveis ancestrais dos fungos. Vivem em meio aquático e em solos úmidos próximos a represas, rios e lagos. Vivem da absorção da matéria orgânica que decompõe e, muitas vezes, parasitam algas, protozoários, outros fungos, plantas e animais. Algumas espécies causam considerável prejuízo em plantas de cultivo (alfafa e milho).</p><p>Os <strong>ascomicetos</strong>, com cerca de 32.000 espécies, são os que formam estruturas reprodutivas sexuadas, conhecidas como ascos, dentro das quais são produzidos esporos meióticos, os ascósporos. Incluem diversos tipos de bolores, as trufas, as Morchellas, todos filamentos, e as leveduras (Saccharomyces sp.), que são unicelulares.</p><p>Os <strong>basidiomicetos</strong>, com cerca de 22.000 espécies, são os que produzem estruturas reprodutoras sexuadas, denominadas de basídios, produtores de esporos meióticos, os basidiósporos. O grupo inclui cogumelos, orelhas-de-pau, as ferrugens e os carvões, esses dois últimos causadores de doenças em plantas.</p><p>Os <strong>zigomicetos</strong>, com cerca de 1.000 espécies, são fungos profusamente distribuídos pelo ambiente, podendo atuar como decompositores ou como parasitas de animais. Os mais conhecidos é o Rhizobux stolonifer, bolor que cresce em frutas, pães e doces - seu corpo de frutificação é uma penugem branca que lembra filamentos de algodão, recheados de pontos escuros que representam os esporângios.</p><p>Os <strong>deuteromicetos</strong>, ou fungos conidiais, que já foram conhecidos como fungos imperfeitos, costituem um grupo de fungos que não se enquadra no dos anteriores citados. Em muitos deles, a fase sexuada não é conhecida ou pode ter sido simplesmente perdida ao longo do processo evolutivo. De modo geral, reproduzem-se assexuadamente por meio da produção de conidiósporos. A esse grupo pertencem diversas espécies de Penicillium (entre as quais a que produz penicilina) e Aspergillus (algumas espécies produzem toxinas cancerígenas).</p><h4>Líquens</h4><p>Os<strong> liquens </strong>são associações simbióticas de mutualismo entre fungos e algas. Os fungos que formam liquens são, em sua grande maioria, ascomicetos (98%), sendo o restante, basidiomicetos. As algas envolvidas nesta associação são as clorofíceas e cianobactérias. Os fungos desta associação recebem o nome de micobionte e a alga, fotobionte, pois é o organismo fotossintetizante da associação.</p><p>A natureza dupla do líquen é facilmente demonstrada através do cultivo separado de seus componentes. Na associação, os fungos tomam formas diferentes daquelas que tinha quando isolados, grande parte do corpo do líquen é formado pelo fungo.</p><p class="img"><strong><img height="267" alt="Fungo entrelaçadas" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/fungo-entrelacadas-.jpg" width="300" /><br />A microscopia eletrônica mostra as hifas de fungo entrelaçadas com as algas.</strong></p><h3>Morfologia</h3><p><strong>Normalmente existem três tipos de talo:</strong></p><h4>Crostoso</h4><p>O talo é semelhante a uma crosta e encontra-se fortemente aderido ao substrato.</p><p class="img"><img height="250" alt="Crostoso" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/crostoso.jpg" width="188" /><br /><strong>Crostoso</strong> </p><h4>Folioso</h4><p>O talo é parecido com folhas</p><p class="img"><strong><img height="225" alt="Folioso" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/folioso.jpg" width="300" /><br />Folioso</strong></p><h6>Reino Fungi</h6><h4>Fruticoso</h4><p>O talo é parecido com um arbusto e tem posição ereta.</p><p class="img"><strong><img height="200" alt="Fruticoso" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/fruticoso-i.jpg" width="267" /><br />Fruticoso</strong></p><h4>Reprodução</h4><p>Os<strong> liquens</strong> não apresentam estruturas de reprodução sexuada. O micobionte pode formar conídios, ascósporos ou basidiósporos. As estruturas sexuadas apresentam forma de apotécio. Os esporos formados pelos fungos do líquen germinam quando entram em contato com alguma clorofícea ou cianobactéria.</p><p>O <strong>fotobionte </strong>se reproduz vegetativamente. O líquen pode se reproduzir assexuadamente por sorédios, que são propágulos que contém células de algas e hifas do fungo, e por isídios, que são projeções do talo, parecido com verrugas. O líquen também pode se reproduzir por fragmentação do talo.</p><h4>Habitat</h4><p>Os <strong>líquens </strong>possuem ampla distribuição e habitam as mais diferentes regiões. Normalmente os liquens são organismos pioneiros em um local, pois sobrevivem em locais de grande estresse ecológico. Podem viver em locais como superfícies de rochas, folhas, no solo, nos troncos de árvores, picos alpinos, etc. Existem líquens que são substratos para outros líquens.</p><p>A capacidade do líquen de viver em locais de alto estresse ecológico deve-se a sua alta capacidade de dessecação. Quando um líquen desseca, a fotossíntese é interrompida e ele não sofre pela alta iluminação, escassez de água ou altas temperaturas. Por conta desta baixa na taxa de fotossíntese, os liquens apresentam baixa taxa de crescimento.</p><h4>Importância Econômica</h4><p>Os<strong> líquens</strong> produzem ácidos que degradam rochas e ajudam na formação do solo, tornando-se organismos pioneiros em diversos ambientes. Esses ácidos também possuem ação citotóxica e antibiótica.</p><p>Quando a associação é com uma cianobactéria, os liquens são fixadores de nitrogênio, sendo importantes fontes de nitrogênio para o solo.</p><p>Os<strong> líquens </strong>são extremamente sensíveis à poluição, são bioindicadores de poluição, podendo indicar a qualidade do ar e até quantidade de metais pesados em áreas industriais.</p><p>Algumas espécies são comestíveis, servindo de alimento para muitos animais. </p><p><span class="fonte">Fonte: </span>www.sobiologia.com.br</p><h6>Reino Fungi</h6><p>O <strong>Reino Fungi</strong> é formado por seres que possuem suas células formando filamentos emaranhados chamados hifas; o conjunto de hifas forma o micélio, que é propiamente o corpo do fungo. Todos são seres eucariontes, uns de vida livre e outros parasitas causadores de doenças. Os seres desse reino são todos heterótrofos saprófagos e apresentam a maior diversidade de enzimas digestivas. São, ao lado das bactérias, os principais decompositores, importantíssimos na reciclagem de matéria no ecossistema. São aclorofilados (sem clorofila) e, portanto, não podem realizar fotossíntese. Podem apresntar células especias de reprodução, chamadas esporos e apresentam parede celular formada pela substância quitina (na maioria dos casos) e por celulose (poucos casos). Esses seres tem como seu carboidrato de reserva o glocogênio (como nos animais) e crescem sob matéria orgânica em decoposição, e locais úmidos e sombrios.</p><p class="img"><img height="200" alt="Cogumelos ( Fungos )" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/fungos-70i.jpg" width="267" /></p><p class="img"><img height="200" alt="Cogumelos ( Fungos )" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/fungos-71i.jpg" width="283" /></p><h6>Reino Fungi</h6><h4>Filo Mixomycota</h4><p>São <strong>fungos gelatinosos, conocíticos</strong>, que possuem membranas flexíveis que lhes permitem o deslizamento amebóide. Existem centenas de espécies vivendo nas matas úmidas, sobre folhas caíds e troncos apodrecidos. Apresentam reprodução sexuada, formando esporângios. Alguns biólogos incluem esse filo no reino protista pelas caravterísticas amebóides de seus representantes.</p><h4>Filo Mycofita </h4><p>São<strong> fungos que possuem hifas</strong>, sendo, por isso denominados verdadeiros. </p><p><strong>Apresentam dezenas de milhares de espécies distribuídas nas seguintes classes:</strong></p><blockquote><h5>Ficomicetos</h5><p>Esse fungos não apresentam corpo de frutificação, são unicelulares ou filamentosos, a reprodução se faz por zoósporos. Os ficomicetos geralmente são encontrados como espécies microscópicas, parasitas de plantas e animais inferiores. Com núcleos haplóides, apresentam em seus ciclos de vida tanto reprodução sexuada com fusão de gametângios e subseqüente formação de zigósporos, como assexuada com formação de esporo assexuado.</p><p>O <strong>Rhyzopus stolonifer</strong> (pão embolorado), é um exemplo, os esporo deste fungo germina na superfície do pão, e hifas ramificadas (como rizóides) se desenvolvem. Estes rizóides eliminam enzimas digestivas para a digestão extracorpórea. O aspecto do mofo negro no pão se dá devido aos esporângios nas extremidades das hifas eriçadas para cima, que vão amadurecer e se romper, liberando esporos e desenvolvendo novas hifas. </p><p><strong>Ascomicetos </strong></p><p>São fungos cujo o corpo de frutificação tem o formato de um saco - o asco (do grego asko). No interior do asco, dois núcleos se fundem formando um núcleo diplóide que, sofrendo meiose, origina quatro núcleos haplóides. Cada um desses núcleos é envolvido por uma parede celular, originando os esporos, aqui denominado ascósporos. A reprodução sexuada nos ascomicetos pode ocorrer por uma grande variedade de mecanismos. A reprodução assexuada pode ocorrer por brotamento nos ascomicetos unicelulares, ou por esporos assexuados, principalmente do tipo conidiósporos, nos demais.</p></blockquote><p><strong>Entre os exemplos de ascomicetos destacamos:</strong></p><ul><li>Saccharomyces cerevisiae: usado na fabricação do álcool, bebidas alccólicas e pão, É comercializado com o nome de fermento Fleischmann. <li>Penicillium roquefortii: responsável pelo odor e sabor característico do queijo roquefort. <li>Penicillium natatum: do qual era extraída a penicilina. <li>Claviceps purpurea: fungo que produz o LSD. <li>Morchella esculenta e Tuber tubera (trufa): fungos comestíveis. </li></ul><p><strong>Deuteromicetos </strong></p><p>Com milhares de espécies, são fungos filamentosos encontrados em grande diversidade de ambientes. Os deuteromicetos são também conhecidos como fungos imperfeitos, reúnem todas as espécies que aparentemente não possuem fase sexuada nos seus ciclos de vida e não formam zoósporos. Acredita-se, no entanto, que a maior parte dos deuteromicetos corresponda à fase assexuada de ascomicetos ou, raramente, de basidiomicetos. Isto porque freqüentemente, o estágio sexul é mais difícil de ser detectado, o que ocorre, em geral, depois da descoberta da fase assexuada. É possível que muitas espécies não tenham mesmo a fase sexuada de reprodução nos seus ciclos de vida, mas também é possível que essa fase sexuada não tenha sido descoberta. Diversos fungos desse grupo são parasitas de animais e vegetais, provocando inclusive as micoses humanas. Um bom exemplo é a Candida albicans, que causa micose nos pés e na mucosa bucal (sapinho). </p><p><strong>Basidiomicetos </strong></p><p>São fungos filamentosos com hifas septadas; o corpo de frutificação, o basidiocarpo, apresenta células especiais em forma de clava, denominadas basídios, nas quais ocorre a produção de esporos denominados basidiosporo. A reprodução sexuada nos basisiomicetos envolve sempre a fusão de hifas; não há gametas nem gametângios. A reprodução assexuada é observada com menor freqüência que a verificada em outros grupos de fungos sendo a formação de conidiósporos um dos modos mais comuns. São conhecidos popularmente como cogumelos, alguns são comestíveis (como o champinhom) e outros venenosos (como o orelha-de-pau). </p><p><span class="fonte">Fonte: </span>www.roxportal.com</p><h6>Reino Fungi</h6><p>Durante muito tempo os fungos foram considerados plantas, mas actualmente sabe-se que eles são tão diferentes das plantas como dos animais, merecendo, por isso, o seu próprio reino – Reino Fungi. </p><p>Os fungos são um importante grupo de organismos, conhecendo-se mais de 77000 espécies, a maioria das quais terrestres. Pensa-se que deverão existir tantas espécies de fungos como de plantas, mas a maioria não terá sido ainda descrita. </p><p>A origem destes organismos não é bem conhecida, assumindo-se que existem ancestrais do tipo protista, embora actualmente estes não sejam reconhecíveis. </p><p>Os primeiros fungos devem ter sido eucariontes unicelulares, que terão originado organismos cenocíticos (com numerosos núcleos). </p><p>O fóssil mais antigo de um organismo semelhante a um fungo data de á 900 M.A. mas apenas há 500 M.A. se pode identificar com toda a certeza um fungo no registo fóssil. </p><p>Os fungos, tal como as bactérias e alguns protistas, são os decompositores da biosfera, sendo a sua função tão primordial como a dos produtores. A decomposição liberta dióxido de carbono para a atmosfera, bem compostos azotados ao solo, onde podem ser novamente utilizados pelas plantas e, eventualmente, pelos animais.</p><p>Estima-se que os 20 cm superiores do solo fértil contêm mais de 5 toneladas de fungos e bactérias, por hectare. Existem mesmo cerca de 500 espécies de fungos marinhos, onde realizam a mesma função que os seus congéneres terrestres. </p><p>Tal como para os reinos anteriormente estudados, a caracterização dos organismos pertencentes ao reino Fungi será feita com base na sua estrutura corporal, nutrição, reprodução e importância ecológica. </p><p class="img"><strong><img height="250" alt="Fungo" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/fungos-72i.jpg" width="180" /><br />Um belo fungo rendado, muito invulgar em zonas temperadas</strong></p><h4>Organização estrutural dos fungos</h4><p>Os<strong> fungos</strong> são organismos eucariontes, maioritariamente multicelulares, embora alguns possam ser unicelulares (leveduras).</p><p>Todos os <strong>fungos</strong> são heterotróficos, não podendo fabricar matéria orgânica a partir de carbono inorgânico pois não apresentam pigmentos fotossintéticos, e são essencialmente terrestres.</p><p>São imóveis, na sua grande maioria, embora alguns possam apresentar flagelos, facto que conduziu á sua inclusão no reino das plantas, no tempo de Lineu. A diferenciação somática é mínima ou mesmo nula mas existe diferenciação dos tecidos reprodutores.</p><p>Os<strong> fungos</strong> multicelulares são formados por uma rede – micélio - de filamentos, formados por células alinhadas topo a topo, ramificados – hifas -, que podem ser septados ou asseptados.</p><p>A estrutura em micélio confere aos fungos uma elevada relação área/volume, facilitando a aquisição de alimento, pois esta estrutura rapidamente se estende em todas as direcções sobre o alimento, podendo crescer mais de um quilómetro por dia, no total, e afastar-se mais de 30 metros do local de inicio do crescimento. Por este motivo, um fungo tem um importante efeito no meio, nomeadamente na degradação de substrato e na acumulação de partículas.</p><p>O crescimento das hifas ocorre apenas nas extremidades, podendo as zonas mais antigas estar livres de conteúdo citoplasmático. </p><p>As hifas septadas têm paredes – septos – a separar os compartimentos celulares entre si. Os septos não são, no entanto, completos, existem poros que permitem a comunicação, e mesmo o movimento de organitos, entre os citoplasmas adjacentes. Este tipo de hifa pode apresentar um único núcleo por compartimento – monocariótica – ou dois núcleos por compartimento – dicariótica. Micélio com hifas não septadas ou cenocíticas</p><p>As hifas asseptadas são sempre multinucleadas, encontrando-se os núcleos, centenas ou mesmo milhares, dispersos numa estrutura cenocítica ou sincícial. Esta estrutura resulta da divisão contínua do núcleo, sem citocinese. </p><p>Todos os fungos apresentam parede celular, pelo menos em algum estádio do seu ciclo de vida. Esta parede, outro argumento a favor da sua anterior inclusão no reino das plantas, tem, geralmente, características bem diferentes das vegetais, pois apresenta quitina, polissacarídeo presente na carapaça de muitos animais, o que lhe confere elevada rigidez e maior resistência á degradação microbiana. Estrutura química da quitina</p><p>Existem espécies de fungos, no entanto, que apresentam parede celular de celulose.</p><p>A presença da parede impede-os de realizar fagocitose, logo alimentam-se por absorção, libertando enzimas hidrolíticas para o exterior do corpo e absorvendo os nutrientes sob a forma já digerida. </p><p>Esta situação permite entender melhor porque motivo os fungos apresentam corpo sob a forma de micélio, pois sem esta estrutura não teriam uma relação área/volume suficientemente elevada para se alimentar eficazmente.</p><p>Os fungos são altamente tolerantes a ambientes hostis, sendo alguns mais resistentes a ambiente hipertónicos que as bactérias (fungos são capazes de crescer num frasco de doce no frigorífico, onde não cresceriam bactérias). Resistem igualmente a grandes amplitudes térmicas, tolerando temperaturas de –6ºC a 50ºC ou mais, dependendo da espécie. </p><p class="img"><strong><img height="163" alt="Hifa septada" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/hifa-septada.jpg" width="250" /><br />Hifa septada</strong></p><p class="img"><strong><img height="173" alt="Estrutura química da quitina" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/chitin.jpg" width="323" /><br />Estrutura química da quitina</strong></p><p class="img"><strong><img height="229" alt="Micélio com hifas não septadas ou cenocíticas" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/hifacenocitica.jpg" width="310" /><br />Micélio com hifas não septadas ou cenocíticas </strong></p><h4>Nutrição em fungos</h4><p>Apesar do que parece, esta imagem tem cores reais </p><p><strong>O modo de alimentação dos fungos permite separá-los em quatro grupos principais:</strong></p><h4>Fungos saprófitos </h4><p class="img"><strong><img height="350" alt="Fungo Azul" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/fungo-azul-i.jpg" width="256" /><br />Apesar do que parece, esta imagem tem cores reais</strong></p><p>Fungos que vivem sobre matéria orgânica morta, criando estruturas reprodutoras a partir do micélio. São de grande importância nos ecossistemas pois são decompositores, reciclando os elementos químicos vitais, como por exemplo carbono, azoto, fósforo, entre outros. No entanto, esta capacidade de decomposição dos fungos pode ser um problema para o Homem, pois existem fungos capazes de destruir as culturas, os alimentos, roupas, navios e mesmo certos tipos de plástico. A melhor maneira de proteger de fungos qualquer material é mante-lo num meio o mais seco possível.</p><h1>Reino Fungi</h1><h4>Fungos simbiontes </h4><p class="img"><img height="138" alt="Liquem" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/liquem-2i.jpg" width="200" /></p><p><strong>Fungos </strong>que estabelecem relações simbióticas com seres autotróficos, tornando-os mais eficientes na colonização de habitats pouco hospitaleiros. São disso exemplo os líquenes. Neste caso, as células autotróficas (de clorófitas ou de cianobactérias) ficam protegidas por uma camada de hifas, que forma quase uma epiderme. Dado que a alga não se pode deslocar, o fungo fornece-lhe os nutrientes minerais de que necessitaLíquen em corte transversal com cores artificiais para a fotossíntese e protege-a das alterações ambientais, recebendo em troca compostos orgânicos. Esta parceria invulgar permite aos líquenes sobreviver em locais inóspitos, constituindo a primeira comunidade a aí se fixar, abrindo caminho para seres mais exigentes. Líquenes com cianobactérias teriam sido os primeiros organismos multicelulares a colonizar o meio terrestre, incluindo no solo compostos azotados. </p><p>Outra importante associação simbiótica dos fungos são as micorrizas, associações entre as hifas e as raízes de árvores. Calcula-se que cerca de 90% das árvores de grande porte tenham micorrizas, sendo inclusivé encontradas no registo fóssil. Este facto leva os cientistas a concluir que as micorrizas podem ter tido um importante papel na colonização do meio terrestre pelas plantas. O fungo recebe da planta nutrientes orgânicos e fornece nutrientes minerais como o fósforo, cobre, zinco, água, etc. As micorrizas também ajudam na protecção das raízes contra infecções por parte de outros microrganismos do solo. </p><p><strong>As micorrizas podem ser de dois tipos principais:</strong></p><h4>Endomicorrizas </h4><p>De longe as mais comuns, ocorrem em cerca de 80% das plantas vasculares, principalmente nos trópicos, onde os solos pobres e carregados positivamente impedem uma fácil absorção de fosfatos pelas raízes das plantas. As hifas penetram na raiz e mesmo nas células vegetais, facilitando a absorção de nutrientes minerais. Estas associações não são específicas, existindo mais de 200 espécies de fungos em todo o mundo que formam endomicorrizas com os mais variados organismos vegetais.</p><p class="img"><img height="186" alt="Endomicorrizas " src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/endomicorriza.jpg" width="180" /><br /><strong>Endomicorrizas </strong></p><h4>Ectomicorrizas</h4><p>Características de certos grupos específicos de árvores ou arbustos de zonas temperadas, comoRaiz de árvore rodeada pela ectomicorriza as faias, carvalhos, eucaliptos e pinheiros. As hifas formam um invólucro em torno das células das raízes, nunca as penetrando, mas aumentando enormemente a área de absorção, o que, aparentemente, as torna mais resistentes ás rigorosas condições de seca e baixas temperaturas e prolonga a vida das raízes. As ectomicorrizas desempenham o papel dos pelos radiculares, ausentes nestas circunstâncias. Neste caso, parece existir um elevado grau de especificidade nestas relações simbióticas, estando mais de 5000 espécies de fungos, principalmente cogumelos, envolvidas na formação de ectomicorrizas</p><p class="img"><strong><img height="175" alt="Ectomicorrizas" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/ectomicorriza-i.jpg" width="200" /><br />Ectomicorrizas</strong></p><h4>Fungos parasitas </h4><p><strong>Fungos</strong> que retiram o alimento do corpo dos hospedeiros, prejudicando-os e causando-lhes doenças. Alguns são parasitas de protozoários, plantas e animais. Os<strong> fungos</strong> parasitas geralmente não matam o hospedeiro mas limitam grandemente o seu crescimento. No caso de fungos parasitas de plantas, o esporo desenvolve-se á superfície da folha, penetrando pelo estoma e formando expansões designadas haustórios, através dos quais retira o alimento de que necessita dos citoplasmas vegetais.</p><h4>Fungos predadores </h4><p>Estes estranhos fungos capturam e alimentam-se de pequenos animais vivos (nemátodos) que vivem no solo. As hifas destes fungos segregam substâncias anestésicas que imobilizam estes animais, após o que envolvem o seu corpo com o micélio e o digerem. Outras espécies de fungos predadores capturam os nemátodos com o auxílio de verdadeiras armadilhas formadas por argolas de hifas, que, quando estimuladas pela passagem do animal, aumentam de tamanho em cerca de 0,1 segundos, aprisionando-o, sendo de seguida digerido</p><p class="img"><img height="200" alt="Fungo Nematodo" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/fungonematodo-i.jpg" width="262" /><br /><strong>Fungo Nematodo</strong> </p><p class="img"><img height="161" alt="Nematodo do Fungo" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/nematodo-fungo-i.jpg" width="200" /><br /><strong>Nematodo do Fungo</strong> </p><h3>Reprodução em fungos</h3><p><strong>Os processos nucleares, mitose e meiose, que estão por trás dos dois tipos de reprodução apresentam importantes diferenças nos fungos:</strong></p><p>Membrana nuclear permanece durante todo o processo de divisão nuclear, sofrendo uma constrição mediana na separação dos núcleos-filhos</p><p>Fuso acromático forma-se no interior da membrana nuclear</p><p>Centríolos não estão presentes, embora existam organizadores de fibrilhas, sem, no entanto, a estrutura (9x2)+2 típica dos eucariontes. </p><p>Todos estes mecanismos nucleares estranhos confirmam o facto que os fungos não têm relação directa com nenhum outro tipo de eucarionte actual, merecendo o seu próprio reino.</p><p><strong>A grande maioria dos fungos apresenta dois tipos de reprodução:</strong></p><h4>Reprodução assexuada </h4><p>Este tipo de reprodução ocorre através fenómenos mitóticos deEsporangióforo (hifa vertical produtora de esporos endogeneamente) fragmentação do micélio, gemiparidade em fungos unicelulares, como as leveduras, ou esporulação, o método mais usual em fungos multicelulares. A esporulação implica a existência de estruturas especializadas na produção de esporos, formadas por hifas verticais, mais ou menos compactadas e separadas por septos do restante micélio – esporangióforos ou conidióforos.</p><p>Os esporos imóveis, células de parede espessa especializadas naConidióforo de Penicillium sp dispersão, são produzidos aos milhões e transportados pelo vento, até atingirem um substrato favorável, onde se desenvolvem num novo micélio. Estes esporos são geralmente libertados “explosivamente” e podem permanecer viáveis durante longos períodos de tempo. Existem, igualmente, esporos mucilaginosos, de parede fina e envoltos por uma substância pegajosa que lhes permite aderir ao corpo de outros organismos, que os espalham meio</p><p class="img"><strong><img height="194" alt="Leveduras em gemulação" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/levedura-i.jpg" width="300" /><br />Leveduras em gemulação</strong></p><h6>Reino Fungi</h6><h4>Reprodução sexuada </h4><p>Tal como sempre acontece, este tipo de reprodução, devido ao elevado investimento que exige dos organismos, ocorre em condições desfavoráveis, apenas quando se pretende aumentar a variabilidade através da meiose. </p><p>Nos fungos predomina a haplofase, apenas existindo núcleos diplóides em etapas da reprodução sexuada. A reprodução sexuada designa-se conjugação, e ocorre entre dois micélios diferentes, estirpe + e estirpe -. Duas hifas crescem em direcção uma á outra, transportando um núcleo na sua extremidade. Quando estas se tocam, as paredes são dissolvidas por enzimas e formam-se septos, que isolam os núcleos nas extremidades, originando gametângios. A fusão dos núcleos – gâmetas – origina uma célula diplóide – zigoto -, que irá desenvolver uma espessa parede de protecção – zigósporo. </p><p>Em condições favoráveis, este esporo sexuado sofre meiose e origina um novo micélio haplóide. Deste modo, os fungos apresentam um ciclo de vida haplonte, com meiose pós-zigótica. </p><h4>Importância ecológica e económica dos fungos </h4><p class="img"><strong><img height="246" alt="Fungos do género Amanitas" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/fungos-73.jpg" width="300" /><br />Fungos do género Amanitas, um dos mais venenosos para o Homem,<br />apesar de fazer farte dos contos infantis</strong></p><p>Os <strong>fungos</strong> são utilizados em diversas industrias humanas, nomeadamente a panificação, cervejeira, farmacêutica e alimentar, entre outras. </p><p>O fabrico da cerveja implica a sacarificação do amido da cevada – germinação, secagem e fervura -, e a sua fermentação – inoculação com Sacharomyces cerevisae, com produção de álcool e CO2. </p><p>O fabrico do vinho implica a fermentação directa de açúcares solúveis por Sacharomyces ellipsoideus. </p><p>No fabrico do pão, o CO2 produzido pela fermentação realizada por Sacharomyces cerevisae, provoca o aumento de volume e a leveza, características do pão. </p><p>No fabrico do queijo são usadas diversas espécies do género Penicillium, o qual também produz o antibiótico penicilina. Outro importante antibiótico usado na actualidade é a ciclosporina, a “droga maravilhosa” como foi designada. Esta substância foi isolada a partir de um fungo do solo Tolypocladium inflatum, e reprime as reacções imunológicas que causam a rejeição de órgãos transplantados. </p><p>Os <strong>fungos</strong> que servem directamente de alimento, os cogumelos, podem ser cultivados ou selvagens, mas deve sempre existir grande cuidado na sua escolha pois alguns são extremamente venenosos. Os cogumelos do género Agaricus, cultivados em estufas, são os mais vulgares na mesa humana, mas os mais apreciados são as trufas. Estes formam micorrizas e a sua estrutura reprodutora liberta um odor forte, atraindo insectos e vertebrados (porcos e cães, por exemplo). </p><p>Os <strong>fungos</strong> produzem, também, numerosos metabolitos utilizados pelas industrias humanas, nomeadamente enzimas, ácidos, insecticidas e fungicidas. </p><p>No entanto, apesar de todas estas associações vantajosas para o Homem, os fungos podem provocar enormes devastações, bastando referir que cerca de 30 a 40% das culturas agrícolas anuais da Terra são destruídas por fungos. </p><p>O fungo responsável pelo míldio da batateira, Phytophora infestans, provocou a fome na Irlanda no século XIX. O foco teve origem em batata de semente importada da América. O alastramento rápido demonstra a capacidade de produção de esporos assexuados destes organismos. </p><p>Em condições naturais, os organismos estão em equilíbrio com os seus predadores e infestantes mas o cultivo intensivo de uma dada espécie aumenta exponencialmente a probabilidade de contágio, podendo levar a grandes devastações por acção de pragas. Os fungos estão em todo o lado, mas nem sempre dão origem a doenças , pois as infecções micóticas são oportunistas, ocorrem em situações de desequilíbrio, como quando o organismo já se encontra doente por outras causas. </p><p>As micoses são extremamente difíceis de tratar pois os fungos são organismos eucarióticos logo a maioria dos antibióticos eficazes também afectariam as células humanas. </p><p>Os antimicóticos mais eficazes agem sobre lípidos da membrana exclusivos dos fungos, como o ergosterol, cuja estrutura é semelhante á do colesterol, que existe nas membranas animais. Estes antibióticos são, eles próprios, produzidos por fungos, como os pertencentes aos géneros Streptomyces e Actinomyces. </p><p>O ergotismo é uma doença provocada pelo fungo Claviceps purpurea, que infecta os grãos de cereais. Quando esses grãos são usados no fabrico de pão são libertados os alcalóides produzidos pelo fungo (mais de 20 tipos diferentes, mas todos com uma estrutura química semelhante ao LSD), induzindo vasoconstrição, gangrena dos membros, aborto, loucura, cancro e morte. </p><p class="img"><strong><img height="350" alt="Cogumelo" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/fungos-74.jpg" width="232" /><br />Cogumelos crescendo num tronco de árvore</strong></p><p>Esta situação é classificada como uma micotoxicose – envenenamento provocado por ingestão de alimentos contaminados por fungos. O micetismo é o envenenamento por ingestão de cogumelos venenosos. </p><h4>Taxonomia do Reino Fungi </h4><p>A classificação dos fungos é feita principalmente á base das estruturas reprodutoras, que são as mais diferenciadas do seu ciclo de vida, e no tipo de hifas. Deste modo, tem-se os seguintes filos: </p><h4>Filo Oomycota</h4><p>Contendo cerca de 580 espécies, inclui os chamados fungos aquáticos, na sua maioria saprófitos. Estes fungos são filamentosos, com hifas multinucleadas. Apresentam celulose na parede celular, não quitina, ao contrário do que seria de esperar. A reprodução destes fungos difere bastante da dos restantes grupos, aproximando-os mais dos restantes eucariontes (principalmente algas), pelo que muitas vezes se tem questionado a sua relação filogenética com os restantes grupos do reino. Segundo esses autores deveriam ser incluídos no Reino Protoctista. Produzem esporos assexuados biflagelados, que os verdadeiros fungos nunca produzem. A reprodução sexuada inclui a produção de oogónios com oosferas e anterídeos com núcleos masculinos. Da fecundação resulta o oósporo, um esporo de parede resistente, que dá nome ao taxon. Pertencem a este filo os chamados míldios, bem como os fungos que causam doenças em peixes e nos seus ovos; </p><h4>Filo Zygomycota</h4><p>Com 765 espécies conhecidas, são fungos terrestres, a maioria saprófita ou parasita. Apresentam parede celular com quitina e hifas cenocíticas. A reprodução sexuada origina zigósporos no interior de um zigosporângio (que dá o nome ao taxon e pode permanecer dormente longos períodos), de estrutura muito semelhante a um esporangióforo. Pertence a este filo o bolor negro do pão ou da fruta, uma séria ameaça a qualquer material armazenado húmido e rico em glícidos. Outros grupos destes fungos de importância ecológica são a ordem Entomophthorales, parasita de insectos e por isso cada vez mais utilizada no combate a pragas da agricultura, e o género Glomus, participante na formação de micorrizas; </p><h4>Filo Ascomycota </h4><p>Com mais de 30000 espécies, este filo inclui numerosos fungos familiares e com importância económica, como as trufas, numerosos bolores verdes, amarelos e vermelhos. O género Neurospora foi fundamental no desenvolvimento da genética, como organismo de estudo. Apresentam hifas septadas dicarióticas ou parcialmente septadas. Parede celular com quitina. Produzem assexuadamente conídios ou exósporos em conidióforos. A designação do filo deriva da estrutura produtora dos esporos sexuados, o ascocarpo, em forma de saco. Pertencem a este filo as leveduras, os únicos fungos deste grupo não filamentosos; </p><h4>Filo Basidiomycota</h4><p>São incluídos neste filo mais de 16000 espécies, a maioria bem conhecida, como todos os cogumelos, as ferrugens e os carvões, importantes fitoparasitas. Muito importantes na decomposição de substratos vegetais, atingem 2/3 da biomassa não animal dos solos. São fungos filamentosos, com hifas septadas perfuradas e dicarióticas e com parede quitinosa. A estrutura produtora de esporos sexuados, o basidiocarpo, é vulgarmente conhecido por cogumelo. Este resulta da fusão de dois micélios diferentes e irá produzir basídios, células em forma de clava e separadas do restante micélio por septos. Deles, formam-se os basidiósporos, grupos de 4 e presos por pequenos pedúnculos; </p><h4>Filo Deuteromycota </h4><p>Este filo inclui todos os fungos em não seja conhecida, ou esteja ser ignorada para motivos taxonómicos, a reprodução sexuada, como por exemplo os fungos pertencentes ao género Penicillium. Este género é um dos casos em que a fase sexuada é conhecida mas não é considerada na sua classificação devido á sua elevada semelhança com outros organismos deste filo. Por este motivo este filo também é designado por Fungi Imperfecti. Inclui mais de 17000 espécies, a maioria das quais parece ser de ascomicetos. </p><h6>Reino Fungi</h6><p class="img"><img height="300" alt="Fungo" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/fungos-66.jpg" width="201" /></p><p>Os <strong>fungos</strong>, também conhecidos como cogumelos, são organismos uni ou pluricelulares, destituídos de pigmentos fotossintetizantes. Dotados de parede celular, sua reprodução normalmente envolve a participação de esporos, como ocorre entre as plantas. Mas armazenam glicogênio e apresentam nutrição heterótrofa, como os animais. E, enquanto os animais são heterótrofos por ingestão, os fungos são heterótrofos por absorção, conforme ainda veremos melhor neste capítulo. Pelas, diferenças que apresentam tanto em relação aos vegetais como aos animais, modernamente os fungos são enquadrados num reino “somente deles": o reino Fungi.</p><p>O ramo da Biologia que se encarrega do estudo das aproximadamente 10 000 espécies de fungos conhecidas chama-se Micologia.</p><p>Na espécie humana são conhecidas diversas micoses, doenças causadas por fungos. Entre elas podemos considerar: o sapinho ou a candidíase, causada pelo fungo Candida albicans; a frieira ou pé-de atleta, provocada pelo fungo Tinea pedis; a blastomicose sul-americana, micose grave que pode ocasionar a morte por lesões na pele e em órgãos internos, como os pulmões; a dermatose pitiríase (do grego pityron = farelo), caracterizada pela produção de escamas epiteliais que se esfarelam.</p><h3>Os fermentativos: álcool, bebidas, pães, bolos </h3><p>Na fabricação do álcool e de bebidas alcoólicas, como o vinho e a cerveja, é fundamental a participação dos fungos do gênero Saccharomyces, que realizam fermentação alcoólica, convertendo açúcar em álcool etílico. Esses fungos, conhecidos também como leveduras, são anaeróbicos facultativos, já que realizam respiração aeróbica em presença de gás oxigênio e fermentação na ausência desse gás. Por isso, na fabricação do vinho, por exemplo, evita-se o contato do suco de uva com o ar; assim, em vez de realizar a respiração aeróbica, o fungo processa a fermentação alcoólica, liberando álcool etílico e permitindo a obtenção do vinho.</p><h3>Antibióticos e queijos</h3><p>A indústria de antibióticos, os fungos também têm papel de destaque. Afinal, foi do Penicillium notatum que Alexander Fleming, em 1929, extraiu a penicilina, antibiótico responsável pela salvação de milhares de vidas durante a Segunda Guerra Mundial. Hoje, muitos outros antibióiicos largamente aplicados são conseguidos a partir de culturas de fungos.</p><p>O gênero Penicillium, além de abranger espécies fornecedoras de penicilina, compreende outras que são indispensáveis na manufatura de queijos como o roquefort e o camembert.</p><h3>Liquens</h3><p>Os liquens resultam da associação entre algas unicelulares (azuis ou verdes) e fungos (principalmente ascomicetos). Nessa interação, as algas constituem os elementos produtores, isto é, sintetizam matéria orgânica e fornecem para os fungos parte do alimento produzido; estes, com suas hifas, envolvem e protegem as algas contra a desidratação, além de lhes fornecer água e sais minerais que retiram do substrato.</p><p>Denomina-se mutualismo à interação biológica onde as duas espécies são beneficiadas, como as algas e os fungos que constituem o líquen.</p><p><span class="fonte">Fonte:</span> www.valerio.bio.br </p><h6>Reino Fungi</h6><p>Durante muito tempo os fungos foram considerados plantas, mas atualmente sabe-se que eles são tão diferentes das plantas como dos animais, merecendo, por isso, o seu próprio reino – Reino Fungi. </p><p>Os <strong>fungos </strong>são um importante grupo de organismos, conhecendo-se mais de 77000 espécies, a maioria das quais terrestres. Pensa-se que deverão existir tantas espécies de fungos como de plantas, mas a maioria não terá sido ainda descrita. A origem destes organismos não é bem conhecida, assumindo-se que existem ancestrais do tipo protista, embora atualmente estes não sejam reconhecíveis. </p><p>Os primeiros fungos devem ter sido eucariontes unicelulares, que terão originado organismos cenocíticos (com numerosos núcleos).O fóssil mais antigo de um organismo semelhante a um fungo data de 900 M.A. mas apenas há 500 M.A. se pôde identificar com toda a certeza um fungo no registro fóssil. Os fungos, tal como as bactérias, são os decompositores da biosfera, sendo a sua função tão primordial como a dos produtores. A decomposição liberta dióxido de carbono para a atmosfera, bem compostos azotados ao solo, onde podem ser novamente utilizados pelas plantas e, eventualmente, pelos animais.Estima-se que os 20 cm superiores do solo fértil contêm mais de 5 toneladas de fungos e bactérias, por hectare. Existem cerca de 500 espécies de fungos marinhos, onde realizam a mesma função que os seus congêneres terrestres. Tal como para os reinos anteriormente estudados, a caracterização dos organismos pertencentes ao reino Fungi será feita com base na sua estrutura corporal, nutrição, reprodução eimportância ecológica.</p><h3>Características Gerais</h3><ul><li>Unicelular ou Pluricelular <li>Eucariontes </li></ul><h4>Habitat</h4><p>Lugares úmidos e ricos em matéria orgânica; ambiente aquático</p><h4>Parede celular</h4><p><strong>Quitinosa</strong></p><p>Raramente celulósica</p><h4>Substância de reserva</h4><p><strong>Glicogênio</strong></p><p>Todos são heterótrofos</p><h4>Reprodução por esporos</h4><p>Assexuados e não meióticos: Zoósporos (aquático), Aplanósporos (terrestre) e Conidiósporos (forma conídica)</p><p>Sexuados e surgem de uma meiose: Ascósporos e Basidiósporos</p><h4>Nos pluricelulares surgem Hifas e Micélio</h4><ul><li>Não possuem tecidos <li>Nutrição por absorção <li>Digestão extra corpórea e extra celular </li></ul><p>Tipos de Hifas: As hifas septadas têm paredes – septos – a separar os compartimentos celulares entre si. Os septos não são, no entanto, completos, existem porosque permitem a comunicação, e mesmo o movimento de organitos, entre os citoplasmas adjacentes. Este tipo de hifa pode apresentar um único núcleo por compartimento – monocariótica – ou dois núcleos por compartimento –dicariótica.</p><p>As hifas asseptadas são sempre multinucleadas, encontrando-se osnúcleos, centenas ou mesmo milhares, dispersos numa estrutura cenocítica ou sincicial. Esta estrutura resulta da divisão contínua do núcleo, sem citocinese. Todos os fungos apresentam parede celular no seu ciclo de vida. Esta parede, outro argumento a favor da sua anterior inclusão no reino das plantas, tem, geralmente, características bem diferentes das vegetais, poisapresenta quitina, polissacarídeo presente na carapaça de muitosanimais(artrópodes), o que lhe confere elevada rigidez e maior resistência à degradação microbiana</p><p>A presença da parede impede-os de realizar fagocitose, logo alimentam-se porabsorção, libertando enzimas hidrolíticas para o exterior do corpo e absorvendo os nutrientes sob a forma já digerida.Esta situação permite entender melhor porque motivo os fungosapresentam corpo sob a forma de micélio, pois sem esta estrutura nãoteriam uma relação área/volume suficientemente elevada para se alimentar eficazmente. Os fungos são altamente tolerantes a ambientes hostis, sendo alguns mais resistentes a ambiente hipertônicos que as bactérias (fungos são capazes de crescer num frasco de doce no frigorífico, onde não cresceriam bactérias). Resistem igualmente a grandes amplitudes térmicas, tolerando temperaturas de –6ºC a 50ºC ou mais, dependendo da espécie.</p><h4>Micélio Reprodutor</h4><p>Reprodução</p><h4>Micélio Vegetativo</h4><p>Nutrição e fixação</p><p>A estrutura em micélio confere aos fungos uma elevada relação área/volume, facilitando a aquisição de alimento, pois esta estrutura rapidamente se estende em todas as direções sobre o alimento, podendo crescer mais de um quilometro por dia, no total, e afastar-se mais de 30 metros do local de inicio do crescimento. Por este motivo, um fungo tem um importante efeito no meio, nomeadamente na degradação de substrato e na acumulação de partículas. O crescimento das hifas ocorre apenas nas extremidades, podendo as zonas mais antigas estar livres de conteúdo citoplasmático.</p><h3>Importância dos Fungos</h3><h4>Ecológica</h4><p>Decomposição da matéria orgânica</p><h4>Associações ecológicas</h4><p>Simbiose: Mutualistica (Líquens{algas} e micorrizas {raízes}) e Parasitismo (micoses);</p><h3>Na Alimentação</h3><h4>Engenharia genética</h4><p>Neurospora crassa </p><p>O modo de alimentação dos fungos permite separá-los em quatro grupos principais: Fungos saprófitos – fungos que vivem sobre matéria orgânica morta, criando estruturas reprodutoras a partir do micélio. </p><p>São de grande importância nos ecossistemas pois são decompositores, reciclando os elementos químicos vitais, como por exemplo carbono, azoto, fósforo, entre outros. No entanto, esta capacidade de decomposição dos fungos pode ser um problema para o Homem, pois existem fungos capazes de destruir as culturas, os alimentos, roupas, navios e mesmo certos tipos de plástico. A melhor maneira de proteger de fungos qualquer material é mantê-lo num meio o mais seco possível; </p><h3>NUTRIÇÃO DOS FUNGOS</h3><h4>Fungos mutualísticos</h4><p>Fungos que estabelecem relações mutualísticas com seres autotróficos, tornando-os mais eficientes na colonização de habitats pouco hospitaleiros. São disso exemplo os líquens. Neste caso, as células autotróficas (de clorófitas ou de cianobactérias) ficam protegidas por uma camada de hifas, que forma quase uma epiderme. Dado que a alga não se pode deslocar, o fungo fornece-lhe os nutrientes minerais de que necessita para a fotossíntese e protege-a das alterações ambientais, recebendo em troca compostos orgânicos. </p><p>Esta parceria invulgar permite aos líquenes sobreviver em locais inóspitos, constituindo a primeira comunidade a aí se fixar, abrindo caminho para seres mais exigentes. Líquens com cianobactérias teriam sido os primeiros organismos multicelulares a colonizar o meio terrestre, incluindo no solo compostos azotados. </p><p>Outra importante associação simbiótica (protocooperação ou mutualismo) dos fungos são as micorrizas, associações entre as hifas e as raízes de árvores. Calcula-se que cerca de 90% das árvores de grande porte tenham micorrizas, sendo inclusive encontradas no registro fóssil. Este fato leva os cientistas a concluírem que as micorrizas podem ter tido um importante papel na colonização do meio terrestre pelas plantas. O fungo recebe da planta nutrientes orgânicos e fornece nutrientes minerais como o fósforo, cobre, zinco, água, etc. As micorrizastambém ajudam na proteção das raízes contra infecções por parte de outros microrganismos do solo.As micorrizas podem ser de dois tipos principais: </p><h3>Endomicorrizas</h3><p>De longe as mais comuns, ocorrem em cerca de 80% das plantas vasculares, principalmente nos trópicos, onde os solos pobres e carregados positivamente impedem uma fácil absorção de fosfatos pelas raízes das plantas. As hifas penetram na raiz e mesmo nas células vegetais, facilitando a absorção de nutrientes minerais. Estas associações não são específicas, existindo mais de 200 espécies de fungos em todo o mundo que formam endomicorrizas com os mais variados organismos vegetais; </p><h3>Ectomicorrizas</h3><p>Características de certos grupos específicos de árvores ou arbustos de zonas temperadas, como as faias, carvalhos, eucaliptos epinheiros. As hifas formam um invólucro em torno das células das raízes, nunca as penetrando, mas aumentando enormemente a área de absorção, o que, aparentemente, as torna mais resistentes ás rigorosas condições de seca e baixas temperaturas e prolonga a vida das raízes. As ectomicorrizasdesempenham o papel dos pelos radiculares, ausentes nestas circunstâncias. Neste caso, parece existir um elevado grau de especificidade nestasrelações protocooperativistas, estando mais de 5000 espécies de fungos, principalmente cogumelos, envolvidas na formação de ectomicorrizas</p><h3>Fungos parasitas</h3><p><strong>Fungos</strong> que retiram o alimento do corpo dos hospedeiros, prejudicando-os e causando-lhes doenças. Alguns são parasitas de protozoários, plantas e animais. Os fungos parasitas geralmente não matam o hospedeiro mas limitam grandemente o seu crescimento. No caso de fungos parasitas de plantas, o esporo desenvolve-se á superfície da folha, penetrando pelo estômato e formando expansões designadas haustórios, através dos quais retira o alimento de que necessita dos citoplasmas vegetais; </p><h3>Fungos predadores</h3><p>Estes estranhos<strong> fungos</strong> capturam e alimentam-se de pequenos animais vivos (nemátodos) que vivem no solo. As hifas destes fungos segregam substâncias anestésicas que imobilizam estes animais, após o que envolvem o seu corpo com o micélio e o digerem. Outras espécies de fungos predadores capturam os nemátodos com o auxílio de verdadeiras armadilhas formadas por argolas de hifas, que, quando estimuladas pela passagem do animal, aumentam de tamanho em cerca de 0,1 segundos, aprisionando-o, sendo de seguida digerido.</p><h3>Reprodução em fungos</h3><p>Os processos nucleares, mitose e meiose, que estão por trás dos dois tipos de reprodução apresentam importantes diferenças nos fungos: membrana nuclear permanece durante todo o processo de divisão nuclear, sofrendo uma constrição mediana na separação dos núcleos-filhos;fuso acromático forma-se no interior da membrana nuclear; centríolos não estão presentes, embora existam organizadores de fibrilas, sem no entanto, a estrutura (9x2)+2 típica dos eucariontes. Todos estes mecanismos nucleares estranhos confirmam o fato que os fungos não têm relação direta com nenhum outro tipo de eucarionte atual, merecendo o seu próprio reino. </p><p>A grande maioria dos fungos apresenta dois tipos de reprodução: Reprodução assexuada – este tipo de reprodução ocorre através de fenômenos mitóticos de fragmentação do micélio, gemiparidade em fungos unicelulares, como as leveduras, ou esporulação, o método mais usual em fungos multicelulares. A esporulação implica a existência deestruturas especializadas na produção de esporos, formadas por hifas verticais, mais ou menos compactadas e separadas por septos do restante micélio – esporângióforos ou conidióforos. Os esporos imóveis, células de parede espessa especializadas na dispersão, são produzidos aos milhões e transportados pelo vento, até atingirem um substrato favorável, onde se desenvolvem num novo micélio. Estes esporos são geralmente libertados “explosivamente” e podem permanecer viáveis durante longos períodos de tempo. Existem, igualmente, esporos mucilaginosos, de parede fina e envoltos por umasubstância pegajosa que lhes permite aderir ao corpo de outros organismos, que os espalham meio;</p><h3>Reprodução sexuada</h3><p>Tal como sempre acontece, este tipo de reprodução, devido ao elevado investimento que exige dos organismos, ocorre em condições desfavoráveis, apenas quando se pretende aumentar a variabilidade através da meiose.Nos fungos predomina a haplofase, apenas existindo núcleos diplóides em etapas da reprodução sexuada. A reprodução sexuada designa-se conjugação, e ocorre entre dois micélios diferentes, estirpe + e estirpe -. Duas hifas crescem em direção uma á outra, transportando um núcleo na sua extremidade. Quando estas se tocam, as paredes são dissolvidas por enzimas e formam-se septos, que isolam os núcleos nas extremidades, originando gametângios. A fusão dos núcleos – gâmetas – origina uma célula diplóide – zigoto -, que irá desenvolver uma espessa parede de proteção –zigósporo. Em condições favoráveis, este esporo sexuado sofre meiose e origina um novo micélio haplóide. Deste modo, os fungos apresentam um ciclo de vida haplonte, com meiose pós-zigótica. </p><h3>Taxonomia do Reino Fungi</h3><p>A classificação dos fungos é feita principalmente á base das estruturas reprodutoras, que são as mais diferenciadas do seu ciclo de vida, e no tipo de hifas. Deste modo, tem-se os seguintes filos: </p><h3>Filo Oomycota</h3><p>Contendo cerca de 580 espécies, inclui os chamados fungos aquáticos, na sua maioria saprófitos. Estes fungos são filamentosos, com hifas multinucleadas. Apresentam celulose na parede celular, não quitina, ao contrário do que seria de esperar. A reprodução destes fungos difere bastante da dos restantes grupos, aproximando-os mais dos restantes eucariontes (principalmente algas), pelo que muitas vezes se tem questionado a sua relação filogenética com os restantes grupos do reino. Segundo esses autores deveriam ser incluídos no Reino Protista. Produzem esporos assexuados biflagelados, que os verdadeiros fungos nunca produzem. A reprodução sexuada inclui a produção de oogónios com oosferas e anterídeos com núcleos masculinos. Da fecundação resulta o oósporo, um esporo de parede resistente, que dá nome ao táxon. Pertencem a este filo os chamados míldios, bem como os fungos que causam doenças em peixes e nos seus ovos;</p><h3>Filo Zygomycota</h3><p>Com 765 espécies conhecidas, são fungos terrestres, a maioria saprófita ou parasita. Apresentam parede celular com quitina e hifas cenocíticas. A reprodução sexuada origina zigosporos no interior de um zigosporângio (que dá o nome ao táxon e pode permanecer dormente longos períodos), de estrutura muito semelhante a um esporângioforo. Pertence a este filo o bolor negro do pão ou da fruta, uma séria ameaça a qualquer material armazenado úmido e rico em glicídos. Outros grupos destes fungos de importância ecológica são a ordemEntomophthorales, parasita de insetos e por isso cada vez mais utilizada no combate a pragas da agricultura, e o géneroGlomus, participante na formação de micorrizas; </p><h3>Filo Ascomycota</h3><p>Com mais de 30000 espécies, este filo inclui numerosos fungos familiares e com importância econômica, como as trufas, numerosos bolores verdes, amarelos e vermelhos. O gênero Neurosporafoi fundamental no desenvolvimento da genética, como organismo de estudo. Apresentam hifas septadas dicarióticas ou parcialmente septadas. Parede celular com quitina. Produzem assexuadamente conídios ou exósporos em conidióforos. A designação do filo deriva da estrutura produtora dos esporos sexuados, o ascocarpo, em forma de saco. Pertencem a este filo as leveduras, os únicos fungos deste grupo não filamentosos; </p><h3>Filo Basidiomycota</h3><p>São incluídos neste filo mais de 16000 espécies, a maioria bem conhecida, como todos os cogumelos, as ferrugens e os carvões, importantes fitoparasitas. Muito importantes na decomposição de substratos vegetais, atingem 2/3 da biomassa não animal dos solos. São fungos filamentosos, com hifas septadasperfuradas e dicarióticas e com parede quitinosa. A estrutura produtora de esporos sexuados, o basidiocarpo, é vulgarmente conhecido por cogumelo. Este resulta da fusão de dois micélios diferentes e irá produzir basídios, células em forma de clava e separadas do restante micélio por septos. Deles, formam-se os basidiósporos, grupos de 4 e presos por pequenos pedúnculos; </p><h3>Filo Deuteromycota</h3><p>Este filo inclui todos os fungos em que não seja conhecida, ou esta seja ignorada para motivos taxonômicos, a reprodução sexuada, como por exemplo os fungos pertencentes ao géneroPenicillium. Este gênero é um dos casos em que a fase sexuada é conhecida mas não é considerada na sua classificação devido a sua elevada semelhança com outros organismos deste filo. Por este motivo este filo também é designado por Fungi Imperfecti. Inclui mais de 17000 espécies, a maioria das quais parece ser de ascomicetos. </p><h6>Reino Fungi</h6><p>Os fungos são organismos eucariontes heterotróficos por absorção, uni ou pluricelulares e que agrupam cerca de 78 mil espécies. A ausência de clorofila e de celulose justifica a separação desses organismos do reino vegetal, onde, no passado, eram estudados. Por outro lado, o tipo de reprodução e a estrutura do corpo diferem das características dos animais, dos protistas e dos moneras. Por isso, resolveu-se criar um reino exclusivo para esses seres vivos, o reino Fungi. </p><p>O ramo da biologia que estuda os fungos chama-se micologia (mico = fungo).</p><p>De todos os seres vivos, os fungos são, sem dúvida, os que possuem a mais rica coleção de enzimas digestivas. Este fato faz dos fungos — ao lado das bactérias — os principais decompositores do planeta. Conseqüentemente, eles são importantes na reciclagem da matéria do ecossistema. A variedade de enzimas permite que eles ataquem praticamente qualquer tipo de material, como madeira, papel, legumes, frutas, cereais, carnes, causando, nestes casos, prejuízos ao homem. Diversos fungos são parasitas, atacando plantações e animais, inclusive o homem, e causando doenças chamadas micoses (pé-de-atleta, tinha, etc.). </p><p>Certos fungos estabelecem associações com as algas e as cianobactérias (formando os liquens) e com as raízes das plantas (formando as micorrizas). Alguns são comestíveis — os cogumelos —, enquanto outros são usados para a produção de alimentos (bebidas alcoólicas, queijos, pão) e de uma grande variedade de produtos químicos — inclusive medicamentos importantes, como os antibióticos. Essa variedade extraída dos fungos pode ser explicada pelo fato de que, sendo imóveis, uma de suas defesas contra predadores consiste na produção de substâncias químicas (tais substâncias matam ou inibem o crescimento de bactérias e outros seres vivos que se nutrem ou disputam alimentos com os fungos).</p><h3>Características Gerais</h3><p>Como já dissemos, os fungos são eucariontes e, embora existam algumas formas unicelulares, como o levedo, a maioria é formada por um emaranhado de filamentos, as hifas, cujo conjunto chama-se micélio (figura 1). Nos grupos mais simples, a rufa é formada por uma massa de citoplasma plurinucleada, denominada hifa cenocítica (ceno = comum; cito = célula).</p><p>Os fungos mais complexos apresentam septos entre as células. Esses septos, no entanto, são perfurados, de modo que haja um constante fluxo de citoplasma na hifa. Isto facilita a distribuição de substâncias pelo fungo (figura 1).</p><p>Alguns fungos possuem estruturas reprodutoras, os corpos frutíferos ou de frutificação, que são a parte dos fungos visível acima do solo, chamada cogumelo (figura 1). A parede das células é formada por quitina, um polissacarídeo nitrogenado que aparece também no esqueleto dos artrópodes (insetos, crustáceos e outros), não havendo celulose (exceto em alguns casos), como nos vegetais.</p><h3>Nutrição e respiração</h3><p>A nutrição é sapróbia, ou seja, hetetrotrófica por absorção de moléculas orgânicas simples, que podem ser originadas de uma digestão extracorpórea realizada pelo próprio fungo: o fungo lança no ambiente enzimas digestivas, que desdobram moléculas orgânicas complexas (macromoléculas) em moléculas menores e que são, então, absorvidas. Reveja figura 1. </p><p>O fungo é formado por um conjunto de hifas (micélio), capazes de absorver substâncias orgânicas simples do solo ou de outros seres vivos.</p><p class="img"><a href="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/fungos-75g.jpg"><img height="153" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/fungos-75.jpg" width="350" border="0" /></a><br /><strong>Clique para ampliar</strong></p><p>Na respiração, o glicídio usado como reserva de energia é o glicogênio, encontrado nas células animais, e não o amido, típico dos vegetais. Os fungos podem ser aeróbios ou anaeróbios facultativos, como as leveduras. O transporte de substâncias é facilitado por uma corrente citoplasmática que percorre as hifas.</p><h3>Reprodução e dispersão</h3><p>A reprodução assexuada pode ser feita de várias maneiras: por brotamento, nas formas unicelulares; por fragmentação do micélio, da qual resultam vários indivíduos: pela produção de esporos, que são células capazes de se desenvolver por mitose, produzindo indivíduos adultos. </p><p>Os esporos, na sua maioria, são imóveis, resistentes a ambientes desfavoráveis e capazes de serem levados pelo vento. São produzidos por estruturas que se elevam acima do micélio, os esporângios, facilitando a dispersão do esporo. A grande capacidade de dispersão — aliada à velocidade de multiplicação do esporo e ao rápido crescimento do fungo — compensa a sua imobilidade. </p><p>A reprodução sexuada é freqüentemente resultado da fusão de duas hifas haplóides. Uma das hifas é designada como positiva (+) e outra como negativa (-). Veja a figura 2. Prefere-se essa designação pelo fato de não haver, entre os fungos, diferenças que permitam a classificação em macho e fêmea. Às vezes, os núcleos das duas hifas não se fundem, o que origina hifas com núcleos geneticamente diferentes, os dicários.</p><p class="img"><img height="164" alt="Figura 2: A reprodução do mofo negro do pão. Na reprodução assexuada os esporos originam outras hifas; e na sexuada há uma fusão de hifas antes da formação de esporos. " src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/fungos-76.jpg" width="250" /><br /><strong>Figura 2: A reprodução do mofo negro do pão. Na reprodução<br />assexuada os esporos originam outras hifas; e na sexuada há uma<br />fusão de hifas antes da formação de esporos.</strong> </p><h3>Classificação</h3><p>As espécies mais comuns de fungos podem ser agrupadas em seis divisões: Zygomycota (zigomicetos), Ascomycota (ascomicetos), Basidiomycota (basidiomicetos), Deuteromycota (deuteromicetos), Oomycota (oomicetos) e Mixomycota (mixomicetos).</p><h3>Zigomiceto: o bolor negro do pão</h3><p>Também chamados ficomicetos em outras classificações, os zigomicetos vivem, em geral, no solo, alimentando-se de matéria orgânica em decomposição. Mas há alguns representantes aquáticos, que formam esporos com flagelos, semelhantes aos de certas algas vindo daí o nome ficomiceto: (fico = alga; miceto = fungo). </p><p>O bolor negro do pão (Rhizopus) é um zigomiceto que se desenvolve a partir de esporos que crescem, formando hifas cenocíticas haplóides. Tais hifas se ramificam e formam um micélio. Na ponta das hifas aparecem os esporângios. Estes produzem esporos que se espalham e, atingindo um local adequado com matéria orgânica que possa ser decomposta, sofrem mitoses, originando novos fungos. Esta reprodução assexuada constitui a principal forma de reprodução desses fungos (figura 2). A reprodução sexuada, menos freqüente, ocorre quando duas hifas, uma positiva e outra negativa, estão próximas. Cada hifa forma uma ramificação que cresce em direção à ramificação da hifa oposta. Na região onde elas se tocam, formam-se duas células especializadas, os gametângios, com núcleos positivos e negativos (figura 2). </p><p>Os citoplasmas dos gametângios fundem-se, formando um corpúsculo com vários núcleos haplóides. Esses núcleos, por sua vez, também se fundem, originando núcleos diplóides. O corpúsculo forma uma parede espessa, escura e rugosa, transformando-se em uma estrutura chamada zigósporo (figura 2). Os núcleos diplóides sofrem meiose e, quando o zigósporo germina, elimina esporos haplóides. Os esporos se espalham e, em substrato adequado, formam um novo micélio (com hifas positivas ou negativas), reiniciando-se então uma fase assexuada. </p><p>Alguns zigomicetos são usados comercialmente para a produção de molho de soja (o shoyu, da cozinha japonesa), de hormônios anticoncepcionais e medicamentos antiinflamatórios.</p><h3>Ascomicetos: levedo, trufas, bolores e parasitas de plantas</h3><p>São caracterizados pela presença de uma estrutura produtora de esporos, o asco (asco = saco). Entre os ascomicetos encontram - se: o levedo — a principal espécie é o Saccharomyces cerevisiae, usado na fabricação de bebidas alcoólicas, álcool e pão, e comercializado na forma de tabletes (o fermento Fleischmann, por exemplo); a trufa (gênero Tuber), muito apreciada na culinária; a Neurospora, um bolor do pão usado em pesquisas genéticas; algumas espécies de Penicillium, um gênero de fungo produtor da penicilina e de certos queijos; além de diversos parasitas de plantas, como o Claviceps purpúrea, que atacam cereais (figura 3). Caso o homem ingira esse cereal contaminado pelo fungo, ele poderá ter alucinações e vir a morrer.</p><p class="img"><img height="207" alt="Figura 3: Alguns exemplos de ascomicetos. Os esporos surgidos do ciclo sexuado são formados em estruturas chamadas ascos, reunidos nos ascocarpos." src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/fungos-77.jpg" width="300" /><br /><strong>Figura 3: Alguns exemplos de ascomicetos. Os esporos surgidos do ciclo sexuado são formados em estruturas chamadas ascos, reunidos nos ascocarpos.</strong></p><h6>Reino Fungi</h6><p>A principal forma de reprodução dos ascomicetos é a assexuada, servindo também para a dispersão do fungo. Nas formas unicelulares, como o levedo, a reprodução assexuada ocorre por brotamento. Nas formas pluricelulares, como os bolores, formam-se, nas extremidades das hifas, estruturas chamadas conidióforos, que produzem esporos muito finos, os conídios (conídio = pó fino). Veja figura 4. Os esporos se espalham e, em local adequado, originam novas hifas.</p><p class="img"><img height="139" alt="Figura 4: A reprodução assexuada dos ascomicetos pode ocorrer por brotamento ou pela formação de esporos (conídios). " src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/fungos-78.gif" width="350" /><br /><strong>Figura 4: A reprodução assexuada dos ascomicetos pode ocorrer por brotamento ou pela formação de esporos (conídios). </strong></p><p>A reprodução sexuada ocorre quando duas hifas — uma positiva e outra negativa — se fundem, dando hifas com dois núcleos (hifas dicarióticas). Veja figura 5. Posteriormente, os núcleos das hifas dicarióticas também se fundem e originam uma célula diplóide que, por meiose, produz quatro núcleos haplóides. Os núcleos haplóides sofrem mitose e originam oito esporos, os ascósporos (figura 5).</p><p>O nome dos esporos deve-se à célula onde eles se originam, que crescem formando o asco. Em alguns ascomicetos, os ascos ocorrem em hifas isoladas, mas na maioria dos casos eles estão agrupados em corpos de frutificação chamados ascocarpos (carpo = fruto). Os esporos se espalham e, em substrato adequado, germinam produzindo um novo micélio vegetativo. </p><p class="img"><img height="236" alt="Figura 5: A reprodução sexuada dos ascomicetos ocorre através da fusão de hifas(ou de células, no caso do levedo).Surge então o asco, que libera esporos (ascósporos). Neste caso, a reprodução sexuada também constitui para a dispersão do fungo." src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/fungos-79.gif" width="350" /><br /><strong>Figura 5: A reprodução sexuada dos ascomicetos ocorre através da fusão de hifas(ou de células, no caso do levedo).Surge então o asco, que libera esporos (ascósporos). Neste caso, a reprodução sexuada também constitui para a dispersão do fungo. </strong></p><p><span class="fonte">Fonte: </span>www.portalimpacto.com.br</p><h6>Reino Fungi </h6><p>Na natureza há diferentes tipos de fungos. Podemos dizer que eles são uma forma de vida bastante simples. </p><p>Durante muito tempo, os fungos foram considerados como vegetais e, somente a partir de 1969, passaram a ser classificados em um reino à parte. Os fungos apresentam um conjunto de características próprias que permitem sua diferenciação das plantas: não sintetizam clorofila, não tem celulose na sua parede celular, exceto alguns fungos aquáticos e não armazenam amido como substância de reserva. </p><p>Os fungos são seres vivos unicelulares eucariontes, como as leveduras, ou pluricelulares, como se observa entre os fungos filamentosos, bolores, cogumelos ou orelhas de pau. Os fungos constituídos de filamentos (hifas) formam o micélio. O micélio se desenvolve no interior do substrato, funcionando como elemento de sustentação e de absorção de nutrientes.</p><p class="img"><a href="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/fungos-80i.gif"><img height="143" alt="Fungos microscópicos" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/fungos-80.gif" width="350" border="0" /></a><br /><strong>Fungos microscópicos - Clique para ampliar</strong></p><h6>Reino Fungi</h6><p class="img"><strong><img height="216" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/fungos-81.jpg" width="200" /><br />Fungos macroscópicos</strong></p><h3>METABOLISMO </h3><h3>Nutrição </h3><p>São microrganismos heterotróficos , para poderem absorver a matéria orgânica de que necessitam, os fungos mantêm três tipos de relacionamentos com outros seres vivos: saprofitismo (nutrem-se de restos de seres vivos que eles mesmos decompõem), mutualismo (associação com outro ser onde os dois se beneficiam) e parasitismo (nutre-se de substâncias orgânicas do corpo de animais ou plantas vivos). Respiração Os fungos são microrganismos em sua maioria, aeróbios obrigatórios. No entanto, certas leveduras fermentadoras são aeróbias facultativas, se desenvolvem em ambientes com pouco oxigênio ou mesmo na ausência deste elemento. </p><h3>Habitat </h3><p>Os fungos, como todos os seres vivos, necessitam de água para o seu desenvolvimento. Podem ser encontrados nos mais diversos ambientes. Ambiente com umidade, pouca ventilação e luz favorecem o desenvolvimento de algumas espécies de fungos. Muitas espécies fúngicas exigem luz para seu desenvolvimento; outras são por ela inibidos e outras ainda mostram-se indiferentes a este agente. Em geral, a luz solar direta, devido à radiação ultravioleta, é elemento fungicida.</p><h3>Importância dos fungos </h3><p>Com relação às diferenças, existem aqueles que são extremamente prejudicais para a saúde do homem, causando inúmeras enfermidades e até intoxicação. Encontramos também os que parasitam vegetais mortos e cadáveres de animais em decomposição. Temos também os que são utilizados para alimento e até aqueles dos quais se pode extrair substâncias para a elaboração de medicamentos, como, por exemplo, a penicilina. Algumas leveduras, como o Saccharomyces cerevisiae utilizada como fermento biológico fazem o processo de fermentação alcoólica é utilizada como base para muitas indústrias como a de panificação e na fabricação de bebidas. </p><h3>Reprodução </h3><p>Os fungos se reproduzem assexuadamente ou sexuadamente. </p><h3>Reprodução assexuada </h3><p>A maioria das leveduras se reproduzem assexuadamente, por brotamento divisão binária. No processo de brotamento, a célula-mãe origina um broto que cresce. Na divisão binária, a célula-mãe se divide em duas células de tamanhos iguais, de forma semelhante a que ocorre com as. bactérias. Algumas espécies podem formar o esporângio que amadurece e libera os esporos de seu interior.</p><p><p class="img"><strong><img height="200" alt="Esporângio" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/fungos-82.jpg" width="159" /><br />Esporângio</strong></p><p class="img"><img height="210" alt="Reprodução assexuada" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/fungos-83.gif" width="308" /> <strong><br />Reprodução assexuada</strong></p><h3>Reprodução sexuada </h3><p>Um ótimo exemplo de fungo que se reproduz sexuadamente é o champignon, muito utilizada na culinária de alguns países. Ele é um cogumelo (corpo de frutificação) que produz esporângios. Dentro dos esporângios ocorre multiplicação celular formando esporos. Eles são liberados no ambiente e se desenvolverão originando um micélio. O micélio irá crescer e se tornar um cogumelo, completando o ciclo.</p><p class="img"><img height="225" alt="O cogumelo é um corpo de frutificação (é uma massa de hifas compactas)" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/fungos-84.jpg" width="300" /><br /><strong>O cogumelo é um corpo de frutificação (é uma massa de hifas compactas)</strong></p><p>Os fungos podem germinar, ainda que lentamente, em atmosfera de reduzida quantidade de oxigênio. O crescimento e a reprodução assexuada ocorrem nessas condições, enquanto a reprodução sexuada se efetua apenas em atmosfera rica em oxigênio.</p><h6>Reino Fungi</h6><p class="img"><img height="300" alt="Reino Fungi" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/fungos-68i.jpg" width="242" /></p><p>No <strong>reino fungi </strong>é onde ficam os fungos, organismos geralmente macroscópios (que podem ser vistos à olho nu), eucariontes, heterótrofos. Os representantes mais conhecidos são o bolor de pão, mofo, orelha de pau, leveduras e o cogumelo. </p><h3>Estrutura</h3><p>Os <strong>fungos</strong> são compostos por Hifas, que são filamentos de células que formam uma rede, chamada de micélio. Este, se extende até o alimento, e realiza a absorção de seus nutrientes (veja "Alimentação").</p><p>A divisão das hifas em células é incompleta, caso em que elas são chamadas de septadas e as barreiras divisórias são chamadas septos, ou ausente, caso em que elas são chamadas asseptadas ou cenocíticas. Os Fungos geralmente possuem paredes celulares feitas com quitina e outros materiais. As hifas podem ser modificadas para produzir estruturas celulares altamente especializadas. Por exemplo, fungos que parasitam plantas possuem haustórios que perfuram as células da planta e digerem as substâncias no seu interior; alguns fungos que vivem no interior do solo capturam vermes e outros pequenos animais. </p><h4>Alimentação</h4><p>Os<strong> fungos </strong>não possuem clorofila, como nas plantas, por isso não podem realizar fotossíntese, e consequentemente, não produzem seu próprio alimento. Eles soltam ao seu redor uma substância chamada exoenzima, que é praticamente igual à uma enzima digestiva. Essas enzimas digerem moléculas organicas do ambiente, e então o fungo absorve o seu alimento que foi digerido pelas exoenzimas. </p><p>Existem dois nichos ecológicos para os fungos: decompositores e parasitas. A diferença entre os dois é que os parasitas se fixam em organismos vivos, enquanto os decompositores se fixam em organismos mortos. Os parasitas ainda podem ser insectívoros ou helmintívoros, respectivamente, comedores de insetos ou minhocas. O primeiro, libera uma substância pegajosa à sua volta, onde moscas e pequenos insetos ficam presos e são digeridos pelas exoenzimas. O segundo, o fungo libera substâncias tranquilizantes que imobilizam as minhocas. </p><h4>Reprodução</h4><p>Os fungos terrestres podem se reproduzir sexuada e assexuadamente. </p><h4>Reprodução Assexuada</h4><p>O Penicillium, um tipo de fungo terrestre, gere através da mitose, células chamadas conidiósporos, que são jogadas no ambiente. Cada uma dessas células poderá gerar um novo ser, dependendo do local onde cair (como um pão, ou frutas). </p><h4>Reprodução Sexuada</h4><p>Um ótimo exemplo de fungo que se reproduz sexuadamente é o champignon, muito utilizada na culinária de alguns países. Ele é um cogumelo (corpo de frutificação) que produz esporângios com formato de raquete de tênis, que se chamam basídios. Dentro de cada basídio ocorre uma meiose, originando quatro células, chamadas de basidiósporos. Eles são liberados no ambiente através do brotamento, a partir do basídio. Os basidiósporos irão se desenvolver em local apropriado, feito pelo criador de champignons. Ele também irá organizar um micélio haplóide. A junção de hifas haplóides origina um micélio diplóide. Este, irá crescer e se tornar um cogumelo, completando o ciclo.</p><p class="img"><img height="210" alt="Champignon" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fungos/imagens/champignon.jpg" width="210" /><br /><strong>Champignon</strong> </p>ANDRÉ LUIS COSTAhttp://www.blogger.com/profile/16415958389883478305noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6496559379434983786.post-24351832301305751742009-05-05T16:20:00.000-07:002009-05-05T17:46:34.120-07:00O REINO PLANTAE<table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Reino Plantae</td></tr><tr><td height="1555"><p class="textoconteudo">O Reino Plantae tem sido, ao longo do tempo, definido de várias maneiras diferentes. Inicialmente, Lineu definiu o reino Plantae incluindo todos os tipos de plantas "superiores", as algas e os fungos. </p><p class="textoconteudo">Aristóteles dividia todos os seres vivos em plantas (sem capacidade motora ou órgãos sensitivos), e em animais - esta definição foi aceita durante muito tempo.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="350" src="http://www.biologados.com.br/images/montagem_hepatophyta_pterophyta_coniferophyta_anthophyta.jpg" width="500" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Representantes do reino Plantae: uma Hepatophyta do gênero <em>Marchantia</em>, uma Pterophyta do Gênero <em>Asplenium</em> (samambaia), uma Coniferophyta da espécie <em>Araucaria angustifolia</em>, e uma Anthophyta do gênero <em>Sisyrinchium</em>.</div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo">A classificação biológica mais moderna – a cladística – procura enfatizar as relações evolutivas entre os organismos: idealmente, um taxon (ou clado) deve ser monofilético, ou seja, todas as espécies incluídas nesse grupo devem ter um antepassado comum.</p><p class="textoconteudo">Com este novo conceito de classificação moderna, as plantas passaram a ser definidas como um grupo monofilético de organismos eucarióticos que fotossintetizam usando os tipos de clorofila a e b, presente em cloroplastos (organelas com uma membrana dupla) e armazenam os seus produtos fotossintéticos, tal como o amido. As células destes organismos são, também, revestidas de uma parede celular constituída essencialmente por celulose.</p><p class="textoconteudo">Assim, as algas não são mais classificadas como pertencentes ao Reino Plantae. As algas compreendem diferentes grupos de organismos que produzem energia através da fotossíntese, cada um dos quais evoluindo independentemente de ancestrais não-fotossintéticos diferentes. As mais conhecidas são as macroalgas, algas multicelulares que podem se assemelhar vagamente a plantas terrestres, mas classificadas como algas verdes, vermelhas e pardas. Cada um destes grupos inclui também vários organismos microscópicos e unicelulares.</p><p class="textoconteudo">De acordo com esta definição, ficam fora do Reino Plantae as algas e muitos seres autotróficos unicelulares ou coloniais, atualmente agrupados no Reino Protista, assim como as bactérias e os fungos, que constitutem os seus próprios reinos.</p><p class="textoconteudo">Atualmente, as Plantas compreendem três divisões de Bryophyta (musgos, hepáticas e antóceros) e nove divisões de plantas vasculares. Estes organismos são todos fotossintetizantes e adaptados para a vida terrestre. Seus ancestrais eram algas verdes especializadas.</p><p class="textoconteudo">Todas as plantas são pluricelulares e compostas por células eucariontes, com vacúolos e com paredes de celulose. Seu principal meio de nutrição é a fotossíntese. Durante a evolução das plantas no meio terrestre ocorreu diferenciação estrutural, com surgimento de órgãos especializados para fotossíntese, fixação e sustentação.</p><p class="textoconteudo">A reprodução das plantas é primariamente sexuada, com ciclos de alternância de gerações haplóide e diplóide.</p><p class="titulo">As divisões que compõe o Reino Plantae são:</p><p class="textoconteudo">Plantas avasculares: Hepatophyta, Anthocerophyta, Bryophyta;</p><p class="textoconteudo">Plantas vasculares: Psilotophyta, Lycophyta, Sphenophyta, Pterophyta, Coniferophyta, Cycadophyta, Ginkgophyta, Gnetophyta, Anthophyta.</p><p class="textoconteudo"></p><p class="textoconteudo"><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">O grupo das Briófitas</td></tr><tr><td height="2137"><p class="textoconteudo">Este grupo, que contém os organismos genericamente chamado de musgos, compreende três divisões: HEPATOPHYTA, ANTHOCEROPHYTA e BRYOPHYTA.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="400" src="http://www.biologados.com.br/images/montagem_musgos_briofitas_bryophyta.jpg" width="500" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Exemplos de plantas genericamente conhecidas como musgos ou briófitas.</div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo">O grupo das briófitas (ou plantas avasculares) apresenta algumas características marcantes:</p><p class="textoconteudo">- Não possuem sistema de condução de seivas (o transporte dentro da planta é feito por difusão célula a célula);<br />- Apresentam rizóides, caulóide e filóides (órgãos não verdadeiros).<br />- Transporte lento;<br />- O tamanho da planta é reduzido;<br />- Alta dependência da água (ambientes úmidos).</p><p class="textoconteudo">Apresenta alternância de gerações, com uma característica importante: o gametófico é a geração duradoura, com o esporófito (geração efêmera) crescendo sobre o gametófito. Nas pteridófitas, gimnospermas e angiospermas, ocorre o contrário.</p><p class="textoconteudo"><span class="titulo">Características gerais das briófitas:</span><br />- Primeiro grupo de plantas terrestres. Conquista ocorreu aproximadamente a 430 milhões de anos (Período Devoniano, Era Paleozóica).<br />- Origem provável a partir de algas verdes. </p><p class="textoconteudo">Semelhanças com as algas verdes:<br />1- pigmento fotossintético principal: clorofila a. Pigmentos acessórios: clorofila b e carotenóides.<br />2- Ambos armazenam amido em seus cloroplastos, enquanto outros organismos fotossintetizantes armazenam amido fora dos cloroplastos.<br />3- As plantas formam fragmoplasto durante a divisão celular. Esta característica é encontrada apenas em alguns grupos de algas verdes, além das plantas terrestres. Todas as plantas terrestres apresentam as características acima = indicação de ancestral comum.</p><p class="textoconteudo">- Briófitas são vegetais que não possuem raízes, caule e folhas verdadeiros. O corpo das briófitas é formado por rizóides, caulídios e filídios. Os filídios são uniestratificados. Podem ou não apresentar “costa” (região central com mais de uma camada de células).<br />- Não possuem sistema vascular. As substâncias são transportadas por difusão célula a célula. Transporte pelo corpo do vegetal muito lento.<br />- Por este motivo, são plantas de pequeno porte (poucos centímetros).<br />- Devido ao transporte lento, estas plantas ocorrem apenas em ambientes úmidos, pois em ambientes secos, as partes aéreas perderiam muita água (transpiração) e não conseguiriam repor esta água com velocidade suficiente (desidratação).<br />- Apresentam alternância de gerações heteromórficas (característica geral do Reino Plantae). Uma geração gemetofítica e outra esporofítica.<br />- São oogâmicas (gameta feminino grande e imóvel e gameta masculino pequeno e móvel).<br />- Apresentam embrião, que é nutricionalmente dependente do gametófito.<br />- A geração duradoura é a gametofítica (haplóide), diferente das outras plantas terrestres.<br />- Os gametófitos produzem os gametas e fazem fotossíntese. Os gametófitos dos musgos são dióicos. Raramente são monóicos.<br />- O esporófito (diplóide e produtor de esporos) se desenvolve sobre o gametófito e depende nutricionalmente do mesmo.<br />- Gametófito (fotossintetizante), fornece alimento ao esporófito.<br />- O esporófito tem um tempo de vida muito curto em relação ao gametófito (geração efêmera).</p><p class="textoconteudo"><br />A transição da água para a terra foi possível por causa do desenvolvimento de características para evitar a dessecação:<br />- Camada externa estéril, protetora das células reprodutivas. Anterozóide (gameta masculino) protegido pelo anterídio. Oosfera (gameta feminino) protegida pelo arquegônio.<br />- Camada protetora estéril também envolve as células produtoras de esporos (esporângios).<br />- Presença de cutícula (cera) e estômatos (aberturas responsáveis pelas trocas gasosas).</p><p><span class="textoconteudo"><br />- As briófitas englobam três divisões de plantas:<br />HEPATOPHYTA, ANTHOCEROPHYTA e BRYOPHYTA. </span></p><p class="textoconteudo">Características comuns entre as 3 divisões:<br />- Anterozóides flagelados (dois flagelos). Capacidade de natação até a oosfera (dentro do arquegônio). Necessita da água para a fecundação.<br />- Arquegônio em forma de garrafa: longo pescoço com base dilatada (ventre). No ventre se encontra a oosfera.<br />- As células do canal do “pescoço” desintegram-se quando o arquegônio amadurece, formando um tubo com substância mucilaginosa em seu interior, por onde passa o anterozóide.<br />- Após a fecundação, o zigoto é retido no interior do arquegônio, onde se desenvolve o embrião.</p><p class="textoconteudo"></p><p class="textoconteudo"></p><p class="textoconteudo"><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Divisão Hepatophyta</td></tr><tr><td><p class="textoconteudo">Os membros desta divisão são comumente chamados de hepáticas.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="170" src="http://www.biologados.com.br/images/marchantia_hepatophyta_musgo_hepatica_peq.jpg" width="250" /></div></td><td><div align="center"><img height="188" src="http://www.biologados.com.br/images/hepatophyta_frullania_hepatica_folhosa.jpg" width="250" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo" align="center"><em>Marchantia</em>, uma hepática talosa.</div></td><td><div class="textoconteudo" align="center"><em>Frullania</em>, uma hepática folhosa.</div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"></p><p class="textoconteudo">- Fazem parte desta divisão aproximadamente 8000 espécies.<br />- Conhecidas como “fígado”, devido à semelhança do contorno do gametófito com um fígado. Pensava-se, por isso, que estas plantas poderiam ser utilizadas para tratamento de doenças hepáticas.<br />- Em ambientes úmidos, formam extensos tapetes, recobrindo rochas e troncos.<br />- São as mais simples de todas as plantas (Reino Plantae) vivas. Não apresentam células especializadas em condução, nem cutícula, nem estômatos.<br />- Altamente dependentes da água.<br />- Os esporângios (cápsulas) apresentam várias formas de liberação de esporos.<br />- Os rizóides destas plantas são unicelulares e não ramificados.<br />- O protonema (estrutura formada logo após a germinação do esporo) é reduzido a duas ou três células.<br />- Esporófitos com paredes celulares finas, que se mantém rígidas por causa da pressão de turgor das células.<br />- No interior do esporângio, juntamente com os esporos, existem elatérios, estruturas que ajudam na dispersão dos esporos. São formadas por células higroscópicas, em forma de molas.<br />- Esporângios são liberados por quatro fendas longitudinais e os esporos são todos liberados ao mesmo tempo.<br />- Filídios são uniestratificados e não apresentam costa.<br /></p><p class="textoconteudo">Estão divididas em:</p><p class="textoconteudo"><a href="http://www.biologados.com.br/botanica/taxonomia_vegetal/divisao_hepatophyta_hepaticas_talosas.htm">Hepáticas talosas</a> e <span class="textoconteudo"><a href="http://www.biologados.com.br/botanica/taxonomia_vegetal/divisao_hepatophyta_hepaticas_folhosas.htm">hepáticas folhosas</a></span></p></td></tr></tbody></table></p></td></tr></tbody></table></p><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Hepáticas Talosas</td></tr><tr><td height="1430"><p class="textoconteudo">Grupo pertencente à Divisão Hepatophyta.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="334" src="http://www.biologados.com.br/images/marchantia_hepatophyta_hepatica_folha.jpg" width="450" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Aspecto do talo de <em>Marchantia</em></div></div></td></tr></tbody></table><p></p><p class="textoconteudo">- Apresentam o corpo achatado dorsiventralmente.<br />- O talo é diferenciado em uma porção dorsal fina (adaxial) rica em clorofila e uma porção mais ventral (abaxial) espessa, incolor, especializada em armazenamento.<br />- Porção abaxial forma escamas e rizóides.<br />- Porção adaxial é dividida em regiões, que correspondem a câmaras aeríferas, cada uma com um poro para trocas gasosas (diferentes de estômatos).<br />- Gênero mais comum é <em>Marchantia</em>, que ocorre no mundo todo, em regiões úmidas. No Brasil, típico de Mata Atlântica.<br />- Seu gametófito apresenta ramificação do tipo dicotômica, com poucos centímetros de comprimento.<br />- Gametófitos são monóicos (femininos e masculinos) e podem ser facilmente diferenciados pelas estruturas que carregam:<br />1- anterídios nascem de hastes com cabeça em forma de disco (anteridióforos).<br />2- arquegônios se formam em hastes com cabeça em forma de guarda-chuva (arquegonióforos). Os esporófitos formam-se sobre esta estrutura.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="71%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="46" src="http://www.biologados.com.br/images/marchantia_hepatophyta_anteridio.jpg" width="53" /></div></td><td><div align="center"><img height="47" src="http://www.biologados.com.br/images/marchantia_hepatophyta_arquegonio.jpg" width="57" /></div></td></tr><tr><td><div class="textofotos" align="center">1. anterídio (<em>Marchantia</em>)</div></td><td><div class="textofotos" align="center">2. arquegônio (<em>Marchantia</em>)</div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"><span class="textoconteudo">O gametófito apresenta gemas (os conceptáculos, estruturas em forma de cálice) que são liberadas pela água da chuva e podem desenvolver novos gametófitos geneticamente idênticos à planta que lhe deu origem.<br />- Reprodução assexuada também pode ocorrer por meio de fragmentação.<br />- Presença de elatérios.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="325" src="http://www.biologados.com.br/images/marchantia_hepatophyta_musgo_hepatica_2.jpg" width="469" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Talo de <em>Marchantia</em>, com anterídios e arquegônios.</div></div></td></tr></tbody></table></td></tr></tbody></table><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Hepáticas Folhosas</td></tr><tr><td height="1010"><p class="textoconteudo">Grupo pertencente à Divisão Hepatophyta.</p><p><span class="textoconteudo">- Grupo bastante diverso, com cerca de 6000 espécies. Mais comuns do que as talosas.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="326" src="http://www.biologados.com.br/images/hepatophyta_plagiochila_aspleniodes_hepatica_folhosa.jpg" width="500" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Uma hepática folhosa da espécie <em>Plagiochila aspleniodes</em>.</div></div></td></tr></tbody></table><p><span class="textoconteudo"><br />- Típicas de regiões tropicais (alta umidade).<br />- Plantas bem ramificadas, formando pequenos emaranhados.<br />- Gametófito apresentam geralmente de 1 a 5 cm e cresce prostrado e achatado.<br />- Com freqüência possuem duas fileiras de filídios largos, uma de cada lado do caulídio, e uma terceira fileira de filídios pequenos (anfigástros), na superfície inferior.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="188" src="http://www.biologados.com.br/images/hepatophyta_frullania_hepatica_folhosa.jpg" width="250" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Hepática folhosa do gênero <em>Frullania</em>. </div></div></td></tr></tbody></table><p><span class="textoconteudo"><br />- Filídios uniestratificados, com células não diferenciadas e sem costa.<br />- Filídios freqüentemente bilobados.<br />- Rizóides unicelulares espalhados na superfície ventral do caulídio.<br />- Plantas podem ser unissexuais ou bissexuais.<br />- Anterídios originam-se aos lados dos caulídios, circundados por filídios (androécio).<br />- Arquegônios comumente produzidos nos ápices de caulídios ou sobre curtos ramos laterais. Circundados por uma bainha de filídios (perianto).<br />- Esporófito apresenta longa seta hialina, que eleva a cápsula produtora de esporos acima do perianto.<br />- Cápsula produz esporos e elatérios.<br />- Cápsula se abre em quatro valvas para a dispersão dos esporos.</span></p></td></tr></tbody></table><p> </p></td></tr></tbody></table><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Classe Bryidae (ou Bryopsida)</td></tr><tr><td height="2473"><p><span class="textoconteudo">Conhecidos como os musgos verdadeiros. Pertencem à Divisão Bryophyta.</span> </p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="503" src="http://www.biologados.com.br/images/musgo_briofita_bryophyta_bryopsida.jpg" width="496" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Imagem de uma musgo verdadeiro - Classe Bryidae </div></div></td></tr></tbody></table><p></p><p class="textoconteudo">- As células do protonema ocorrem em uma camada simples, com ramificações que lembram algas verdes filamentosas.<br />- Nos musgos verdadeiros, o gametófito é folhoso e geralmente ereto.<br />- Os filídios se dispõem de forma espiralada ao redor do caulídio, em gametófitos adultos.<br />- Os gametófitos de musgos variam de 0,5 mm a 50 cm ou mais de comprimento.<br />- Todos apresentam rizóides multicelulares.<br />- O caulídio apresenta uma única camada de células (espessura), exceto na região da costa (ausente em alguns gêneros).<br />- Alguns musgos apresentam um filamento central com células especializadas na condução de água, os hidróides.<br />- Hidróides são células alongadas, com paredes delgadas e altamente permeáveis à água. Ausência de protoplasto vivo.<br />- Alguns gêneros de musgos apresentam elementos crivados (células condutoras de alimentos). Estas dispõe-se ao redor dos hidróides. Lembram as células condutoras de plantas vasculares sem sementes (pteridófitas).<br />- Ao contrário dos hidróides, os elementos de tubo crivado apresentam cloroplastos quando adultos.<br />- Os anterídios são protegidos dentro de estruturas folhosas chamadas rosetas.<br />- Anterozóides dispersados por água (chuva, orvalho). Insetos também podem carregar água com anterozóides de planta para planta. Dispersão muito eficiente.<br />- Existem dois padrões de crescimento para os gametófitos:<br />1- ereto e sem ramificações. Geralmente esporófitos terminais;<br />2- rastejantes, ramificados, formando pinas (pinados). Esporófitos laterais.<br /></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="458" src="http://www.biologados.com.br/images/musgo_bryophyta_esporofito_capsula.jpg" width="500" /></div></td></tr><tr><td><div align="center"><span class="textoconteudo">Os esporófitos (cápsula que contém os esporos) das briófitas nascem sobre os gametófitos (estrutura que contém os rizóides, caulídios e filídios).</span></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"></p><p><span class="textoconteudo">- Podem ser monóicos ou dióicos, dependendo da espécie.<br />- Os esporófitos nascem sobre os gametófitos.<br />- O esporogônio ou cápsula forma-se na extremidade de uma seta ou haste.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="236" src="http://www.biologados.com.br/images/musgo_bryophyta_esporofito_capsula_caliptra.jpg" width="254" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo" align="center">Detalhe das cápsulas na extremidade das hastes (ou setas).</div></td></tr></tbody></table><span class="textoconteudo"><p><br />- Células de esporófitos geralmente apresentam cloroplastos (fazem fotossíntese). Entretanto, perdem esta capacidade à medida que amadurecem.<br />- Sua coloração anteriormente verde, passa a ser castanha.<br />- Caliptra: estrutura protetora que recobre a cápsula.<br />- Antes da liberação dos esporos, a caliptra cai.<br />- Em seguida, o opérculo ou “tampa” da cápsula explode para a liberação dos esporos.<br />- Quando o opérculo é liberado, torna-se visível o peristômio, anel de dentes que cerca a abertura da cápsula. Ausente nas outras classes de musgos.<br />- O movimento dos dentes do peristômio de acordo com a umidade do ar, fazem a dispersão gradual dos esporos.<br />- Cada cápsula pode conter até 50 milhões de esporos haplóides.<br />- Reprodução sexuada pela emissão de gemas ou por fragmentação.</p><p></p><p><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Classe Sphagnidae</td></tr><tr><td><p><span class="textoconteudo">Também conhecidos como os musgos de turfeiras. Pertencem à Divisão Bryophyta.</span> </p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="400" src="http://www.biologados.com.br/images/sphagnidae_sphagnum_bryophyta_musgo_turfeira_2.jpg" width="500" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">O musgo esfagno, do gênero <em>Sphagnum</em>, em ambiente natural.</div></div></td></tr></tbody></table><p></p><p><span class="textoconteudo">- Apresenta apenas um gênero com aproximadamente 350 espécies: gênero <em>Sphagnum</em>.<br />- Os caulídios de seus gametófitos produzem tufos de ramos, freqüentemente cinco ramos em cada nó.<br />- Gametófitos são originados de protonemas talosos em vez de filamentosos, e formam botões em suas margens, originando os gametófitos folhosos.<br />- Filídios sem costa e adultos não apresentam rizóides.<br />- Típicos de locais pantanosos, onde são eretos e adquirem consistência túrgida.<br />- Os filídios são incomuns: apresentam células mortas grandes, rodeadas de células vivas e clorofiladas, menores.<br />- As células mortas têm grande capacidade de absorção de água (20 x seu peso seco).<br />- Por isso, foi utilizado para curativos em machucados e furúnculos.<br />- </span><span class="textoconteudo">São muito usados no mundo inteiro para jardinagem. Acrescenta-se esfagno em vasos, principalmente de orquídeas e outras plantas que necessitam de grande quantidade de umidade, por causa do seu alto poder de retenção de água.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="350" src="http://www.biologados.com.br/images/esfagno_musgo_turfeira_esphagno_esphagnum_sphagnum.jpg" width="480" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Musgo esfagno sendo utilizado no cultivo de orquídeas para reter umidade junto à planta (este da foto foi comprado já desidratado em uma loja de artigos para jardim).</div></div></td></tr></tbody></table><p><span class="textoconteudo"><br />- A cápsula apresenta dispersão por explosão, liberando uma nuvem de esporos.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="675" src="http://www.biologados.com.br/images/sphagnidae_sphagnum_bryophyta_musgo_turfeira.jpg" width="500" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">O musgo esfagno, do gênero <em>Sphagnum</em>. Observar a presença das cápsulas.</div><div align="center"></div><div align="center"></div></div></td></tr></tbody></table></td></tr></tbody></table></p></span><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Plantas vasculares</td></tr><tr><td><p class="textoconteudo">As plantas vasculares englobam os grupos genericamente conhecidos como pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="400" src="http://www.biologados.com.br/images/plantas_vasculares_pteridofitas_gimnospermas_angiospermas.jpg" width="500" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Exemplos de plantas vasculares: o xaxim (<em>Dicksonia sellowiana</em>), uma pteridófita, o pinheiro (<em>Araucaria angustifolia</em>), uma gimnosperma e a azaléia (<em>Rhododendron simsii</em>), uma angiosperma.</div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"></p><p class="textoconteudo">Mais precisamente, são plantas vasculares as seguintes divisões: Psilotophyta, Lycophyta, Sphenophyta, Pterophyta, Coniferophyta, Cycadophyta, Ginkgophyta, Gnetophyta, Anthophyta.</p><p class="textoconteudo">O grupo das briófitas é avascular, ou seja, não possuem elementos para condução de seiva. Por este motivo, são plantas de tamanho muito reduzido.</p><p class="textoconteudo">Com o passar do tempo, surgiu um avanço evolutivo importante, que permitiu um aumento de tamanho de algumas plantas. Esse avanço foi o aparecimento de sistemas condutores eficientes, consistindo em xilema e floema. Estes elementos solucionaram o problema de condução de água e alimento através da planta.</p><p class="textoconteudo">Muitos botânicos acreditam que a aquisição da habilidade de sintetizar lignina, incorporada às paredes celulares das células de sustentação e de células condutoras de água, foi um passo fundamental para a evolução das plantas.</p><p class="textoconteudo">As primeiras plantas terrestres possuiam partes aéreas e subterrâneas pouco diferenciadas. Aos poucos, as plantas desenvolveram raízes, que funcionavam na absorção de fixação, e em sistema caulinar, que funcionavam para aquisição de energia da luz do sol, de dióxido de carbono da atmosfera e de água, tornando-se um sistema muito bem adaptado à vida terrestre.</p><p class="textoconteudo">Seguindo a linha evolutiva, surgiram as plantas com sementes. As sementes protegem o embrião durante o processo de dispersão e período de dormência, e depois nutre o esporófito durante o período de germinação e estabelecimento da plântula como indivíduo independente. Assim, as plantas tornaram-se capazes de sobreviver em condições ambientais cada vez mais desfavoráveis. </p><p class="textoconteudo">As plantas vasculares, como dito no início do texto, são divididas em nove divisões. Mas popularmente, são divididas em três grandes grupos:</p><p class="textoconteudo">- Pteridófitas ou samambaias: são plantas vasculares, sem sementes, flores ou frutos. Divisões: Psilotophyta, Lycophyta, Sphenophyta e Pterophyta.</p><p class="textoconteudo">- Gimnospermas ou pinheiros: são plantas vasculares, com sementes reunidas em cones, mas sem frutos. Divisões: Coniferophyta, Cycadophyta, Ginkgophyta e Gnetophyta.</p><p class="textoconteudo">- Angiospermas: são plantas vasculares, com sementes, flores verdadeiras e frutos. Divisão Anthophyta.</p><p class="textoconteudo">Clique nas próximas páginas e navegue pelas informações sobre estes grupos.</p><p class="textoconteudo"></p><p class="textoconteudo"></p></td></tr></tbody></table><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Plantas Vasculares sem Sementes</td></tr><tr><td><p class="textoconteudo">São as plantas conhecidas genericamente como pteridófitas, samambaias e avencas.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="375" src="http://www.biologados.com.br/images/pteridofita_samambaia_avenca_soros.jpg" width="500" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Exemplos de plantas vasculares sem sementes: uma avenca e uma samambaia. Foto: Silvia Schaefer</div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"></p><p class="textoconteudo">São plantas que conseguiram atingir um tamanho maior do que as primeiras plantas terrestres (briófitas) devido ao surgimentos dos elementos condutores de seiva através da planta. Entretanto, seu sistema reprodutivo ainda é simples, e parcialmente dependente da água, pois não possuem nem sementes, nem flores e nem frutos.</p><p class="textoconteudo">O corpo das plantas vasculares sem sementes já apresentam organização em tecidos, mostrando raízes, caules e folhas verdadeiros.</p><p class="textoconteudo">Existem três divisões de plantas vasculares sem sementes, Rhyniophyta, Zosterophyllophyta e Trimerophyta dominaram a Terra no Período Devoniano e tormaram-se extintas no final deste período (cerca de 360 milhões de anos atrás). Estas plantas eram relativamente simples em sua estrutura.</p><p class="textoconteudo">A quarta divisão de plantas vasculares sem sementes, Progimnospermophyta ou pró-gimnospermas, também extinta, provavelmente originou as plantas com sementes, as gimnospermas e angiospermas.</p><p class="textoconteudo">Além destas quatro divisões mencionadas e já extintas, existem quatro divisões que possuem representantes atuais: Psilotophyta, Lycophyta, Sphenophyta e Pterophyta. Estas divisões serão discutidas nas próximas páginas.</p><p class="textoconteudo">Estas plantas (samambaias, licofitas, esfenofitas e pró-gimnospermas) apresentam estruturas mais complexas, e dominaram a vegetação da Terra a partir do Período Devoniano Superior até o fim do Período Carbonífero, de cerca de 380 até 290 milhões de anos atrás.</p><p class="textoconteudo">A partir da Era Mesozóica até em torno de 100 milhões de anos atrás, as gimnospermas passaram a dominar a flora terrestre. </p><p class="textoconteudo">As plantas com flores (angiospermas) apareceram cerca de 127 milhões de anos atrás, e tem permanecido como a flora dominantes desde então.</p><p class="textoconteudo">O grupo das pteridófitas:</p><p class="textoconteudo">• A partir desse grupo, as plantas começam a desenvolver um sistema vascular, no entanto este ainda esta longe da complexidade atingida nas angiospermas (lignificação).<br />• As Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas, formam o grupo das Traqueófitas.<br />• A presença de sistema vascular nas traqueófitas, proporcionou grau maior de independência da água: transporte rápido e eficiente.<br />• O tamanho das pteridófitas é bem maior em relação ao das briófitas (que apresenta sistema avascular).<br />• As primeiras plantas vasculares não possuíam raízes nem folhas, foi somente com a especialização que estas estruturas foram lentamente aparecendo.<br />• As pteridófitas não apresentam flor, semente ou fruto.<br />• Reprodução: produção de esporos, formados no interior dos esporângios, reunidos em soros.<br /><br />• Todas as plantas vasculares são oogâmicas (uma oosfera grande e anterozóides numerosos e diminutos, algumas vezes flagelados);</p><p class="textoconteudo">• Os esporos das plantas podem ser divididos em:<br />- Homosporados - produzem gametófitos bissexuados (com anterídios e arquegônios)</p><p class="textoconteudo">Para evitar a autofecundação, os arquegônios e os anterídios geralmente amadurecem em épocas diferentes;</p><p class="textoconteudo">Encontrados em Psilotophyta, Sphenophyta (cavalinha), algumas Lycophyta e quase todas as samambaias;</p><p class="textoconteudo">- Heterosporados – esporos masculinos e femininos que, ao germinarem, dão origem a gametófitos unissexuados (M e F);</p><p class="textoconteudo">Encontrados em algumas Lycophyta, em umas poucas samambaias e em todas as plantas com sementes;</p><p><span class="textoconteudo">As principais divisões das plantas vasculares sem sementes são Psilotophyta, Lycophyta, Sphenophyta, e Pterophyta.</span></p><p></p><p><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">DIVISÃO PSILOTOPHYTA </td></tr><tr><td height="2464"><p class="textoconteudo">Plantas pertencentes ao grande grupo das pteridófitas, que possuem estrutura corpórea muito simples;.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="352" src="http://www.biologados.com.br/images/psilotum_psilotophyta_pteridofita.jpg" width="320" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Exemplar do gênero <em>Psilotum</em></div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo">• Inclui dois gêneros: Psilotum e Tmesipteris;</p><p class="titulo">Gênero Psilotum:</p><p class="textoconteudo">• Psilotum apresenta distribuição tropical e subtropical enquanto Tmesipteris é restrito ao sul do Pacifico.</p><p class="textoconteudo">• É o único entre as vasculares atuais que não apresentam raízes nem folhas;</p><p class="textoconteudo">• O esporófito (planta adulta) consiste em uma porção aérea dicotomicamente ramificada com apêndices pequenos em forma de escamas e uma porção subterrânea ramificada;</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="363" src="http://www.biologados.com.br/images/psilotum_psilotophyta_dicotomica.jpg" width="500" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Observe o crescimento dicotômico (cada ramo divide-se em dois) da planta do espécie <em>Psilotum nudum</em></div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"></p><p class="textoconteudo">• Os esporângios (estruturas que formam os esporos) são formados nas terminações dos ramos;</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="318" src="http://www.biologados.com.br/images/psilotum_nudum_estagio_reprodutivo_psilotophyta.jpg" width="288" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Imagem do esporângio. Estágio reprodutivo de <em>Psilotum nudum</em>. Estrutura com aproximadamente 1 mm de comprimento.</div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"></p><p class="textoconteudo">• Após a germinação, os esporos dão origem a gametófitos bissexuados (monóicos);</p><p class="textoconteudo">• Os anterozóides (gametas masculinos) são multiflagelados, necessitando de água para nadar até a oosfera. Por isso ainda apresentam certo grau de dependência da água para sobreviver.</p><p class="titulo">Gênero Tmesipteris:</p><p class="textoconteudo">• São plantas epífitas, ou seja, vivem sobre outras plantas;</p><p class="textoconteudo">• Apresentam apêndices em forma de folhas.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="364" src="http://www.biologados.com.br/images/tmesipteris_lanceolata_psilotophyta.jpg" width="500" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Exemplar da espécie <em>Tmesipteris lanceolata</em>, crescendo sobre o tronco de uma árvore.</div></div></td></tr></tbody></table><p></p><p><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">DIVISÃO LYCOPHYTA </td></tr><tr><td><p class="textoconteudo">- Existem várias espécies de Lycophyta extintas, muitas delas arbóreas, que predominaram a aproximadamente 360 milhões de anos, no Período Carbonífero (era Paleozóica). Sua extinção aconteceu no final da era Paleozóica, no período Permiano (aproximadamente 248 milhões de anos), época em que surgiram as primeiras coníferas.</p><p class="textoconteudo">- Todas as Lycophyta, atuais e fósseis, possuem microfilos, um tipo de folha altamente característico da divisão.<br />- As três famílias atuais de Lycophyta são basicamente ervas. São elas:<br />Lycopodiaceae, Selaginellaceae e Isoetaceae. </p><p class="titulo">Lycopodiaceae</p><p class="textoconteudo">- A maioria das 400 espécies é tropical. Entretanto, suas espécies são distribuídas desde as regiões árticas, até as tropicais. Maior parte é epífita.<br />- O esporófito (planta adulta) consiste de um rizoma (tipo de caule típico de pteridófitas) ramificado que ramos aéreos e raízes.<br />- Em geral, os microfilos são dispostos espiraladamente ao redor dos ramos.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="621" src="http://www.biologados.com.br/images/lycophyta_lycopodiaceae_lycopodium_clavatum.jpg" width="500" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Membro da família Lycopodiaceae, espécie <em>Lycopodium clavatum</em>. Observar os estróbilos na extremidade dos ramos</div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"><br />- Os esporângios ocorrem na parte superior dos microfilos (que neste momento são chamados de esporofilos: folhas que contém esporângios). Exceto em <em>Lycopodium</em>, que apresenta estróbilos nas extremidades dos ramos.<br />- São homosporadas. Após a germinação dos esporos, formam-se gametófitos bissexuados. A água ainda é necessária para a fecundação (anterozóide biflagelado).</p><p class="titulo">Selaginellaceae</p><p class="textoconteudo">- Selaginella é o único gênero desta família.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="375" src="http://www.biologados.com.br/images/lycophyta_selaginellaceae_selaginella_novae_2.jpg" width="500" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Representante do gênero <em>Selaginella</em>.</div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"><br />- Maioria das espécies com distribuição tropical. Algumas de deserto, tornando-se dormentes nas épocas mais quentes.<br />- O esporófito é herbáceo apresenta micrófilos, formando estróbilos.<br />- São heterosporadas, com gametófitos unissexuados.<br />- Anterozóides biflagelados (dependência da água).</p><p class="textoconteudo">Suas pequenas folhas (os microfilos) são dispostos na face dorsal (duas fileiras com folhas maiores) e na face ventral (duas fileiras com folhas bem reduzidas)</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="307" src="http://www.biologados.com.br/images/lycophyta_selaginellaceae_selaginella_novae.jpg" width="453" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo" align="center"><em>Selaginella novae</em>. Observar o detalhe dos microfilos dorsais e ventrais.</div></td></tr></tbody></table><p></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="165" src="http://www.biologados.com.br/images/lycophyta_selaginellaceae_selaginella_trisulcata.jpg" width="164" /></div></td><td><div align="center"><img height="235" src="http://www.biologados.com.br/images/lycophyta_selaginellaceae_selaginella_arbuscula.jpg" width="250" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo" align="center"><em>Selaginella trisulcata</em></div></td><td><div class="textoconteudo"><div align="center"><em>Selaginella arbuscula</em></div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"></p><p class="titulo">Isoetaceae</p><p><span class="textoconteudo">- Único membro da família é o gênero <em>Isoetes</em>. Podem ser aquáticas ou viver em locais alagados em certas épocas do ano.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="645" src="http://www.biologados.com.br/images/lycophyta_isoetaceae_isoetes_gunnii.jpg" width="500" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center"><em>Isoetes gunnii.</em></div></div></td></tr></tbody></table><p><span class="textoconteudo"><br />- O esporófito consiste de um caule subterrâneo, curto e suculento (cormo), do qual partem os microfilos.<br />- Este cormo é originado a partir de um câmbio, responsável pelo crescimento secundário. Importante característica que diferencia esta família das outras Lycophyta.<br />- São heterosporados, formando gametófitos unissexuados.<br />- Algumas plantas de altas altitudes têm a característica de extrair seu carbono para a fotossíntese a partir do sedimento, e não a partir da atmosfera. Suas folhas praticamente não apresentam estômatos, possuem cutícula espessa e basicamente não fazem trocas gasosas com a atmosfera.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="676" src="http://www.biologados.com.br/images/lycophyta_isoetaceae_isoetes_melanospora.jpg" width="500" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center"><em>Isoetes melanospora</em></div></div></td></tr></tbody></table></td></tr></tbody></table></p></td></tr></tbody></table></p><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Divisão Sphenophyta</td></tr><tr><td height="3085"><p><span class="textoconteudo">São as plantas conhecidas como cavalinhas. </span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="300" src="http://www.biologados.com.br/images/sphenophyta_equisetum_cavalinha_plantacao.jpg" width="450" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Plantação da planta medicinal conhecida como cavalinha, do gênero <em>Equisetum</em>, Divisão Sphenophyta. </div></div></td></tr></tbody></table><p></p><p class="textoconteudo">- Assim como as Lycophyta, esta divisão ocorre desde o período Devoniano (Era Paleozóica). Durante o período Devoniano e Carbonífero, estavam representadas pelas Calamites (árvores de 18 m de altura). Atingiram sua diversidade e abundancia máxima no final da Era Paleozóica (cerca de 300 milhões de anos). Neste momento, surgiram as Equisetites, plantas semelhantes ao atual gênero <em>Equisetum</em>, único gênero atual desta divisão. Equisetum pode ser o gênero de plantas mais antigo sobrevivendo na Terra.<br />- Comparativo: representantes desta divisão são mais antigos que os dinossauros, que surgiram no Triássico (Era Mesozóica) a 248 milhões de anos.</p><p><span class="textoconteudo">- As cavalinhas são típicas de locais úmidos, encharcados ou à margem das florestas.<br />- Apresentam nós e entrenós bem evidentes, de onde partem as pequenas folhas em forma de escamas. Os ramos, quando surgem, são formados de forma alternada com as folhas.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="400" src="http://www.biologados.com.br/images/sphenophyta_equisetum_cavalinha_no_entreno_escama_2.jpg" width="300" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Nós (região escura) e entrenós (ramo verde) da planta cavalinha, do gênero <em>Equisetum</em>. Observar as pequenas folhas em forma de escamas que partem dos nós.</div></div></td></tr></tbody></table><p><span class="textoconteudo"><br />- Os entrenós apresentam estrias rígidas e os caules aéreos partem de rizomas (subterrâneos).</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="400" src="http://www.biologados.com.br/images/sphenophyta_equisetum_cavalinha_no_entreno_escama.jpg" width="446" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo" align="center">Cavalinha (gênero <em>Equisetum</em>). Observar as estrias dos entrenós.</div></td></tr></tbody></table><p><span class="textoconteudo"><br />- São plantas homosporadas e os estróbilos são formados na extremidade do caule. Os anterozóides são multiflagelados e necessitam de água para nadar até a oosfera.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="757" src="http://www.biologados.com.br/images/sphenophyta_equisetum_cavalinha_estrobilo.jpg" width="450" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo" align="center">Estróbilos de <em>Equisetum</em>, conhecido popularmente como cavalinha.</div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo">É uma planta medicinal:</p><p class="textoconteudo">Suas propriedades adstringentes e diuréticas, auxiliam no tratamento da gonorréia, diarréias, infecções de rins e bexiga, estimulam a consolidação de fraturas ósseas, agem sobre as fibras elásticas das artérias, atuam em casos de inflamação e inchaço da próstata, aceleram o metabolismo cutâneo, estimulam a cicatrização e aumentam a elasticidade de peles secas, sendo indicada ainda para o combate de hemorragias ou cãibras, úlceras gástricas e anemias.</p><p class="textoconteudo">É usada também como hidratante profundo, ajuda a evitar varizes e estrias, limpa a pele, fortalece as unhas, dá brilho aos cabelos, auxilia no tratamento da celulite e também da acne.</p><p class="textoconteudo">Com fins ornamentais é utilizada na composição da flora de lagos decorativos, em áreas brejosas, etc.</p><p class="textoconteudo"></p><p class="textoconteudo"><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Divisão Pterophyta</td></tr><tr><td height="2570"><p><span class="textoconteudo">São as samambaias e avencas. </span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="300" src="http://www.biologados.com.br/images/pterophyta_pteridofita_samambaia.jpg" width="450" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Imagem de uma samambaia, divisão Pterophyta. Foto: Silvia Schaefer</div></div></td></tr></tbody></table><p></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="375" src="http://www.biologados.com.br/images/pteridofita_samambaia_avenca_soros.jpg" width="500" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Avenca e samambaia com soros. Foto: Silvia Schaefer</div></div></td></tr></tbody></table><p></p><p><span class="textoconteudo">- Plantas abundantes desde o Período Carbonífero (Era Paleozóica) até os dias de hoje. É o segundo maior grupo de plantas, com 11000 espécies, perdendo apenas para as plantas com flores.<br />- ¾ das espécies são encontradas nos trópicos. Destas, cerca de 1/3 são epífitas.<br />- Existem também as espécies arboriformes, como o xaxim, podendo atingir 24m de altura, com folhas de mais de 5m. Apesar disso, os tecidos vegetais são inteiramente de origem primária.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="600" src="http://www.biologados.com.br/fotos/samambaias/xaxim_pteridofita_samambaiacu_dicksonia_sellowiana_dicksoniaceae.jpg" width="450" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Xaxim. Uma Pteridófita, também conhecida como samambaiaçú. Espécie: <em>Dicksonia sellowiana</em>, da família Dicksoniaceae. Foto: Silvia Schaefer </div></div></td></tr></tbody></table><p><span class="textoconteudo"><br />- Em geral homosporadas. Heterósporos ocorrem apenas nas aquáticas.<br />- O caule, em geral, é um rizoma subterrâneo, exceto em espécies eretas.<br />- As raízes se formam na porção inferior de um caule aéreo ou na superfície inferior do rizoma.<br />- As folhas (megáfilos) são chamadas de fronde e apresentam pecíolo e lâmina, que pode ser inteira ou pinada. A continuação do pecíolo na lâmina é chamada de raque; fixadas à raque e mais ou menos opostas umas às outras, estão pares de folhas chamadas pinas. As frondes jovens são chamadas de báculos e expandem-se por desenrolamento.<br />- esporófilos apresentam na face abaxial, pequenos pontos escuros chamados soros, que são reuniões de esporângios. Estes podem ou não estar protegidos por uma película chamada indúsio.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="300" src="http://www.biologados.com.br/images/pterophyta_pteridofita_samambaia_soros.jpg" width="450" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Soros de uma pteridófita, na face abaxial da folha. Soros são agrupamentos de esporângios, estruturas formadoras de esporos. Foto: Silvia Schaefer</div></div></td></tr></tbody></table><p></p><p></p><p><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Plantas Vasculares com Sementes e sem Frutos</td></tr><tr><td height="1222"><p><span class="textoconteudo">São as plantas conhecidas popularmente como pinheiros ou gimnospermas. Geralmente de grande porte. </span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="500" src="http://www.biologados.com.br/images/pinheiro_gimnosperma_bunia_araucaria_bidwillii.jpg" width="450" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Pinheiro da espécie <em>Araucaria bidwillii</em>. Observar a espessura do tronco. Foto: Silvia Schaefer</div></div></td></tr></tbody></table><p align="center"></p><p class="textoconteudo">• As Gimnospermas são plantas vasculares como os ciprestes, as sequóias e os pinheiros.<br />• São as primeiras plantas a apresentarem sementes, o que significa proteção e alimento para o embrião. Importância evolutiva desta estrutura: sobrevivência mesmo em condições ambientais desfavoráveis. Por isso as espermatófitas (plantas com sementes) são as dominantes.<br />• Possuem flores e sementes, mas não apresentam frutos. “Sementes nuas”, não envolvidas por frutos.<br />• São as plantas vasculares mais altas do mundo: até 117 m de altura e 11 m de diâmetro.<br />• Em geral, as estruturas reprodutivas masculinas e femininas encontram-se na mesma árvore (monóicas). Algumas são dióicas (plantas masculinas e plantas femininas separadas como a <em>Araucaria angustifolia</em> ou pinheiro-do-paraná).<br />• Os elementos reprodutivos se reúnem em estróbilos, que são as flores das gimnospermas.<br />• São as primeiras plantas a terem independência da água para reprodução:<br />- Esporos masculinos, através do vento, chegam à parte feminina da planta.<br />- Os esporos germinam e o gameta masculino (células espermáticas) chega ao feminino (oosfera) através do tubo polínico. Gametas masculinos não flagelados.</p><p><span class="textoconteudo">• Existem quatro divisões de gimnospermas atuais:<br />- Cycadophyta (cicas);<br />- Ginkgophyta (ginkgo);<br />- Gnetophyta (gnetófitas);<br />- Coniferophyta (coníferas).</span></p></td></tr></tbody></table></p><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Divisão Cycadophyta</td></tr><tr><td height="1034"><p class="textoconteudo">Plantas popularmente conhecidas como cicas, muito usadas para paisagismo.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="600" src="http://www.biologados.com.br/images/cycas_cycadophyta_ornamental_cica_revoluta.jpg" width="450" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Exemplar da Divisão Cycadophyta, planta ornamental do gênero <em>Cyca</em>. Foto: Silvia Schaefer</div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"><br />• Plantas semelhantes a palmeiras, encontradas em regiões tropicais e subtropicais. (Diferença: palmeiras não apresentam crescimento secundário e cicadáceas sim).<br />• Maioria são plantas grandes (atingem até 18 m de altura). Em alguns casos o caule é subterrâneo, ficando apenas as folhas para fora.<br />• Muito antigas (apareceram a cerca de 320 milhões de anos – coabitaram a Terra com os dinossauros, período em que elas eram mais abundantes.<br />• São plantas freqüentemente tóxicas (agentes cancerígenos e neurotóxicos).<br />• São plantas dióicas (sexos separados).</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="339" src="http://www.biologados.com.br/images/cycas_cycadophyta_ornamental_cica_revoluta_estrobilo.jpg" width="450" /></div></td></tr><tr><td><div align="center"><span class="textoconteudo">Estróbilo de <em>Cyca</em>, divisão Cycadophyta.</span></div></td></tr></tbody></table></td></tr></tbody></table></td></tr></tbody></table></p><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Divisão Ginkgophyta</td></tr><tr><td height="1527"><p class="textoconteudo">São árvores de grande porte conhecidas como ginkgo.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="352" src="http://www.biologados.com.br/images/ginkgo_biloba_folha_medicinal.jpg" width="312" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Folhas labeladas da planta <em>Ginkgo biloba</em>, divisão Ginkgophyta. </div></div></td></tr></tbody></table><p><span class="textoconteudo"><br />• Único representante vivo é a planta da espécie <em>Ginkgo biloba</em>, com folhas labeladas, crescimento lento, podendo atingir 30 m de altura ou mais.<br />• Diferente da maioria das outras gimnospermas, o ginkgo é decíduo (perde as folhas em alguma estação). Suas folhas tornam-se douradas antes de cair.<br />• São particularmente comuns na China e Japão. Como é muito resistente à poluição, é bastante cultivado em áreas urbanas.<br />• São plantas dióicas, ou seja, de sexos separados.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="99%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="682" src="http://www.biologados.com.br/images/ginkgo_biloba_arvore.jpg" width="400" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Árvore da espécie <em>Ginkgo biloba</em>. </div></div></td></tr></tbody></table><p></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="177" src="http://www.biologados.com.br/images/ginkgo_biloba_semente.jpg" width="189" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Semente de <em>Ginkgo biloba</em>.</div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo">O ginkgo é considerada uma planta medicinal, pois apresenta substâncias que combatem os radicais livres e auxiliam na oxigenação cerebral.</p><p class="textoconteudo">Nomes populares: Nogueira-do-Japão, árvore-avenca, ou simplesmente ginkgo.</p></td></tr></tbody></table></td></tr></tbody></table><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Divisão Gnetophyta</td></tr><tr><td height="2585"><p><br /><span class="textoconteudo">• Habitam geralmente regiões deserticas ou áridas do mundo.<br />• Seus estróbilos têm, às vezes muita semelhança com inflorescências de angiospermas, indicando que há um ancestral comum entre os grupos.<br />• Esta divisão apresenta cerca de 70 espécies distribuídas em 3 gêneros:</span></p><p><span class="textoconteudo"><br /></span><span class="titulo"><em>Gnetum</em>:</span></p><p><span class="textoconteudo">É um gênero que inclui árvores e trepadeiras, com folhas grandes, muito parecidas com as das dicotiledôneas. Encontradas na maioria das regiões tropicais.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="400" src="http://www.biologados.com.br/images/gnetophyta_gnetum_folha.jpg" width="333" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Planta do gênero <em>Gnetum</em>, uma gimnosperma da Divisão Gnetophyta. Observe que suas folhas são muito parecidas com as das dicotiledôneas.</div></div></td></tr></tbody></table><p></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="360" src="http://www.biologados.com.br/images/gnetophyta_gnetum_sementes.jpg" width="450" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Sementes de <em>Gnetum</em> e seus estróbilos.</div></div></td></tr></tbody></table><p></p><p><span class="textoconteudo"></span><span class="titulo"><em>Ephedra</em>:</span></p><p><span class="textoconteudo">É composto por arbustos com folhas pequenas e caules aparentemente articulados. Lembra o gênero <em>Equisetum</em> (pteridófita).</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="252" src="http://www.biologados.com.br/images/gnetophyta_ephedra_gimnosperma.jpg" width="344" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Exemplares de <em>Ephedra</em>, uma gimnosperma da Divisão Gnetophyta.</div></div></td></tr><tr><td><div align="center"><img height="292" src="http://www.biologados.com.br/images/gnetophyta_ephedra_gimnosperma_estrobilo.jpg" width="302" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Detalhe dos estróbilos de <em>Ephedra</em>, gimnosperma da divisão Gnetophyta.</div></div></td></tr></tbody></table><p></p><p><span class="textoconteudo"><br /></span><span class="titulo"><em>Welwitschia</em>:</span></p><p><span class="textoconteudo">É provavelmente a planta vascular mais estranha que se conhece. A maior parte da planta fica enterrada no solo. Ela produz apenas duas folhas, de crescimento contínuo. Vive em desertos da África.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="264" src="http://www.biologados.com.br/images/gnetophyta_welwitschia_estrobilo.jpg" width="450" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Exemplar do gênero <em>Welwitschia, </em>uma gimnosperma da Divisão Gnetophyta.</div></div></td></tr></tbody></table><p></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="216" src="http://www.biologados.com.br/images/gnetophyta_welwitschia_estrobilo_gimnosperma_folha.jpg" width="329" /></div></td><td><div align="center"><img height="326" src="http://www.biologados.com.br/images/gnetophyta_welwitschia_estrobilo_2.jpg" width="256" /></div></td></tr><tr><td colspan="2" height="27"><div class="textoconteudo"><div align="center">Planta do gênero <em>Welwitschia</em>, da Divisão Gnetophyta. Observe os estróbilos, estruturas comuns em gimnospermas.</div></div><div align="center"></div></td></tr></tbody></table><p><span class="textoconteudo"><br />• Alguns representantes dos 3 gêneros produzem néctar e são visitados por insetos (fato incomum em gimnospermas).</span></p></td></tr></tbody></table></td></tr></tbody></table><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Divisão Coniferophyta</td></tr><tr><td><p class="textoconteudo">São conhecidas como coníferas.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="450" src="http://www.biologados.com.br/fotos/arvores/arvore_bunia_araucaria_bidwillii_araucariaceae_folha.jpg" width="600" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Folhas (acículas) do pinheiro bunia, da espécie <em>Araucaria bidwillii</em>, família Araucariaceae, divisão Coniferophyta. Foto: Silvia Schaefer </div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"><br />• Grupo atual de gimnospermas mais numeroso e com distribuição mais ampla.<br />• Pertencem a esta divisão as plantas mais altas do mundo: as sequóias (<em>Sequoia sempervirens</em>), podendo atingir 117m e diâmetro de mais de 11m.<br />• Incluem também os pinheiros e abetos.<br />• As coníferas surgiram no final do Período Carbonífero, a 290 milhões de anos (era Paleozóica). Diversificaram-se muito no período Permiano, entre 286 a 248 milhões de anos atrás.<br />• As folhas das coníferas atuais apresentam muitas características xeromorfas, por causa da aridez mundial típica da época em que se desenvolveram. </p><p class="textoconteudo">Os Pinheiros<br />Os pinheiros são as espécies mais comuns de coníferas. Dominam amplas extensões no hemisfério norte, em locais de clima temperado. Também são amplamente cultivas no hemisfério sul.<br />Suas folhas são aciculares, crescendo em grupos (fascículos) de 1 a 8 folhas, dependendo da espécie. Os fascículos são protegidos na base por escamas foliares.<br />Em geral, são perfeitamente adaptadas a crescerem em condições áridas:<br />A epiderme é recoberta por uma espessa cutícula. Abaixo da epiderme encontra-se uma camada de células de paredes espessadas e arranjadas de forma compacta (hipoderme). Os estômatos são afundados, abaixo da superfície da epiderme. O mesófilo é atravessado por ductos resiníferos.<br />As folhas (acículas) são retidas durante vários anos. Como não são trocadas todos os anos, recebem muito mais injúrias (seca, frio, poluição) que as folhas de plantas decíduas.<br />O crescimento secundário do caule começa cedo, no início do desenvolvimento da planta. Cascas (periderme): formadas pelo câmbio da casca.<br /></p><p><span class="textoconteudo">As principais famílias são:<br /><a href="http://www.biologados.com.br/botanica/taxonomia_vegetal/divisao_coniferophyta_pinus_gimospermas_familia_pinaceae.htm">Pinaceae</a><br /><a href="http://www.biologados.com.br/botanica/taxonomia_vegetal/divisao_coniferophyta_gimospermas_familia_taxodiaceae_sequoia.htm">Taxodiaceae</a><br /><a href="http://www.biologados.com.br/botanica/taxonomia_vegetal/divisao_coniferophyta_gimospermas_familia_cupressaceae.htm">Cupressaceae</a><br /><a href="http://www.biologados.com.br/botanica/taxonomia_vegetal/divisao_coniferophyta_gimospermas_familia_podocarpaceae.htm">Podocarpaceae</a><br /><a href="http://www.biologados.com.br/botanica/taxonomia_vegetal/divisao_coniferophyta_gimospermas_familia_araucariaceae.htm">Araucariaceae</a></span></p><p><span class="textoconteudo">No Brasil, só ocorrem representantes nativos das famílias Podocarpaceae (duas espécies de <em>Podocarpus</em>) e Araucariaceae (uma espécie de <em>Araucaria</em>). Todas as outras espécies de coníferas que existem aqui, são exóticas, provenientes de outros países.</span></p></td></tr></tbody></table><p></p><p><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Família Pinaceae</td></tr><tr><td><p><br /><span class="textoconteudo">• Plantas arbóreas ou arbustivas lenhosas, com folhas aciculares dispostas em espiral. Em certos gêneros (<em>Pinus</em>, <em>Cedrus</em>, <em>Larix</em>) estas apresentam-se em fascículos (grupos). Cada grupo é protegido na base por escamas foliares. </span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="262" src="http://www.biologados.com.br/images/coniferophyta_pinaceae_pinus_acicula.jpg" width="349" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Folhas aciculares (acículas) de <em>Pinus</em>, família Pinaceae, divisão Coniferophyta.</div></div></td></tr></tbody></table><p><span class="textoconteudo">A pinha (ou estróbilo para os botânicos) é o órgão das plantas da divisão Pinophyta onde se encontram as estruturas reprodutivas. As pinhas lenhosas que estamos habituados a ver são na verdade flores diferenciadas. Nas Gimnospermas, a pinha é orgão reprodutor onde são formados os micrósporos (Pólen) e os megásporos (célula-mãe do óvulo), diferenciando-se em espécie por tamanho, que no caso de estróbilo feminino são maiores em relação aos estróbilos masculinos. É errado, porém, afirmar que a pinha é o fruto, já que essa espécie de vegetal produz sementes "nuas" (Gimno = nuas; Spermas = semente), não protegidas por fruto, característica essa típica das Angiospermas. Por vezes, usa-se também a palavra cone para designar estas estruturas, não só para o grupo dos pinheiros, mas também para as restantes gimnospérmicas.<br />• O megasporofilo transporta dois óvulos, e é protegido por uma folha estéril, a escama de cobertura. É o estróbilo, estrutura de reprodução feminina.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="237" src="http://www.biologados.com.br/images/coniferophyta_pinaceae_pinus_pinha_estrobilo_feminino.jpg" width="200" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Estróbilo feminino de <em>Pinus</em>, também conhecido como pinha. </div></div></td></tr></tbody></table><p><span class="textoconteudo"><br />• Flores masculinas em densos estróbilos alongados; cada microsporofilo transporta dois sacos polínicos (microsporângios).</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="337" src="http://www.biologados.com.br/images/coniferophyta_pinaceae_pinus_acicula_estrobilo.jpg" width="450" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Estróbilos masculinos de <em>Pinus</em>. São estruturas menores que os estróbilos femininos.</div></div></td></tr></tbody></table><p><span class="textoconteudo"><br />• Sementes muitas vezes aladas (<em>Pinus</em>, <em>Cedrus</em>).<br />• Esta é a maior família de gimnospermas vivas, com centro de dispersão no hemisfério norte. <em>Pinus</em> é o maior gênero com cerca de 90 espécies.</span></p></td></tr></tbody></table></p><p></p><p><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Família Taxodiaceae</td></tr><tr><td><p><br /><span class="textoconteudo">• Família relativamente pequena, com 10 gêneros, composta essencialmente por plantas lenhosas arbóreas, com um único gênero nativo no hemisfério sul (Tasmânia). </span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="500" src="http://www.biologados.com.br/images/coniferophyta_taxodiaceae_sequoia.jpg" width="334" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Conifera do gênero <em>Sequoia</em>, uma árvore que pode atingir tamanhos impressionantes. São consideradas as árvores mais altas do mundo.</div></div></td></tr></tbody></table><p><span class="textoconteudo"><br />• Folhas pequenas, aciculares ou escamiformes, com disposição espiralada.<br />• Plantas com sexos separados, formando estróbilos masculinos laterais pequenos. Cada microsporofilo transporta de 2 a 9 microsporângios. </span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="241" src="http://www.biologados.com.br/images/coniferophyta_taxodiaceae_taxus_estrobilo.jpg" width="342" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Estróbilos masculinos (microstróbilos) do gênero <em>Taxus</em>, são pequenos e formados lateralmente nos ramos. </div></div></td></tr></tbody></table><p><span class="textoconteudo"><br />• Estróbilos femininos terminais. Cada megasporófilo transporta um óvulo. Cone maduro, constituído pelas escamas de cobertura, que protegem de 3 a 9 óvulos. </span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="252" src="http://www.biologados.com.br/images/coniferophyta_taxodiaceae_taxus_cones.jpg" width="498" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Conífera do gênero <em>Taxus</em> apresenta sementes rodeadas por uma cúpula carnosa vermelha, chamada arilo. O arilo atrai pássaros e outros animais que se alimentam e dispersam a semente.</div></div></td></tr></tbody></table><span class="textoconteudo"><p><br />• Destaque: dois gêneros da América do Norte: <em>Sequoiadendron</em> e <em>Sequoia</em>. O primeiro atinge tamanhos gigantescos e idade de cerca de 4.000 anos. </p><p></p><p></span></p></td></tr></tbody></table></p><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Família Cupressaceae</td></tr><tr><td height="2349"><p><br /><span class="textoconteudo">• Segunda maior família do grupo: com 16 gêneros e 140 espécies distribuídas em todo o mundo, principalmente no hemisfério norte. Nenhuma é nativa no Brasil. </span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="544" src="http://www.biologados.com.br/images/coniferophyta_cupressaceae_cupressus.jpg" width="403" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Exemplar da conifera cipreste, gênero <em>Cupressus</em>. </div></div></td></tr></tbody></table><p><span class="textoconteudo"><br />• São plantas lenhosas de porte arbóreo ou mais raramente arbustivo.<br />• Folhas em geral pequenas, escamiformes, de disposição oposta, revestindo completamente os ramos novos. </span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="397" src="http://www.biologados.com.br/images/coniferophyta_familia_cupressaceae_estrobilo.jpg" width="353" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Gênero <em>Cupressus</em>. Observar os estróbilos e as folhas em forma de escamas.</div></div></td></tr></tbody></table><p><span class="textoconteudo"><br />• Plantas monóicas.<br />• Estróbilos masculinos pequenos, terminais ou laterais, isolados ou em grupos. Cada microsporofilo transporta freqüentemente 4 microsporângios.<br />• Estróbilos femininos terminais em ramos curtos, pequenos, com escamas ovulíferas transportando de 2 a 12 óvulos. </span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="379" src="http://www.biologados.com.br/images/coniferophyta_familia_cupressaceae_cipreste_estrobilo.jpg" width="427" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Estróbilo de cipreste (<em>Cupressus</em>)</div></div></td></tr></tbody></table><p></p><p><span class="textoconteudo">Cones pequenos, os menores dentre as coníferas, lenhosos ou carnosos (Gênero <em>Juniperus</em>).</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="507" src="http://www.biologados.com.br/images/juniperus_cupressaceae_pinheiro_ornamental.jpg" width="285" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Exemplar do gênero <em>Juniperus</em>.</div></div></td></tr></tbody></table></td></tr></tbody></table><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Família Podocarpaceae</td></tr><tr><td height="906"><p><br /><span class="textoconteudo">• Único gênero é o <em>Podocarpus</em>, com distribuição predominantemente no hemisfério sul (Brasil e África) e com poucas espécies. </span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="390" src="http://www.biologados.com.br/images/podocarpaceae_podocarpus_gimnosperma.jpg" width="489" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo" align="center">Exemplar de <em>Podocarpus</em>, uma gimnosperma da família Podocarpaceae.</div></td></tr></tbody></table><p><span class="textoconteudo"><br />• Folhas pequenas (exceto <em>P. sellowii</em> do Brasil, com folhas largas).<br />• As sementes são produzidas isoladamente.<br />• Flores femininas (estróbilos) terminais em ramos curtos especiais, óvulo com envoltório carnoso na base, que se desenvolve na semente madura, como um pedúnculo carnoso (daí a origem do nome do gênero). </span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="336" src="http://www.biologados.com.br/images/podocarpaceae_podocarpus_gimnosperma_semente.jpg" width="334" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo" align="center">Sementes de <em>Podocarpus</em>. São revestidas com um tecido carnoso.</div></td></tr></tbody></table><p><span class="textoconteudo"><br />• Flores masculinas reunidas em densos estróbilos. Cada microsporofilo transporta dois sacos polínicos (microsporângios).<br />• As plantas são de sexos separados.<br />• No Brasil duas espécies:<br />- <em>P. lamberti</em> com distribuição limitada à zona de Araucaria, nos Estados do sul do Brasil. Ele faz parte da Mata de Araucaria, é uma árvore de pequeno porte que atinge de 8 a 14 m.<br />- <em>P. sellowii</em> mais raro, ocorre ao longo da Serra do Mar e na região amazônica.</span></p></td></tr></tbody></table></td></tr></tbody></table><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Família Araucariaceae</td></tr><tr><td height="1633"><p><span class="textoconteudo"><br />• Plantas arbóreas de grande porte, com folhas pequenas, alternas, em geral densamente dispostas e em certos casos imbricadas.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><span class="textoconteudo"><img height="285" src="http://www.biologados.com.br/images/araucaria_angustifolia_gimnosperma_coniferophyta.jpg" width="446" /></span></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center"><em>Araucaria angustifolia</em>, pinheiro da família Araucariaceae, Divisão Coniferophyta.</div></div></td></tr></tbody></table><p></p><p><span class="textoconteudo">• Plantas de sexos separados, ou seja, existem plantas macho e plantas fêmea.<br />• Flores femininas reunidas em grandes e densos estróbilos com mais de duas centenas de flores. </span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="338" src="http://www.biologados.com.br/images/araucaria_araucariaceae_cone_estrobilo_feminino.jpg" width="450" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Estróbilo feminino (cone) de <em>Araucaria</em>. Quando maduro, se abre para liberar as sementes (pinhões).</div></div></td></tr></tbody></table><p><span class="textoconteudo"><br />• O óvulo nasce na axila de um megasporofilo e é protegido por uma folha estéril, a escama de cobertura, que envolve e encerra o óvulo fecundado. Assim, o cone maduro é composto por unidades isoladas (pinhão). </span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="224" src="http://www.biologados.com.br/images/araucaria_araucariaceae_cone_pinhao_semente.jpg" width="300" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Sementes de <em>Araucaria</em>, os pinhões. São muito utilizados para alimentação, principalmente no Sul do Brasil, cozido ou assado na chapa.</div></div></td></tr></tbody></table><p><span class="textoconteudo"><br />• Estróbilos masculinos longos, onde cada microsporofilo transporta 8 microsporângios alongados.</span></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="240" src="http://www.biologados.com.br/images/araucaria_araucariaceae_cone_estrobilo_masculino.jpg" width="320" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Estróbilo masculino de <em>Araucaria</em>. Formado na ponta do ramo, é bem menor do que o feminino.</div></div></td></tr></tbody></table><p><span class="textoconteudo"><br />• Família exclusiva do hemisfério sul, com dois gêneros:<br />- <em>Araucaria</em>: duas espécies no sul da América. <em>A. araucana</em> (sul do Chile e Argentina). <em>A. angustifolia</em> (sul do Brasil e território de Missiones, Argentina).<br />- <em>Agathis</em>: nativo da Austrália.</span></p></td></tr></tbody></table><p><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Grupo das Angiospermas</td></tr><tr><td height="1913"><p class="textoconteudo">São plantas vasculares com sementes, com flores e com frutos.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="300" src="http://www.biologados.com.br/images/manaca_da_serra_tibouchina_mutabilis_flor_fruto_folha.jpg" width="500" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Planta manaca-da-serra (<em>Tibouchina mutabilis</em>), uma típica angiosperma, que apresenta flores, frutos e sementes. Foto: Silvia Schaefer</div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"></p><p class="textoconteudo">As flores são amplamente reconhecidas pela sua beleza, perfume e colorido. Diferentes dos estróbilos (pinhas) das gimnospermas, que são lenhosas, as flores verdadeiras presentes nas angiospermas utilizam seu colorido e perfume para atrair polinizadores e otimizar a polinização e posterior fecundação. </p><p class="textoconteudo">A característica diferencial deste grupo é a preseça de sementes inseridas dentro de frutos. Isto é possível, pois os óvulos se desenvolvem dentro do ovário da flor. Após a fecundação, o ovário originará o fruto e o óvulo originará a semente.</p><p class="textoconteudo">A flor tem um papel evolutivo fundamental para este grupo. Seu colorido, perfume e néctar, atraem os mais variados agentes polinizadores, como insetos, pássaros, morcegos e o próprio ser humano. Estes agentes se alimentam do néctar e do próprio pólen e, em troca, levam os grãos de pólen de uma flor para outra, favorecendo a fecundação entre plantas de diferentes materiais genéticos, gerando variabilidade genética entre os indivíduos de cada espécie.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="600" src="http://www.biologados.com.br/fotos/polinizacao/polinizacao_abelha_entomofilia.jpg" width="450" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Polinização pela abelha <em>Apis mellifera</em> (entomofilia) e uma flor do gênero <em>Emilia</em>, família Asteraceae. Foto: Silvia Schaefer</div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"></p><p class="textoconteudo">O fruto significa para as angiospermas a possibilidade de proteção da semente e dispersão das mesmas para locais distantes da planta mãe, fator fundamental para a diminuição da competição entre indivíduos com o mesmo material genético.</p><p class="textoconteudo">A maioria dos frutos servem como alimento para animais, que digerem estes frutos e liberam as sementes em suas fezes. Estas, por sua vez, germinam e originam novas plantas.</p><p class="textoconteudo">As Angiospermas constituem o maior grupo de plantas atualmente vivente, ocorrendo praticamente em todos os biótopos do planeta, predominando na maioria das comunidades vegetais. Estima-se que existam cerca de 250.000 - 300.000 espécies distribuídas em aproximadamente 10.000 gêneros e 300 famílias.</p><p class="textoconteudo">As angiospermas são todas as plantas da Divisão ANTHOPHYTA ou MAGNOLIOPHYTA</p><p class="textoconteudo">São divididas em duas classes, de acordo com o número de cotilédones em suas sementes: </p><p class="textoconteudo">Classe Dicotyledonae (MAGNOLIOPSIDA): as dicotiledôneas</p><p class="textoconteudo">Classe Monocotyledonae (LILLIOPSIDA): as monocotiledôneas</p><p class="textoconteudo"></p><p class="textoconteudo"><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Características - Divisão Magnoliophyta</td></tr><tr><td><p class="textoconteudo">Grupo composto por vegetais lenhosos ou herbáceos;<br />Podem ser:</p><p class="textoconteudo"><strong>- Anuais</strong> (que completam o ciclo de vida em 12 meses, ou seja, germinam, florescem, formam frutos, sementes e morrem em um ano);</p><p class="textoconteudo"><strong>- Bianuais ou bienais </strong>(que tem ciclo de vida de 24 meses. Crescem vegetativamente no primeiro ano e florescem e dão frutos no segundo ano.)</p><p class="textoconteudo"><strong>- Perenes </strong>(com ciclo de vida longo, que pode durar muitos anos. São também chamadas de permanentes).</p><p><span class="textoconteudo"><br />• Alternância de gerações pouco perceptível (geração sexual – fase gametofítica – reduzida a poucas células ou núcleos);<br />• Órgão sexuais protegidos por perianto, inseridos em brotos especiais, as flores;<br />• Flores hermafroditas (os dois sexos na mesma flor) ou unissexuais (flores apenas femininas ou apenas masculinas);<br />• Órgãos sexuais masculinos: estames (antera, filete e conectivo);<br />• Órgãos sexuais femininos: carpelos (diferenciados em estigma, estilete e ovário);<br />• Óvulo: saco embrionário contém uma oosfera.<br />• Grão de pólen: 2 núcleos reprodutivos e 1 vegetativo (formação do tubo polínico);<br />• Fecundação dupla: um núcleo reprodutivo fecunda a oosfera (embrião). O segundo fecunda os núcleos polares do óvulo (endosperma).</span></p><p><span class="textoconteudo">Formação do fruto e semente:<br />• Ovário, após a fecundação forma o fruto.<br />• Óvulo, após a fecundação forma a semente. O óvulo está inserido dentro do ovário. Consequentemente, a semente está inserida dentro do fruto.</span></p></td></tr></tbody></table></p></td></tr></tbody></table></p><p><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%"><p>Características da flor</p><p>Divisão Magnoliophyta</p></td></tr><tr><td class="textoconteudo" height="1659"><p>Para a compreensão da classificação das plantas da Divisão Magnoliophyta, é essencial que se tenha um conhecimento detalhado sobre as características da flor. A taxonomia das angiospermas é, em grande parte, baseada nestas características.</p><p>Por definição, temos que a flor é o órgão que reúne as estruturas reprodutivas das Angiospermas (Divisão Magnoliophyta).</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="355" src="http://www.biologados.com.br/images/flor_estrutura_fertil_esteril_magnoliophyta_carpelo_estame_petala_sepala_receptaculo_pedunculo_floral.jpg" width="475" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Desenho esquemático de uma flor verdadeira (Divisão Magnoliophyta). Carpelo (gineceu), estame (androceu), pétala, sépala, receptáculo floral, pedúnculo floral. Imagem: Silvia Schaefer.</div></div></td></tr></tbody></table><p></p><p>Na maioria dos casos, as flores são estruturas férteis protegidos por folhas estéreis especiais, cujo conjunto é chamado de flor (flor verdadeira, diferente das gimnospermas que possuem estróbilos).</p><p>A flor é sustentada pelo pedúnculo ou pedicelo, cuja porção superior é alargada e constitui o receptáculo, que porta os apêndices estéreis (sépalas e pétalas) e os apêndices férteis (estames e carpelos) da flor. </p><p>São formadas por séries concêntricas de elementos:<br />- Externamente as sépalas, constituindo o cálice;<br />- Em seguida, as pétalas formando a corola;<br />- Estames, constituindo o androceu;<br />- No centro, o ovário que forma o gineceu.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="378" src="http://www.biologados.com.br/images/flor_estrutura_estigma_antera_petala_sepala_filete_estilete_ovario.jpg" width="478" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Estrutura básica de uma flor verdadeira (angiospermas): antera, filete, estigma, estilete, ovário, pistilo, pétala, sépala, receptáculo. Imagem: Silvia Schaefer. </div></div></td></tr></tbody></table><p></p><p>Quando não se podem distinguir as sépalas das pétalas (a não ser pela posição), chamamos <strong>tépalas</strong> e ao conjunto, denominados <strong>perigônio</strong>.</p><p>Ao conjunto de sépalas e pétalas, denominamos <strong>perianto</strong>.</p><p>Nas páginas seguintes, veremos detalhes da classificação da flor quanto a:</p><ul><li>Sépalas e pétalas <li>Gineceu <li>Androceu </li></ul></td></tr></tbody></table></p><p><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Sépalas e Pétalas - Flor Magnoliophyta</td></tr><tr><td height="1245"><p class="textoconteudo">Classificação das flores quanto às sépalas e pétalas.</p><p class="titulo">Sépalas</p><p class="textoconteudo">Geralmente de cor verde, formam o cálice da flor e nos estágios iniciais de desenvolvimento envolvem as outras estruturas do botão floral. </p><p class="textoconteudo">Flor dialissépala: sépalas livres entre si. Ex: <a href="http://www.biologados.com.br/fotos/plantas/flor_lirio_lilium_liliales_liliaceae_2.jpg" target="_blank">Lírio</a>.</p><p class="textoconteudo">Flor gamossépala: sépalas unidas entre si. Ex: <a href="http://www.biologados.com.br/fotos/plantas/flor_ipe_de_jardim_tecoma_stans_bignoniaceae_2.jpg" target="_blank">Ipê de jardim</a>.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td width="48%"><div align="center"><a href="http://www.biologados.com.br/fotos/plantas/flor_lirio_lilium_liliales_liliaceae_2.jpg" target="_blank"><img height="90" src="http://www.biologados.com.br/fotos/plantas/flor_holambra_lirio_liliaceae_lilium_2_peq.jpg" width="120" border="0" /></a></div></td><td width="52%"><div align="center"><a href="http://www.biologados.com.br/fotos/plantas/flor_ipe_de_jardim_tecoma_stans_bignoniaceae_2.jpg" target="_blank"><img height="90" src="http://www.biologados.com.br/fotos/plantas/flor_ipe_de_jardim_tecoma_stans_bignoniaceae_2_peq.jpg" width="120" border="0" /></a></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Flor dialipétala. Lírio. Gênero: <em>Lilium</em>, família Liliaceae. <span class="textofotos">Foto: Silvia Schaefer</span> </div></div></td><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Flor gamopétala. Ipê de jardim. Espécie: <em>Tecoma stans</em>. Família Bignoniaceae. <span class="textofotos">Foto: Silvia Schaefer</span> </div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"></p><p><span class="textoconteudo"><strong>Perianto</strong>: conjunto de sépalas e pétalas de uma flor.<br /><strong>Perigônio</strong>: conjunto de tépalas. Quando não se podem distinguir as sépalas das pétalas (a não ser pela posição), chamamos tépala.</span></p><p><br /><span class="titulo">Pétalas</span></p><p><span class="textoconteudo">Geralmente coloridas, localizam-se internamente ao cálice e formam a corola.</span></p><p class="textoconteudo">Flor dialipétala: quando as pétalas são livres entre si</p><p class="textoconteudo">Flor gamopétala: quando as pétalas estão unidas entre si.</p><p class="titulo">Classificação das flores quanto ao número de pétalas</p><p class="textoconteudo">Dímeras (2 pétalas). Típicas de dicotiledôneas.</p><p class="textoconteudo">Trímeras (3 ou múltiplo de 3 pétalas). Típicas de monocotiledôneas. Ex: <a href="http://www.biologados.com.br/fotos/plantas/flor_holambra_lirio_liliaceae_lilium_2.jpg" target="_blank">lírio</a>. </p><p class="textoconteudo">Tetrâmeras (4 ou múltiplo de 4 pétalas). Típicas de dicotiledôneas. Ex. <a href="http://www.biologados.com.br/fotos/plantas/hortencia_cornales_hydrangeaceae_hydrangea_flor.jpg" target="_blank">hortência</a>.</p><p class="textoconteudo">Pentâmeras (5 ou múltiplo de 5 pétalas). Típicas de dicotiledôneas. Ex: <a href="http://www.biologados.com.br/fotos/plantas/flor_hibisco_genero_hibiscus_malvaceae.jpg" target="_blank">hibisco</a>.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td width="50%"><div align="center"><img height="90" src="http://www.biologados.com.br/images/flor_dimera_duas_petalas.jpg" width="120" /></div></td><td width="50%"><div align="center"><img height="90" src="http://www.biologados.com.br/fotos/plantas/flor_sisyrinchium_micranthum_iridaceae_peq.jpg" width="120" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Flor dímera.</div></div></td><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Flor trímera. <em>Sisyrinchium micranthum</em>, família Iridaceae. <span class="textofotos">Foto: Silvia Schaefer</span></div></div></td></tr><tr><td height="100"><div align="center"><img height="90" src="http://www.biologados.com.br/images/hortencia_flor_tetramera_dicotiledonea.jpg" width="129" /></div></td><td><div align="center"><img height="90" src="http://www.biologados.com.br/fotos/plantas/vassoura_guanxuma_malvaceae_flor_planta_daninha_sida_2_peq.jpg" width="120" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Flor tetrâmera. Hortência, gênero <em>Hydrangea</em>, família Hydrangeaceae.</div></div></td><td><div class="textoconteudo"><div align="center"><p>Flor pentâmera. Guanxuma, Gênero <em>Sida</em>, família Malvaceae. <span class="textofotos">Foto: Silvia Schaefer</span></p></div></div></td></tr></tbody></table></td></tr></tbody></table></p><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Flor - Características gerais</td></tr><tr><td height="1376"><p class="titulo">Flores monóclinas ou díclinas</p><p class="textoconteudo"><strong>Monóclina ou Hermafrodita</strong>: quando a flor apresenta androceu e gineceu. </p><p class="textoconteudo"><strong>Díclina ou unissexual</strong>: quando a flor apresenta só androceu (estames) ou só gineceu (ovário).<br />Só estames (díclina masculina): flores estaminadas.<br />Só ovários (díclina feminina): flores carpeladas.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="258" src="http://www.biologados.com.br/images/flor_monoclina_hermafrodita_carpelo_estame.jpg" width="311" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center"><p>Imagem (desenho esquemático) de uma flor monóclina ou hermafrodita, que apresenta androceu e gineceu. Imagem: Silvia Schaefer.</p><p></p></div></div></td></tr><tr><td><div align="center"><img height="286" src="http://www.biologados.com.br/images/flor_diclina_masculina_estame_androceu.jpg" width="372" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center"><p>Imagem (desenho esquemático) de uma flor unissexual diclina masculina, que apresenta apenas androceu. É uma flor estaminada. Imagem: Silvia Schaefer.</p><p></p></div></div></td></tr><tr><td><div align="center"><img height="306" src="http://www.biologados.com.br/images/flor_diclina_feminina_carpelo.jpg" width="375" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Imagem (desenho esquemático) de uma flor unissexual diclina feminina, que apresenta apenas gineceu. É uma flor carpelada. Imagem: Silvia Schaefer.</div></div></td></tr></tbody></table><p class="titulo">Flores diclamídeas, monoclamídeas ou aclamídeas</p><p><span class="textoconteudo"><strong>Diclamídea</strong>: quando a flor é completa (sépalas, pétalas, androceu e gineceu).<br /><strong>Monoclamídea</strong>: Quando um dos envoltórios externos (pétalas ou sépalas) está ausente.<br /><strong>Aclamídea ou nua</strong>: quando a flor é formada apenas por estames ou ovário.</span></p></td></tr></tbody></table><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Gineceu - Flor Magnoliophyta</td></tr><tr><td><p class="textoconteudo">É a parte feminina da flor.</p><p class="textoconteudo">O gineceu, tipicamente consta do ovário e de um prolongamento, o estilete. No ápice do estilete encontra-se o estigma, região receptiva para o pólen.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="282" src="http://www.biologados.com.br/images/flor_receptaculo_ovario_ovulo_estigma_estilete_loculo.jpg" width="416" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Estrutura do gineceu de uma flor: receptáculo floral, ovário com óvulo no seu interior, estilete e estigma.</div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"></p><p class="textoconteudo">O ovário é a porção alargada da base do carpelo que contém um ou mais lóculos, de acordo com o número de carpelos que o formam.</p><p class="textoconteudo">O carpelo é cada compartimento (lóculo) do ovário que contém um ou mais óvulos. O gineceu apresenta um ou mais carpelos. </p><p class="textoconteudo">O número de óvulos contido em cada lóculo é bastante variável e de grande importância para a identificação taxonômica da flor, principalmente ao nível de família e subfamília.<br /></p><p class="titulo">Carpelos</p><p class="textoconteudo">Quando um único carpelo está presente, dizemos que a flor possui um <strong>ovário simples</strong>.</p><p class="textoconteudo">Quando mais de um carpelo está presente, pode ser:<br /><strong>Apocárpico:</strong> formado por vários carpelos livres entre si. Cada carpelo é monolocular, isto é, constituído por apenas um lóculo.<br /><strong>Sincárpico</strong>: formado por vários carpelos unidos entre si.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="368" src="http://www.biologados.com.br/images/flor_ovario_apocarpico_sincarpico_classificacao.jpg" width="538" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Imagem dos tipos de carpelos existentes nas flores: simples, apocárpico ou sincárpico.</div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"></p><p class="titulo">Classificação quanto ao número de lóculos:</p><p class="textoconteudo">Unicarpelar / Unilocular: quando apenas um carpelo está presente, e este carpelo apresenta apenas um lóculo.</p><p class="textoconteudo">Pluricarpelar / Unilocular: quando mais de um carpelo está presente, mas o conjunto de carpelos apresenta uma única abertura interna, ou seja, apenas um lóculo. Neste caso, cada estilete conduz ao mesmo lóculo comum.</p><p class="textoconteudo">Pluricarpelar / Plurilocular: quando mais de um carpelo está presente, e cada um dos carpelos apresenta um lóculo correspondente. Neste caso, cada estilete conduz ao seu lóculo particular correspondente.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="257" src="http://www.biologados.com.br/images/flor_ovario_uni_pluri_locular_carpelar.jpg" width="538" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Imagem mostrando a classificação quanto ao número de carpelos e lóculos do gineceu. A flor pode ser: unicarpelar / unilocular, pluricarpelar / unilocular, pluricarpelar / plurilocular.</div></div></td></tr></tbody></table></td></tr></tbody></table><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Gineceu - Flor Magnoliophyta</td></tr><tr><td><p class="textoconteudo">A parte feminina da flor, o gineceu, pode ser classificado segundo a posição do ovário em relação ao receptáculo e a posição do hipanto em relação ao ovário.</p><p class="titulo">Posição do ovário</p><p class="textoconteudo">Caráter de importância taxonômica, principalmente na classificação das ordens e famílias:<br /><strong>Ínfero</strong> (ovário abaixo do plano do receptáculo).<br /><strong>Semi-ínfero</strong> (ovário acima do plano do receptáculo, parcialmente envolto por ele, mas sem fusão).<br /><strong>Súpero</strong> (ovário acima do plano do receptáculo). </p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="205" src="http://www.biologados.com.br/images/flor_epigina_ovario_infero.jpg" width="479" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Imagem da estrutura de uma flor de ovário ínfero. Esta mesma flor também é classificada como epígina.</div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="142" src="http://www.biologados.com.br/images/flor_perigina_ovario_semiinfero.jpg" width="462" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Imagem da estrutura de uma flor de ovário semi-ínfero. Esta mesma flor também é classificada como perígina.</div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"></p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="209" src="http://www.biologados.com.br/images/flor_hipogina_ovario_supero.jpg" width="479" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Imagem da estrutura de uma flor de ovário súpero. Esta mesma flor também é classificada como hipógina.</div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"></p><p class="titulo">Posição do hipanto</p><p class="textoconteudo">Circundando o ovário, pode existir uma estrutura em forma de taça denominada de hipanto, originária do receptáculo ou então da fusão entre sépalas, pétalas e estames.<br />- Hipógina (não possui hipanto). Sépalas, pétalas e estames estão abaixo do ovário. Neste caso o ovário é sempre súpero.<br />- Perígina (apresenta hipanto). Sépalas, pétalas e estames fundem-se, envolvendo o ovário, mas não unindo-se e ele. A inserção das sépalas, pétalas e estames é abaixo do ovário (que é semi-ínfero).<br />- Epígina (possuem hipanto). Inserção das sépalas, pétalas e estames é acima do ovário (que é ínfero).</p><p class="textoconteudo">Óvulos apresentam dois envoltórios (tegumentos externo e interno).</p></td></tr></tbody></table><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Androceu</td></tr><tr><td height="2089"><p class="textoconteudo">É a parte masculina da flor.</p><p class="textoconteudo">O androceu consta do conjunto dos estames de uma flor. Constituído pelo filete, que contém dois microsporângios (tecas). As duas tecas formam a antera e são reunidas entre si pelo conectivo.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="293" src="http://www.biologados.com.br/images/antera_filete_conectivo_flor_androceu_masculino.jpg" width="197" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Imagem (desenho esquemático) do estame de uma flor. Constituído pela antera, que é formada por duas tecas, unidas uma à outra pelo conectivo. O conjunto fica na extremidade superior do filete. Imagem: Silvia Schaefer.</div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo">A antera é parte fértil do estame onde serão produzidos os grãos de pólen.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="272" src="http://www.biologados.com.br/images/antera_jovem_saco_polinico_grao_polen_endotecio_epiderme_celula_mae_tapetum.jpg" width="436" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center"><p>Imagem (desenho esquemático) do corte transversal de uma antera jovem, mostrando os sacos polínicos com as células mãe no seu interior. Revestindo a antera externamente temos a epiderme e internamente, o endotécio. O tapetum reveste cada saco polínico. Imagem: Silvia Schaefer. </p><p></p></div></div></td></tr><tr><td><div align="center"><img height="257" src="http://www.biologados.com.br/images/antera_madura_camara_polinica_grao_polen.jpg" width="467" /></div></td></tr><tr><td height="45"><div class="textoconteudo"><div align="center">Imagem (desenho esquemático) do corte transversal de uma antera madura, mostrando as câmaras polínicas com os grãos de pólen no seu interior. Imagem: Silvia Schaefer.</div></div></td></tr></tbody></table><p class="titulo" align="center">Grão de pólen</p><p class="textoconteudo">- Célula binucleada (núcleo vegetativo e núcleo reprodutivo) cercada por duas membranas: a exina (mais externa) e a intina (mais interna). </p><p class="textoconteudo">- A exina apresenta rugas que permitirão a fixação no estigma, para posterior fecundação.<br />- O grão de pólen é um esporo (micrósporo). Ainda não é o gameta masculino do vegetal. Este é formado dentro do tubo polínico, quando o núcleo reprodutivo se divide, formando dois anterozóides. </p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="177" src="http://www.biologados.com.br/images/grao_polen_intina_exina_poro_nucleo_reprodutivo_vegetativo_antera.jpg" width="472" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Imagem (desenho esquemático) de um grão de pólen. Constituído por dois núcleos (o reprodutivo e o vegetativo), pelos poros, exina (revestimento externo) e intina (revestimento interno). Imagem: Silvia Schaefer. </div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"><span class="titulo">Classificação quanto a o número de estames:</span></p><p class="textoconteudo"><span class="textoconteudo"><br /></span><span class="textoconteudo">Monostêmone – Um único estame por flor;<br />Polistêmone – Vários estames por flor.</span></p><p class="textoconteudo"><span class="textoconteudo"><br />Isostêmone - quando o número de estames é igual ao número de pétalas;<br />Anisosêmone - quando o número de estames é diferente do número de pétalas.</span></p><p class="textoconteudo"><span class="textoconteudo"><br />Gamostêmone - quando os estames são fundidos uns com os outros;<br />Dialistêmone - com os estames são livres, não fundidos. <table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Classe Dicotyledonae (Magnoliopsida): as dicotiledôneas</td></tr><tr><td height="529"><p class="textoconteudo">São as angiospermas que desenvolvem duas folhas cotiledonares (dois cotilédones) no embrião, dentro da semente. Estas são localizadas lateralmente, sempre opostas. Podem servir como órgão de reserva da semente.</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="300" src="http://www.biologados.com.br/images/flor_dicotiledonea_azaleia_rhododendron_simsii_ericaceae.jpg" width="400" /></div></td></tr><tr><td><div class="textoconteudo"><div align="center">Imagem de uma dicotiledônea, a flor azaléia, da espécie <em>Rhododendron simsii</em>, família Ericaceae. Foto: Silvia Schaefer</div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"></p><p class="textoconteudo">Em geral apresentam crescimento secundário na raiz e caule (meristemas responsáveis: câmbio e felogênio).<br />As folhas da maioria apresentam nervação reticulada (peninérvea).<br />Flores organizadas em plano dímero, tetrâmero ou pentâmero, ou seja, apresentam 2, 4, 5 pétalas, ou seus múltiplos.<br />Raízes pivotantes (raiz principal com raízes seundárias).<br /></p><p class="textoconteudo">Segundo o sistema de classificação Cronquist (1968) </p><p><span class="textoconteudo">• Contém 6 subclasses, 56 ordens, 293 famílias e aproximadamente 165.000 espécies.<br />• Subclasses: Magnoliidae, Hamamelidae, Caryophyllidae, Dilleniidae, Rosidae e Asteridae.<br />• As subclasses podem apenas ser caracterizadas em termos de generalidades e não precisamente definidas geneticamente, devido à diversidade existente.</span></p></td></tr></tbody></table></span></p></td></tr></tbody></table><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Classe Magnoliopsida - Subclasses</td></tr><tr><td><p class="textoconteudo">A seguir veremos de forma resumida as características das subclasses pertencentes à Classe Magnoliopsida (dicotiledôneas).</p><p class="textoconteudo"><span class="textoconteudo">• <strong>Magnoliidae</strong>: forma um grupo basal, do qual todas as outras Angiospermas derivaram. Contém as famílias consideradas mais primitivas. As principais ordens são: Magnoliales, Laurales, Piperales.</span> </p><p class="textoconteudo">• <strong>Hamamelidae</strong>: são principalmente anemófilas (polinização pelo vento), com flores reduzidas, geralmente apétalas e reunidas em amentos (espiga pendente, com flores saindo de toda a extensão do eixo principal). <span class="textoconteudo">As principais ordens são:</span> Hamamelidales, Fagales, Urticales.</p><p class="textoconteudo">• <strong>Caryophyllidae</strong>: tendência à placentação central (óvulos fixos a um eixo central) ou basal (único óvulo fixo à base do ovário unilocular). Pigmentos (betalinas) restritos ao grupo. Poucas são gamopétalas (pétalas unidas entre si). Ordem: Cariophyllales.</p><p class="textoconteudo">• <strong>Dilleniidae</strong>: geralmente mais que um óvulo em cada lóculo. Raramente apresenta disco nectarífero de origem estaminoidal. Várias famílias mais avançadas são gamopétalas. <span class="textoconteudo">As principais ordens são:</span> Malvales, Nepentales, Violales, Capparales, Primulales.</p><p class="textoconteudo">• <strong>Rosidae</strong>: estames numerosos. Grupos mais avançados: tendência a lóculos uniovulados. Característica marcante: disco nectarífero no receptáculo. Maioria dialipétalas (pétalas livres entre si). Poucas gamopétalas ou apétalas. <span class="textoconteudo">As principais ordens são:</span> Fabales, Rosales, Myrtales, Euphorbiales, Sapindales, Geraniales, Polygalales. </p><p class="textoconteudo"><span class="textoconteudo">• <strong>Asteridae</strong>: engloba maior número de famílias com flores gamopétalas. Óvulos unitegumentados. Considerada a mais derivada (evoluída) das dicotiledôneas.</span> <span class="textoconteudo">As principais ordens são:</span> Gentianales, Rubiales, Solanales, Lamiales, Asterales.</p></td></tr></tbody></table><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Classe Monocotyledonae (Lilliopsida): as monocotiledôneas</td></tr><tr><td height="445"><p class="textoconteudo">São as angiospermas que desenvolvem no embrião da semente uma única folha cotiledonar (um cotilédone), com função absorvente (transferindo as reservas do endosperma para o embrião).</p><table cellspacing="0" cellpadding="2" width="95%" align="center" border="0"><tbody><tr><td><div align="center"><img height="515" src="http://www.biologados.com.br/fotos/orquideas/orquidea_bambu_orchidaceae_arundina_bambusifolia.jpg" width="386" /></div></td></tr><tr><td height="23"><div class="textoconteudo"><div align="center">Foto de uma monocotiledônea, a orquídea-bambu, uma orquídea da espécie <em>Arundina bambusifolia</em>, família Orchidaceae. Foto: Silvia Schaefer</div></div></td></tr></tbody></table><p class="textoconteudo"><br />Caules e raízes não apresentam crescimento secundário.<br />Os vasos condutores encontram-se dispersos no caule.<br />Folhas com nervuras paralelas (paralelinérveas), com bainha larga.<br />Flor organizada de acordo com plano trímero, ou seja, apresentam 3 pétalas ou múltiplos de 3 (6, 9 e assim por diante).<br />Raízes do tipo fascicular, como uma "cabeleira", ou seja, muitas raízes, todas aproximadamente do mesmo diâmetro e comprimento. Nenhuma se destaca em tamanho sobre as outras.</p><p class="textoconteudo">Segundo o sistema de classificação Cronquist (1968) </p><p class="textoconteudo">• Contém 5 subclasses, 18 ordens, 61 famílias e aproximadamente 55.000 espécies.<br />• Cada subclasse tende a explorar um nicho ecológico diferente.</p><p><span class="textoconteudo">Subclasses: Alismatidae, Arecidae, Commelinidae e Liliidae</span></p></td></tr></tbody></table><table cellspacing="2" cellpadding="5" width="100%" border="0"><tbody><tr><td class="titulo" width="100%">Classe Liliopsida - Subclasses</td></tr><tr><td><p class="textoconteudo">A seguir veremos de forma resumida as características das subclasses pertencentes à Classe Magnoliopsida (monocotiledôneas).</p><p class="textoconteudo"><span class="textoconteudo">• <strong>Alismatidae</strong>: é o grupo basal das monocotiledôneas. São principalmente aquáticas. Sistema radicular bastante reduzido e pouco lignificado. Principais ordens: Alismatales e Hydrocharitales.</span></p><p class="textoconteudo"><span class="textoconteudo">• <strong>Arecidae</strong>: folhas grandes e pecioladas. Freqüentemente arborescentes, flores agrupadas em espádice (espiga com eixo espesso, carnoso, protegido por uma bráctea bem desenvolvida – copo de leite). Principais ordens: Arales, Arecales.</span></p><p class="textoconteudo"><span class="textoconteudo">• <strong>Commelinidae</strong>: redução floral e polinização anemófila. Algumas epífitas, com o ovário ínfero (bromélias). Principais ordens: Commelinales, Zingiberales, Bromeliales, Cyperales.</span></p><p class="textoconteudo"><span class="textoconteudo">• <strong>Liliidae</strong>: polinização entomófila. Apresentam tubérculos e bulbos em maior proporção que as demais. Mecanismos polinizadores altamente complexos, como em Orchidaceae.</span> <span class="textoconteudo">Principais ordens:</span> Liliales, Orchidales.</p></td></tr></tbody></table>ANDRÉ LUIS COSTAhttp://www.blogger.com/profile/16415958389883478305noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6496559379434983786.post-57981247549459483092009-05-05T16:16:00.000-07:002009-05-05T16:17:37.067-07:00UMA INTRODUÇÃO À TAXONOMIA VEGETAL<h1 class="title_noticias">Taxonomia Vegetal</h1><br /><div><p class="justificado">A taxonomia vegetal é um dos ramos mais antigos do conhecimento científico. Surgiu, por assim dizer, quando o homem despertou para a multiplicidade e a diversidade de seres da natureza e foi tomando corpo, ainda empiricamente, nos estágios primitivos da civilização, à medida que se torna perceptível a importância de determinados tipos de plantas e a eles se davam nomes particulares, muitas vezes alusivos a certos atributos, facilitando-lhes a identificação.<br /><br />Entre as ciências que tratam dos seres vivos, a Taxonomia Vegetal, envolvida precipuamente com os objetivos fundamentais relacionados com a diversificação e a ordenação das plantas, ocupa uma posição ímpar, pela possibilidade de oferecer aos interessados no seu estudo uma forma de apreciação e de interpretação da realidade do processo evolutivo no tempo e no espaço, em decorrência do contato diuturno com o mundo vegetal e da necessidade de estabelecer relações entre as diversas plantas, consideradas tanto as do presente como as do passado. Sem dúvida, os mais significativos conceitos de evolução encontram na Sistemática Vegetal os seus fundamentos.<br /><br /><b>Categorias Taxonômicas<br /><br /></b>Sendo muito elevado o número de plantas, ressalta à vista a necessidade de serem ordenadas em categorias a que se filiam os grupos taxonômicos ou táxones. Os termos categoria e táxon, por vezes mal interpretados, são perfeitamente distintos, embora relacionados. As categorias sistemáticas representam níveis hierárquicos, segundo critérios adotados nos diversos sistemas de classificação, enquanto os táxones correspondem aos termos aplicados aos agrupamentos considerados incluídos nessas categorias. Os exemplos seguintes elucidam o significado exato que se deve emprestar a tais termos, de maneira a evitar freqüente confusão no seu emprego:<br /><br /><table height="103" cellspacing="1" cellpadding="1" width="369" border="1"><tbody><tr><td><b>Categoria</b><br /></td><td><b>Táxon</b><br /></td></tr><tr><td>Divisão<br /></td><td><i>Magnoliophyta, Briophyta</i><br /></td></tr><tr><td>Ordem<br /></td><td><i>Malvales, Rosales</i><br /></td></tr><tr><td>Família<br /></td><td><i>Araceae, Rutaceae</i><br /></td></tr></tbody></table><br />Segundo o Código Internacional de Nomenclatura Botânica em vigor, as principais categorias sistemáticas, em sucessão ascendente, são as seguintes: espécie (species), gênero (genus), família (família), ordem (ordo), classe (classis), divisão (divisio) e reino (regnum). Categorias intermediárias podem ser necessárias. Recebem, então, nomes resultantes da anteposição do prefixo sub à categoria objeto de divisão (subfamília, subgênero etc.), ou se lhes aplicam designações particulares (tribo, secção, variedade, por exemplo).<br /><br />Consideradas as categorias principais e suas subdivisões de uso mais corrente, pode-se ter a seguinte gradação: Reino, divisão, subdivisão, Classe, subclasse, Ordem, Subordem, Família, subfamília, Tribo, subtribo, gênero, subgênero, Secção, Subsecção, Série, Subsérie, espécie, subespécie, Variedade e Forma.<br /><br />Os grupos taxonômicos recebem em geral nomes com terminações próprias, relacionadas com a categoria a que pertencem. Resultam, nestes casos, nomes que têm o mesmo radical da palavra com que é designado um gênero. Pode suceder que um nome genérico forneça o radical para as designações dos grupos taxonômicos que se lhes seguem em linha ascendente até a categoria correspondente a Divisão, como se vê no exemplo seguinte: Magnólia (gênero), Magnoliaceae (família), Magniliales (ordem), Magnoliopsidae (classe) e Magnoliophyta (divisão).<br /><br />Nem todos os gêneros dão origem a um ou mais de um nome, cuja categoria seja de nível superior à sua. Veja-se, por xemplo, que Verbena (gênero) deu origem a Verbeneae (tribo), Verbenoideae (subfamília) e Verbenaceae (família). Na mesma fam´lia, o gênero Pétrea contribui somente para a formação do nome Petreae (tribo), enquanto do gênero Lippia nenhum nome de categoria mais elevada resultou.<br /><br /><b>Divisão<br /><br /></b>Dentro da seriação fitológica, representa a categoria que fica logo abaixo do Reino, sendo formada por um conjunto de Classes, embora em determinadas situações haja necessidade de incluir, categorias intermediárias - Subdivisões. Em regra, são tomados para sua constituição caracteres gerais relacionados com estruturas reprodutivas, morfológicas ou anatômicas.<br /><br />Segundo Recomendações do Código de Nomenclatura, os nomes aplicados aos grupos taxonômicos correspondentes às Divisões têm como terminação o sufixo phyta e aqueles dados às Subdivisões recebem a terminação phytina. Tratando-se de Divisões e Subdivisões de fungos, as terminações recomendadas são, respectivamente, mycota e mycotina.<br /><br /><b>Classe<br /><br /></b>Categoria hierarquicamente inferior à Divisão, sendo constituída por um conjunto de Ordens, ainda que possa dividir-se em subclasses, se necessário.<br /><br />De acordo com as recomendações do Código de Nomenclatura, os táxones referidos como Classes e Subclasses terminam, respectivamente, em opsida e idae para as Cormófitas, em phyceae e phycidae para as algas e em mycetes e mycetidae para os fungos.<br /><br /><b>Ordem</b><br /><br />Categoria formada por um conjunto de Famílias, embora possa dividir-se em Subordens. As Ordens costumam ser estabelecidas com base em particularidades mais definidas (relacionadas com caracteres filogenéticos) do que aquelas usadas para a estruturação das Divisões e das Classes.<br /><br />Os nomes aplicados aos grupos pertencentes a esta categoria terminam em ales, quando formados à custa do radical de um nome de Família. Em alguns casos, tais nomes são irregularmente formados (Contortae, Príncipes). Para os grupos equivalentes a Subordens a terminação adotada é ineae.<br /><br /><b>Família<br /><br /></b>Constituída em geral por mais de um gênero, é uma categoria comumente tratada com maior interesse nos textos de botânica Sistemática. Sua descrição é feita com extensão bastante abrangente, de modo a contemplar características dos gêneros quase sempre numerosos nelas incluídos (há casos de famílias monotípicas, hipótese em que sua descrição coincide com a do gênero único nela encerrado). Quando se está interessado em identificar um material botânico desconhecido, comumente procura-se, em primeiro lugar, conhecer a família a que pertence. A partir daí, com ou sem uso de chaves, chegasse sucessivamente aos grupos subordinados.<br /><br />Os nomes das Famílias são formados pelo radical do nome de um dos seus gêneros, acrescido da terminação aceae. Algumas exceções são expressamente consignadas no Código de Nomenclatura para designações de um número determinado de Famílias (oito), que tinham nomes tradicionais anteriores à vigência daquele. Ainda assim, coexistem nomes alternativos estabelecidos de acordo com a regra nomenclatural, como se verifica a seguir:<br /><br /><table height="103" cellspacing="1" cellpadding="1" width="584" border="1"><tbody><tr><td><i>Compositae = Asteraceae</i><br /></td><td><i>Labiatae = Lamiaceae</i><br /></td></tr><tr><td><i>Cruciferae = Brassicaceae<br /></i></td><td><i>Leguminosae = Fabaceae</i><br /></td></tr><tr><td><i>Graminae = Poaceae<br /></i></td><td><i>Palmae = Arecaceae</i><br /></td></tr><tr><td><i>Guttiferae = Clusiaceae</i><br /></td><td><i>Umbelliferae = Apiaceae</i><br /></td></tr></tbody></table><br />As Famílias podem também comportar divisões em Subfamílias, estas tendo seus nomes terminados em oideae. Em alguns casos, desdobram-se em Tribos ou estas podem resultar da divisão de Subfamílias. Se necessário, as Tribos subdividem-se em subtribos, recebendo as terminações respectivas de eae e inae.<br /><br /><b>Gênero<br /><br /></b>Categoria formada pela reunião de espécies semelhantes, cujo relacionamento não se baseia somente em caracteres morfológicos, mas também em particularidade de outra natureza, tais como as ligadas à origem, às migrações, ao comportamento genético, fisiológico e ecológico. Raramente o gênero se pode apresentar monotípico, isto é, constituído por uma só espécie.<br /><br />Em função do número de espécies, torna-se necessário, em alguns gêneros, considerar subdivisões, estas podendo compreender: Subgênero, Secção, Subsecção, Série, Subsérie. Às vezes, a subdivisão se dá em nível de Seção, sem ser considerado Subgênero.<br /><br />Para uma visão de conjunto, o quadro abaixo inclui as terminações próprias dos nomes de grupos taxonômicos, correspondentes às categorias acima de gênero, com exemplos interessados às Cormófitas:<br /><br /><table height="281" cellspacing="1" cellpadding="1" width="617" border="1"><tbody><tr><td><b>Categorias Hierárquicas</b><br /></td><td><b>Algas<br /></b></td><td><b>Fungos<br /></b></td><td><b>Cormófitas<br /></b></td><td><b>Grupos Taxonômicos<br /></b></td></tr><tr><td>Divisão<br /></td><td><i>phyta<br /></i></td><td><i>mycota<br /></i></td><td><i>phyta<br /></i></td><td><i>Tracheophyta<br /></i></td></tr><tr><td>Subdivisão<br /></td><td><i>phytina</i><br /></td><td><i>mycotina</i><br /></td><td><i>phytina</i><br /></td><td><i>Pterophytina</i><br /></td></tr><tr><td>Classe<br /></td><td><i>phyceae<br /></i></td><td><i>mycetes<br /></i></td><td><i>opsida<br /></i></td><td><i>Pteropsida<br /></i></td></tr><tr><td>Subclasse<br /></td><td><i>phycidae<br /></i></td><td><i>mycetidae<br /></i></td><td><i>idae<br /></i></td><td><i>Magniliidae<br /></i></td></tr><tr><td>Ordem<br /></td><td><i>ales<br /></i></td><td><i>ales<br /></i></td><td><i>ales<br /></i></td><td><i>Rosales<br /></i></td></tr><tr><td>Subtribo<br /></td><td><i>ineae<br /></i></td><td><i>ineae<br /></i></td><td><i>ineae<br /></i></td><td><i>Rosineae<br /></i></td></tr><tr><td>Família<br /></td><td><i>aceae<br /></i></td><td><i>aceae<br /></i></td><td><i>aceae<br /></i></td><td><i>Liliaceae<br /></i></td></tr><tr><td>Subfamília<br /></td><td><i>oideae<br /></i></td><td><i>oideae<br /></i></td><td><i>oideae<br /></i></td><td><i>Coffeoideae<br /></i></td></tr><tr><td>Tribo<br /></td><td><i>eae<br /></i></td><td><i>eae<br /></i></td><td><i>eae<br /></i></td><td><i>Phaseoleae<br /></i></td></tr><tr><td>Subordem<br /></td><td><i>inae<br /></i></td><td><i>inae<br /></i></td><td><i>inae<br /></i></td><td><i>Malvinae<br /></i></td></tr></tbody></table><br />Tendo em vista sistemas de classificação diferentes, observa-se, conforme se vê no quadro comparativo abaixo, relativo a 5 sistemas dos mais conhecidos, que os nomes aplicados a grupos taxonômicos correspondentes a determinadas categorias podem manter-se iguais ou não, ocorrendo, inclusive, casos em que ao mesmo nome são atribuidos níveis hierarquícos variados, de conformidade com a conceituação dos respectivos autores:<br /><br /><table cellspacing="1" cellpadding="1" width="100%" border="1"><tbody><tr><td><b>Sistemas<br /></b></td><td><b>Divisão<br /></b></td><td><b>Subdivisão<br /></b></td><td><b>Classe<br /></b></td><td><b>Subclasse<br /></b></td></tr><tr><td>Bentham e hooker<br /></td><td><i>Phanerogamae<br /></i></td><td><i>Angiospermae<br /></i></td><td><i>Dicotiledoneae<br /></i></td><td><i>Polypetala<br /></i></td></tr><tr><td>Engler<br /></td><td><i>Embryophyta<br />Siphonogamae<br /></i></td><td><i>Angiospermae<br /></i></td><td><i>Dicotiledoneae<br /></i></td><td><i>Archyclamideae<br /></i></td></tr><tr><td>Wettstein<br /></td><td><i>Anthophita<br /></i></td><td><i>Angiospermae<br /></i></td><td><i>Dicotiledoneae<br /></i></td><td><i>Dialipetalae<br /></i></td></tr><tr><td>Tippo<br /></td><td><i>Tracheophyta<br /></i></td><td><i>Pteropsida<br /></i></td><td><i>Angiospermae<br /></i></td><td><i>Dicotiledoneae<br /></i></td></tr><tr><td>Cronquist<br /></td><td><i>Magnoliophyta<br />(Angiospermae)<br /></i></td><td>_____<br /></td><td><i>Magnoliate<br />(Magnoliopsida)<br /></i></td><td><i>Magnoliidae<br /></i></td></tr></tbody></table><br /><b>Espécie</b><br /><br />Até meados do século XVII, as designações das plantas eram frequentemente polinominais, isto é, formadas por várias palavras que se afiguravam como uma diagnose ou uma descrição sucinta de cada espécie. À medida que crescia o número de espécies conhecidas, evidenciam-se a impraticabilidade desse procedimento. Apesar de ter tido empregado por Bauhin o sistema binominal para as espécies vegetais, somente mais de 100 anos depois, a partir de Lineu (<i>Species Plantarum,</i> 1753), passou a ser adotado pela generalidade dos botânicos, daí por diante se tornando normativa a nomenclatura binária.<br /><br /></p></div>ANDRÉ LUIS COSTAhttp://www.blogger.com/profile/16415958389883478305noreply@blogger.com0